A
unidade motora (UM) é a unidade funcional da atividade neuromuscular,
correspondendo ao conjunto formado por um neurônio e as fibras por ele
inervadas. O número de fibras que compõem uma unidade motora determinará tanto
sua capacidade de realizar força quanto a precisão de seus movimentos. No
músculo ciliar, por exemplo, as unidades motoras contêm cerca de 10 fibras,
enquanto no gastrocnêmio este número pode chegar a 1.000 (Fleck, Kraemer,
2004). As unidades motoras também podem variar de acordo com a característica
das fibras que a formam, podendo ser compostas predominantemente de fibras tipo
I ou tipo II.
Ao
contrário do que se imagina habitualmente, a unidade motora não é composta de
neurônios vizinhos, desta forma, fibras adjacentes não pertencem
necessariamente a mesma unidade motora, o que permite que o músculo se contraia
como um todo (Fleck, Kraemer, 2004).
Quando
um estímulo é transmitido a uma unidade motora, ou todas suas fibras se
contraem ou todas se mantêm relaxadas, em um fenômeno denominado lei do tudo ou
nada. A gradação de força se dá não pelo número de fibras ativadas
dentro de uma unidade motora, mas sim pelo número de unidades ativadas e pela
atividade dos mecanismos de conexão-desconexão (também chamado
contração-relaxamento) (Gentil,2014).
Referências
FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J.. Designing Resistance Training
Programs. Human Kinetics, Champaing, IL. 2004.
GENTIL, P. Bases científicas do treinamento de
hipertrofia (Ebook). 5ed. Brasília, DF. 2014.
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