sexta-feira, 4 de julho de 2014

Por que na Educação Física se deve estudar e aprender Fisiologia Humana e Fisiologia do Exercício?

Vamos entender e compreender o porquê de os estudantes de Educação Física estudar e aprender a Fisiologia Humana e a Fisiologia do Exercício, com isso entender as suas devidas importâncias para a vida acadêmica e a futura vida profissional dos mesmos. Vejamos a seguir.
Na vida acadêmica do estudante de Educação física, surgem muitas indagações: <Como o corpo funciona? Por que o coração bate mais rápido quando se participa de uma corrida? Como os diferentes sistemas orgânicos interagem para manter o equilíbrio em uma situação de estresse?>. Leiamos e entendamos melhor nos próximos parágrafos.
O corpo humano possui 11 sistemas funcionais, regulados dinamicamente por meio de complexas reações físico-químicas que permitem o perfeito funcionamento dos processos celulares. Cabe à fisiologia humana estudar essas reações em níveis organizacionais como o celular, o de segmentos corporais, o de órgãos isolados ou o de um sistema completo.
Para melhor compreender os esforços do organismo na manutenção da homeostase, é necessário entender certos mecanismos de regulação dos processos fisiológicos do corpo humano. Por exemplo, quando se inicia um exercício, certas adaptações processam-se imediatamente a fim de suprir a maior demanda energética imposta ao organismo. Essas adaptações podem variar conforme o tipo, a duração e a intensidade do exercício, mas, geralmente, o aumento da frequência cardíaca é a primeira alteração observada. Esse aumento ocorre inicialmente pela diminuição do tônus vagal e, posteriormente, pelo aumento da atividade simpática; além disso, conforme a intensidade e/ou a duração do exercício aumentam, observamos proporcionalmente o aumento da ventilação pulmonar e da sudorese. Esses mecanismos visam a aumentar o aporte de oxigênio e a manter normais o pH e a temperatura interna. Se o exercício realizado tiver um componente isométrico considerável, como é o caso do treinamento de força, a obstrução mecânica do fluxo sanguíneo pode aumentar a resistência vascular periférica, aumentando com isso a pressão arterial sistólica e o duplo produto.
A fisiologia humana apresenta um elevado nível de complexidade, mas é de grande importância para o desenvolvimento adequado das atividades físicas diárias e esportivas.
Considerando as várias reações químicas e elétricas que ocorrem no corpo humano durante as fases do sono, nas diversas formas de exercícios esportivos sistematizados e nas atividades da vida diária, é de extrema importância compreender os mecanismos básicos do organismo para manter seu funcionamento, bem como compreender a harmonia entre os sistemas muscular, neural, respiratório, cardiovascular, endócrino e os outros sistemas, que atuam de forma integrada. De maneira geral, a fisiologia do exercício consiste no estudo dos músculos envolvidos nos movimentos, dos hormônios liberados, do estado emocional da pessoa, da ativação neuromuscular e de uma série de mecanismos que são ativados no organismo durante a atividade física, em especial, o gasto energético, e como ele é reposto, ou seja, por meio do repouso e da alimentação correta e equilibrada.
Assim, surge a necessidade da compreensão sobre como o organismo sintetiza os nutrientes extraídos dos alimentos ingeridos, como esses nutrientes são transformados em energia química utilizável para atuar na síntese-ressíntese de outros substratos durante a contração muscular, e como esse processo pode influenciar as ações dos demais órgãos e tecidos. 
Por esse motivo, observa-se o avanço tecnológico e científico nos mais variados campos de conhecimento dos esportes, os quais auxiliam os profissionais para obter um melhor aproveitamento nos programas de trabalho, bem como no desempenho esportivo final. Parte desse conhecimento é obtida em áreas como a biomecânica do esporte, a psicologia do esporte, a fisiologia humana, o treinamento esportivo e a fisiologia do exercício, considerada quanto a seus aspectos e relevância.
Para compreender as necessidades energéticas presentes em qualquer modalidade esportiva, principalmente em modalidades diferentes como a natação, o futebol de campo e o atletismo, é preciso delinear o estudo de forma clara, para que esse conteúdo possa contribuir de forma significativa para identificar os benefícios da atividade física, seus efeitos em curto, médio e longo prazo, enfatizar sua ação positiva para a saúde, bem como os malefícios causados pelo sedentarismo.
Logo, estudar e aprender fisiologia humana e do exercício são essenciais para auxiliar na preparação de um ou vários programas de exercícios físicos e compreender os efeitos que cada atividade trará para o aluno, o cliente e/ou o atleta, respeitando sua individualidade, atingindo seus objetivos e melhorando sua aptidão física.

Referências bibliográficas

Fisiologia do exercício. Brasília: Fundação Vale, UNESCO, 2013. 

Fisiologia humana. Brasília: Fundação Vale, UNESCO, 2013.

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.

RIBEIRO, A. S.; CIESLAK, F. Licenciatura em Educação Física: Fisiologia do exercício. Ensino à distância. Universidade Estadual de ponta Grossa, 2010.

WEINECK, J. Biologia do Esporte. Barueri: Manole, 2002.

WILMORE, J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2 ed. Barueri: Manole, 2001.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Dieta rica em fibra pode impedir progressão de câncer da próstata


Uma dieta rica em fibra pode ajudar a controlar a progressão do câncer de próstata em pacientes diagnosticados em fases mais precoces da doença. É o que revela estudo de pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA.
A taxa de ocorrência de câncer de próstata em culturas asiáticas é semelhante à taxa em culturas ocidentais, mas no Ocidente, o câncer de próstata tende a progredir, enquanto em culturas asiáticas não. O recente estudo, publicado na revista Cancer Prevention Research, mostra que a resposta pode ser uma dieta rica em fibras.
O estudo comparou ratos alimentados com hexafosfato de inositol (IP6), um dos principais componentes de dietas ricas em fibra com ratos de grupo controle que não receberam o composto.
Em seguida, os pesquisadores usaram a ressonância magnética para monitorar a progressão do câncer de próstata nesses modelos.
"Os resultados do estudo foram realmente bastante profundos. Vimos uma redução drástica no volume do tumor, principalmente devido aos efeitos antiangiogênicos de IP6", afirma a pesquisadora Komal Raina.
Basicamente, a alimentação com o ingrediente ativo de uma dieta rica em fibras impediu os tumores da próstata de criar novos vasos sanguíneos necessários para abastecê-los com energia. Sem esta energia, o câncer de próstata não pode crescer. Da mesma forma, o tratamento com IP6 abrandou a taxa em que o câncer metaboliz a glicose.
Os mecanismos possíveis para os efeitos da IP6 contra o metabolismo incluem a redução de uma proteína chamada GLUT-4, que é fundamental para o transporte de glicose."Os pesquisadores têm procurado variações genéticas entre povos asiáticos e ocidentais que poderiam explicar a diferença nas taxas de progressão do câncer de próstata, mas agora parece que a diferença pode não ser genética, mas está na dieta", conclui Raina.


Encontrado em: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/33105/geral/dieta-rica-em-fibras-pode-impedir-progressao-do-cancer-de-prostata