Estresse: causas, consequências e tratamento
Cada vez mais
comum entre os habitantes das grandes cidades, o estresse pode causar sérios
problemas na saúde física e mental.
Trânsito
caótico, pressão no trabalho, conflitos familiares, imprevistos, e junto a
esses problemas vêm as noites mal dormidas, tensões pelo corpo, distração e
irritabilidade. Todos esses fatores podem acarretar o estresse, que é
considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Mal do Século, atingindo
em torno de 9 a cada 10 indivíduos atualmente.
Do ponto de visto
do Brasil, pesquisas apontam que um a cada três brasileiros sofrem com o
estresse. Diferente do que a palavra nos remete, devido à popularização do
conceito ao decorrer dos tempos, o estresse é uma condição fisiológica do
organismo, e não somente a irritação ou cansaço.
Quando
registramos uma ameaça, imediatamente o sistema nervoso central é acionado,
aumentando a liberação de cortisol e adrenalina no organismo, acelerando os
batimentos cardíacos, aumentando a frequência respiratória, a pressão arterial
e contração muscular.
Mesmo se
tratando de uma condição necessária à sobrevivência, é preciso observar a
cronicidade do estímulo estressante, pois ele pode gerar consequências danosas
ao organismo, acarretando sintomas que vão desde dores de cabeça, fadiga,
distúrbio gastrointestinal, prurido, insônia entre outras doenças, como as
cardiovasculares.
Nos dias de
hoje é bastante difícil de fugir de situações conflitantes, mas as dificuldades
e preocupações não podem interferir no nosso bem estar. É preciso saber lidar
com o estresse de alguma forma, pois ele é um fator de risco para inúmeras
doenças que afetam os sistemas cardiovascular, nervoso, endócrino, imunológico
e gastrointestinal. O estresse também está relacionado à memória, lembranças
ruins, tristeza e, em alguns casos, podem desencadear doenças mentais como depressão
e síndrome do pânico.
Além de causar
danos à saúde o estresse pode prejudicar o convívio social do indivíduo, pois a
tendência da pessoa com este mal é ficar irritadiça, nervosa, e com isso se
afastar dos amigos, dos familiares, do companheiro ou da companheira.
Os médicos
orientam que as pessoas que estiverem com muito estresse procurem realizar
atividades que proporcionem momentos relaxantes, tais como uma viagem em
família, um passeio, brincar com um animal de estimação (caso seja adepto de
ter um), meditação, uma atividade manual de agrado da pessoa ou praticar
exercício físico, o importante é relaxar e desopilar.
Como eu sou
Educador Físico e Personal Trainer, vou comentar a seguir sobre como o
exercício físico pode ajudar a reduzir o estresse nas pessoas.
Estresse e exercício físico
Por atuarem
diretamente nos níveis hormonais, os exercícios físicos tornam-se um eficiente
hábito de combate ao estresse. O exercício físico praticado de forma regular
diminui a produção do cortisol e estimula a produção de endorfinas, ou seja,
diminui os hormônios que acentuam a situação de estresse e aumentam a
concentração de hormônios que trazem sensação de bem estar. Estes são os
hormônios mais conhecidos, mas o mecanismo é mais complexo.
Estudos
recentes publicados pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva e outras
revistas médicas especializadas relatam que os exercícios físicos que
proporcionam gasto médio calórico semanal de 1800 a 2100 calorias contribuem
efetivamente para a redução da incidência de doenças crônicas e diminuem
significativamente as situações de ansiedade, além de, lógico, acabar com
sedentarismo, que também provoca estresse.
Os exercícios
físicos bem orientados para a condição física, clínica e idade de cada um é a
chave do sucesso para obter o gasto calórico adequado sem causar lesões
desnecessárias.
Atualmente o
estresse não é categorizado como uma doença, a condição é vista como uma
síndrome que pode afetar vários órgãos e sistemas, mas nem por isso devemos
deixar de combatê-lo, pois a sua cronicidade pode levar a outros distúrbios
mais graves afastando o indivíduo dos estudos, trabalho e da família.
Referências
O estresse nosso de cada dia. Especial Saúde PE: parte integrante
da Revista Veja. ed. 2338, 2013.
Prática regular de atividades físicas pode reduzir o estresse. Disponível
em: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/voce-ef/98-saude-bem-estar/26283-pratica-regular-de-atividades-fisicas-pode-reduzir-o-estresse-.
Acesso em: 19 de setembro de 2013.
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