terça-feira, 15 de novembro de 2016

Qual seria a velocidade de execução ideal para promover a hipertrofia muscular?


O papel da velocidade de execução da ação muscular no treinamento de força não está totalmente estabelecido. Por um bom tempo a prática profissional acreditou que execução mais lenta do movimento era recomendada. Porém, a evidência científica não comprovou esta crença. A velocidade de execução realizada no treinamento de força induz a respostas neurais, hipertróficas e metabólicas. Entretanto, pouco se conhece a respeito da velocidade ideal para hipertrofia.
Poucos estudos avaliaram o efeito da velocidade durante ações isoinerciais. Ratamess e Kraemer (2004) citaram apenas um estudo (HOUSH et al., 1992) para afirmar que a velocidade de execução pode afetar a resposta hipertrófica. Porém, é importante ressaltar que neste estudo foi utilizado equipamento isocinético. Já Carpinelli et al. (2004), em sua análise crítica ao ACSM Position Stand on Resistance Training, atestam que não existem evidências suficientes sobre a superioridade de uma velocidade específica para o desenvolvimento da hipertrofia. Por exemplo, Young e Bilby (1993) não verificaram diferença significativa da velocidade de execução sobre o grau de hipertrofia. Em um estudo realizado por Tesch et al. (1987) sugeriu que velocidades elevadas produzem menos estímulos hipertróficos quando comparados a velocidades mais baixas. Atualmente, existem indícios que a execução em alta velocidade, particularmente na fase excêntrica do movimento, parece ser mais eficiente para os ganhos de força e hipertrofia.
Logo, não existe resposta definitiva para esta pergunta, há muito ainda a ser estudado e analisado.

Referências

CARPINELLI , R. M.; OTTO , R. A; WINETT, R. A. Critical analysis of the acsm position stand on resistance training: insufficient evidence to support recommended training protocols. Journal of Exercise Physiology. V. 7, N. 3, 2004.

KRAEMER, W. J.; RATAMESS, N. A. Fundamentals of resistance training: progression and exercise prescription. Med Sci Sports Exerc v. 36, n. 4, 2004.

TESCH, P. A.; KOMI, P. V.; HAKKINEN, K. Enzymatic adaptations consequent to longterm strength training. Int J Sports Med, v. 8, p. 66-69, 1987.

Young, Warren B.; Bilby, Glenn E. The Effect of Voluntary Effort to Influence Speed of Contraction on Strength, Muscular Power, and Hypertrophy DevelopmentJournal of Strength & Conditioning Research.V. 7, N. 3, 1993.


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