Vamos entender e compreender o porquê de os estudantes de
Educação Física estudar e aprender a Fisiologia Humana e a Fisiologia do
Exercício, com isso entender as suas devidas importâncias para a vida acadêmica
e a futura vida profissional dos mesmos. Vejamos a seguir.
Na vida acadêmica do estudante de Educação física, surgem
muitas indagações: <Como o corpo funciona? Por que o coração bate mais
rápido quando se participa de uma corrida? Como os diferentes sistemas
orgânicos interagem para manter o equilíbrio em uma situação de estresse?>.
Leiamos e entendamos melhor nos próximos parágrafos.
O corpo humano possui 11 sistemas funcionais, regulados
dinamicamente por meio de complexas reações físico-químicas que permitem o
perfeito funcionamento dos processos celulares. Cabe à fisiologia humana
estudar essas reações em níveis organizacionais como o celular, o de segmentos
corporais, o de órgãos isolados ou o de um sistema completo.
Para melhor compreender os esforços do organismo na
manutenção da homeostase, é necessário entender certos mecanismos de regulação
dos processos fisiológicos do corpo humano. Por exemplo, quando se inicia um
exercício, certas adaptações processam-se imediatamente a fim de suprir a maior
demanda energética imposta ao organismo. Essas adaptações podem variar conforme
o tipo, a duração e a intensidade do exercício, mas, geralmente, o aumento da frequência
cardíaca é a primeira alteração observada. Esse aumento ocorre inicialmente
pela diminuição do tônus vagal e, posteriormente, pelo aumento da atividade
simpática; além disso, conforme a intensidade e/ou a duração do exercício
aumentam, observamos proporcionalmente o aumento da ventilação pulmonar e da
sudorese. Esses mecanismos visam a aumentar o aporte de oxigênio e a manter
normais o pH e a temperatura interna. Se o exercício realizado tiver um
componente isométrico considerável, como é o caso do treinamento de força, a
obstrução mecânica do fluxo sanguíneo pode aumentar a resistência vascular
periférica, aumentando com isso a pressão arterial sistólica e o duplo produto.
A fisiologia humana apresenta um elevado nível de
complexidade, mas é de grande importância para o desenvolvimento adequado das
atividades físicas diárias e esportivas.
Considerando as várias reações químicas e elétricas que
ocorrem no corpo humano durante as fases do sono, nas diversas formas de
exercícios esportivos sistematizados e nas atividades da vida diária, é de
extrema importância compreender os mecanismos básicos do organismo para manter
seu funcionamento, bem como compreender a harmonia entre os sistemas muscular,
neural, respiratório, cardiovascular, endócrino e os outros sistemas, que atuam
de forma integrada. De maneira geral, a fisiologia do exercício consiste no
estudo dos músculos envolvidos nos movimentos, dos hormônios liberados, do
estado emocional da pessoa, da ativação neuromuscular e de uma série de
mecanismos que são ativados no organismo durante a atividade física, em
especial, o gasto energético, e como ele é reposto, ou seja, por meio do
repouso e da alimentação correta e equilibrada.
Assim, surge a necessidade da compreensão sobre como o
organismo sintetiza os nutrientes extraídos dos alimentos ingeridos, como esses
nutrientes são transformados em energia química utilizável para atuar na
síntese-ressíntese de outros substratos durante a contração muscular, e como
esse processo pode influenciar as ações dos demais órgãos e tecidos.
Por esse motivo, observa-se o avanço tecnológico e
científico nos mais variados campos de conhecimento dos esportes, os quais
auxiliam os profissionais para obter um melhor aproveitamento nos programas de
trabalho, bem como no desempenho esportivo final. Parte desse conhecimento é
obtida em áreas como a biomecânica do esporte, a psicologia do esporte, a
fisiologia humana, o treinamento esportivo e a fisiologia do exercício,
considerada quanto a seus aspectos e relevância.
Para compreender as necessidades energéticas presentes em
qualquer modalidade esportiva, principalmente em modalidades diferentes como a
natação, o futebol de campo e o atletismo, é preciso delinear o estudo de forma
clara, para que esse conteúdo possa contribuir de forma significativa para
identificar os benefícios da atividade física, seus efeitos em curto, médio e
longo prazo, enfatizar sua ação positiva para a saúde, bem como os malefícios
causados pelo sedentarismo.
Logo, estudar e aprender fisiologia humana e do exercício
são essenciais para auxiliar na preparação de um ou vários programas de
exercícios físicos e compreender os efeitos que cada atividade trará para o
aluno, o cliente e/ou o atleta, respeitando sua individualidade, atingindo seus
objetivos e melhorando sua aptidão física.
Referências
bibliográficas
Fisiologia
do exercício. Brasília: Fundação Vale, UNESCO, 2013.
Fisiologia
humana. Brasília: Fundação Vale, UNESCO, 2013.
McARDLE,
W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e
desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
POWERS,
S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.
RIBEIRO,
A. S.; CIESLAK, F. Licenciatura em Educação Física: Fisiologia do exercício.
Ensino à distância. Universidade Estadual de ponta Grossa, 2010.
WEINECK,
J. Biologia do Esporte. Barueri: Manole, 2002.
WILMORE,
J. H.; COSTILL, D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2 ed. Barueri:
Manole, 2001.