As vias metabólicas são de fundamental importância
para a geração de energia, isto é, produção de ATP durante a prática de
exercício físico, e também para a produção de energia, as células do organismo
precisam se utilizar de substratos energéticos como glicose, ácidos graxos e
aminoácidos (em situações extremas). A contribuição relativa das vias
metabólicas para a produção de ATP difere uma da outra, dependendo da
intensidade e da duração do exercício.
O organismo, mais especificamente o músculo estriado
esquelético, pode produzir energia durante a prática de exercício físico a
partir da predominância de uma ou da combinação das três vias metabólicas que
são: o sistema fosfagênio ou ATP-PCr; o sistema ou metabolismo glicolítico; e o
sistema aeróbio ou respiração mitocondrial. As duas primeiras podem ocorrer sem
a presença de oxigênio, por isso também são chamadas de vias de metabolismo
anaeróbio, a último ocorre na presença de oxigênio, por isso é chamada de via
de metabolismo aeróbio.
No exercício de alta intensidade e curta duração (no
máximo 20 segundos), as reservas intramusculares de ATP e PCr proporcionam a
energia imediata para a realização do exercício, logo o sistema fosfagênio ou
ATP-PCr é predominante nessa situação. Apesar de importante, a PCr não pode
manter a ressíntese de ATP por muito tempo e como o reajuste no consumo de
oxigênio pode demorar mais tempo do que a duração dessa via de
produção de energia é preciso que outro processo entre em ação. Esse próximo
processo é o metabolismo ou sistema glicolítico, pois no exercício de
intensidade um pouco menor e duração um pouco maior (2 a 3 minutos), as reações
anaeróbias da glicólise geram a maior parte da energia nessa situação. À medida
que o exercício progride além de alguns minutos (> 3 minutos) e a
intensidade diminui mais ainda, o sistema aeróbio ou respiração mitocondrial
predomina nessa situação.
Mas deve-se observar uma coisa, que as vias
metabólicas não são utilizadas isoladamente, elas funcionam o tempo todo,
apenas há a predominância de cada dependendo da intensidade e duração do
exercício.
Referências
McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
NAVARRO,
F. Bioquímica e Bioenergética aplicada
ao exercício físico. Aula da Pós-graduação Lato Sensu em Fisiologia do
Exercício – Prescrição do Exercício da Universidade Gama Filho, 2012.
POWERS,
S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do
exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed.
Barueri: Manole, 2005.