A
atividade física exerce uma ação favorável sobre o perfil lipídico,
principalmente nos casos de hipertrigliceridemia, níveis diminuídos de
lipoproteínas de alta densidade (HDL) e alterações nas subfrações da
lipoproteína de baixa densidade (LDL) (LACOUR, 2001).
Triglicérides e HDL - Uma
única sessão de exercício pode diminuir os níveis de triglicérides e aumentar
os níveis de HDL de forma fugaz, desaparecendo o efeito num período em torno de
dois dias. Isso ressalta a importância da realização regular de exercício
físico no combate às dislipidemias. Programas de treinamento físico com um
gasto calórico semanal de 1200 a 2200 kcal são suficientes para provocar um
efeito favorável nos níveis de lipídeos séricos. Mesmo com mudanças mínimas no
peso corporal, quanto maior o gasto calórico semanal, maiores os benefícios
para a lipemia (concentração de lipídeos no sangue) (LACOUR, 2001).
LDL - O exercício não parece
alterar os níveis plasmáticos de LDL total, mas provoca uma diminuição das partículas
pequenas e densas de LDL e um aumento do seu tamanho médio. A carga de
treinamento necessária para obter esse benefício equivale a um gasto calórico
equivalente a 23 kcal/kg por semana, o que para uma pessoa com 75 kg
equivaleria a um gasto semanal de 1700 kcal. A mudança nas partículas do LDL provocada
pelo exercício é independente de alterações nos valores do LDL total (Piepoli et al., 1996).
Referências
Lacour JR. Lipid metabolism and exercise. Rev Prat.
2001. Ano 51. p. 36-41.
Piepoli M, Clark AL, Volterrani M, Adamopoulos S, Sleight P, Coats AJ.
Contribution of muscle afferents to the hemodynamic, autonomic, and ventilatory
responses to exercise in patients with chronic heart failure: effects of
physical training. Circulation. 1996. Ano 93. p. 940-52.
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