domingo, 17 de março de 2013

As vias metabólicas


 

As vias metabólicas são de fundamental importância para a geração de energia, isto é, produção de ATP durante a prática de exercício físico, e também para a produção de energia, as células do organismo precisam se utilizar de substratos energéticos como glicose, ácidos graxos e aminoácidos (em situações extremas). A contribuição relativa das vias metabólicas para a produção de ATP difere uma da outra, dependendo da intensidade e da duração do exercício.
O organismo, mais especificamente o músculo estriado esquelético, pode produzir energia durante a prática de exercício físico a partir da predominância de uma ou da combinação das três vias metabólicas que são: o sistema fosfagênio ou ATP-PCr; o sistema ou metabolismo glicolítico; e o sistema aeróbio ou respiração mitocondrial. As duas primeiras podem ocorrer sem a presença de oxigênio, por isso também são chamadas de vias de metabolismo anaeróbio, a último ocorre na presença de oxigênio, por isso é chamada de via de metabolismo aeróbio.
No exercício de alta intensidade e curta duração (no máximo 20 segundos), as reservas intramusculares de ATP e PCr proporcionam a energia imediata para a realização do exercício, logo o sistema fosfagênio ou ATP-PCr é predominante nessa situação. Apesar de importante, a PCr não pode manter a ressíntese de ATP por muito tempo e como o reajuste no consumo de oxigênio pode demorar mais tempo do que a duração dessa via de produção de energia é preciso que outro processo entre em ação. Esse próximo processo é o metabolismo ou sistema glicolítico, pois no exercício de intensidade um pouco menor e duração um pouco maior (2 a 3 minutos), as reações anaeróbias da glicólise geram a maior parte da energia nessa situação. À medida que o exercício progride além de alguns minutos (> 3 minutos) e a intensidade diminui mais ainda, o sistema aeróbio ou respiração mitocondrial predomina nessa situação.
Mas deve-se observar uma coisa, que as vias metabólicas não são utilizadas isoladamente, elas funcionam o tempo todo, apenas há a predominância de cada dependendo da intensidade e duração do exercício.

 


Referências

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

NAVARRO, F. Bioquímica e Bioenergética aplicada ao exercício físico. Aula da Pós-graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercício – Prescrição do Exercício da Universidade Gama Filho, 2012.

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.

domingo, 10 de março de 2013

Por que praticar exercício físico?


                                   

Vamos analisar o seguinte diálogo entre duas pessoas quaisquer, os nomes dos personagens serão Eeu e Etu, eles estarão fazendo um pequeno diálogo sobre o motivo de praticar exercícios físicos e não praticá-los, lá vai o diálogo:

_ Cara, tu faz exercício? _ Pergunta Etu.
_ Faço sim. _ Responde Eeu.
_ Mas... Tu faz por quê? _ Interroga novamente Etu.
_ Pra ficar forte e sarado. E tu faz exercício também? _ Eeu pergunta.
_ Não faço não, porque acho feio ficar forte e não gosto e nunca gostei de fazer exercício. _ Responde Etu.
_ Humm... Que pena cara, mas indo malhar. _ Despede-se Eeu.
_ Vá lá então. Até mais! _ Despede-se Etu.

Como vocês podem ver e analisar nesse diálogo, Etu não treina nada e não faz exercícios simplesmente porque não gosta e Eeu pratica exercícios físicos simplesmente por motivos estéticos, mas todos devem saber que a pratica de exercícios físicos vai além da finalidade estética, pois existem diversos motivos e benefícios para se praticar algum exercício físico, seja este treinamento de força, funcional, laboral e/ou longa duração.

A seguir, irei colocar alguns motivos e benefícios para você praticar exercícios, lá vão alguns:

- Aumento de força;
- Hipertrofia muscular;
- Redução da gordura corporal;
- Melhoria do desempenho físico em atividades esportivas e da vida diária;
- Melhoria do desempenho motor;
- Desenvolvimento da consciência sinestésica e controle corporal;
- Melhoria da postura;
- Melhoria do equilíbrio muscular;
- Diminuição da incidência de lesão;
- Estabilidade articular, principalmente da coluna vertebral;
- Melhoria da postura corporal;
- Aumento da eficiência dos movimentos;
- Melhora do equilíbrio estático e dinâmico;
- Melhora da coordenação motora;
- Melhora da resistência central (cardiorrespiratória) e periférica (muscular);
- Melhora da flexibilidade, faça alongamentos;
- Redução dos fatores de risco para doença arterial coronariana;
- Redução da mortalidade e da morbidez;
- Menor ansiedade e depressão;
- Sensações de bem-estar aprimoradas;
- Fortalecimento do sistema imunológico, dentro dos seus limites;
- Melhora e controle das funções endócrinas;
- Redução de colesterol total, LDL e outras alterações bioquímicas;
- Outros.

Listrei vários motivos e benefícios para se praticar exercícios físicos, agora cabe(m) a você(s) praticar exercício, pois, como eu havia mencionado anteriormente, isso vai muito além da estética, isso é uma questão de saúde corporal, então pratique exercícios físicos e tenha sempre um profissional de Educação Físico acompanhando suas atividades físicas.


    


Referências

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6ed. 2000.

FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

MONTEIRO, Artur; CARNEIRO, Thiago. O que é treinamento funcional?. Disponível em: http://www.arturmonteiro.com.br/2010/04/o-que-e-treinamento-funcional/. Acesso em: 07 de julho de 2012.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001.

Treino funcional previne lesões. Disponível em: http://fitnesstogether.com.br/blog/treino-funcional-previne-lesoes/. Acesso em: 07 de Julho de 2012.