quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Hormônio do crescimento (GH)


O hormônio do crescimento (GH - growth hormone) ou somatotropina tem sua liberação controlada por um hormônio hipotalâmico, o hormônio de liberação do hormônio do crescimento (GHRH - growth hormone release hormone) e suas funções são:

a) aumento da captação de aminoácidos e da síntese proteica pelas células;
b) redução do catabolismo proteico;
c) aumento na utilização de lipídios e diminuição da utilização de glicose na obtenção de energia;
d) estimulação da reprodução celular (crescimento tecidual);
e) estimulação do crescimento da cartilagem e dos ossos (GARDNER; SHOBACK, 2007; MOLINA, 2010).

O GH é um dos hormônios mais estudados quanto às respostas adaptativas ao exercício. Sabe-se atualmente que as concentrações plasmáticas de GH aumentam com a atividade física, sendo esse aumento proporcional à intensidade do esforço. Por exemplo, durante o treinamento anaeróbio de alta intensidade, os níveis de GH normalmente atingem valores maiores do que no treinamento essencialmente aeróbio de intensidade baixa a moderada. Especula-se que isso ocorra devido à maior necessidade de síntese tecidual exigida pelo treinamento de alta intensidade (McARDLE,; KATCH; KATCH, 2010). 
É um hormônio de grande importância para os processos de crescimento e de desenvolvimento dos jovens, uma vez que a hipersecreção de GH pode provocar gigantismo, enquanto a deficiência desse hormônio pode causar nanismo (GUYTON; HALL, 2006; GARDNER; SHOBACK, 2007; GRUN; BLUMBERG, 2009; MOLINA, 2010).

Referências

GARDNER, D.; SHOBACK, D. Greenspan’s basic & clinical endocrinology. 8.ed. New York: Lange Medical Books, McGraw-Hill Medical, 2007.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. São Paulo: Guanabara Koogan, 2006.

GRUN, F.; BLUMBERG, B. Endocrine disrupters as obesogens. Mol Cell Endocrinol, v. 304, n. 1/2, p. 19-29, 2009.

McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 7.ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011.

MOLINA, P. Endocrine physiology. New York: McGraw-Hill Medical, 2010.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Hormônios do pâncreas: Insulina e Glucagon


O pâncreas é uma glândula mista, com função secretora endócrina e exócrina. Sua porção endócrina é formada por um conjunto de células (ilhotas de Langerhans) especializadas na secreção dos hormônios insulina e glucagon.
Neste aglomerado de células, existe uma distinção, tendo o pâncreas uma região de células betas, responsáveis pela produção de insulina e outra região de células alfas, produtoras de glucagon, lançados na corrente sanguínea. Esses dois hormônios possuem efeitos antagônicos, ou seja, atividade fisiológica inversa.
Enquanto a insulina tem sua atuação voltada para a absorção de glicose pelas células do fígado, músculos esqueléticos e tecido adiposo, diminuindo sua concentração em razão da retirada de glicose do sangue. 
O glucagon, com atividade estimulante oposta, faz aumentar o teor de glicose na corrente sanguínea a partir da quebra do glicogênio (substância de reserva energética).
Desta forma, conforme a necessidade do organismo, o pâncreas é requisitado a secretar insulina ou glucagon, dependendo da atividade metabólica a ser desenvolvida, utilizando energia das ligações químicas liberadas pelo catabolismo da glicose durante a respiração celular ou processo de fermentação lática.
Fatores genéticos transcricionais, bem como fatores ambientais relacionados ao estilo de vida das pessoas (obesidade, sedentarismo e infecções), provocam distúrbios na síntese desses hormônios, comprometem o organismo causando Diabetes Mellitus tipo I ou tipo II, desregulando a taxa de glicose no sangue.

Referência

Texto retirado de: http://www.brasilescola.com/biologia/insulina-glucagon.htm