sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Musculação pode queimar calorias por até 48h depois do exercício


O mundo fitness é cercado por uma série de mitos e verdades. Uma das questões mais polêmicas envolve o gasto calórico da musculação. Afinal, musculação queima calorias tanto quanto outras atividades ou não? Os exercícios com repetições, além de resultarem no ganho de massa muscular, emagrecem, sim.
É possível perder de 300 a 500 calorias em uma hora de musculação, como garante Guto Tomé, educador físico e proprietário da academia Fitsport, em São Paulo. E a queima de calorias após o exercício intenso pode se estender por 24 ou 48 horas.
Segundo Guto Tomé, o treino mais famoso para emagrecer com musculação se chama treino metabólico. É uma mistura entre vários exercícios, tanto de força quanto de cardio. Dependendo do treino de musculação, o aluno chega a perder de 300 a 500 calorias em uma hora.
Associado ao alto gasto calórico, já que une a redução de gordura corporal ao ganho de massa muscular e força, o treino metabólico se utiliza de intensidade alta, intervalos curtos e traz resultados rápidos, mas que nem sempre perduram. Os intervalos curtos provocam uma acidose maior, fazendo com que o organismo trabalhe mais para voltar ao seu estado habitual.
Gustavo Barquilha, fisiologista e preparador físico da Integral Médica, lembra que o aumento de massa muscular é outro motivo que prova que musculação queima calorias. Quanto mais massa muscular no corpo de uma pessoa, maior é seu gasto calórico.
A principal vantagem da musculação é que ela produz a queima de gordura e gera a manutenção da massa magra. Isso previne lesões e dá qualidade aos músculos. Quanto mais intenso é o treino da musculação, maior é o tempo em que a pessoa queima calorias, como explica Gustavo Barquilha.



Adaptação biológica ao treinamento


Segundo Weineck (1999), a adaptação é a lei mais universal e importante da vida. Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais em quase todos os sistemas. Por adaptações biológicas no esporte, entendem-se as alterações dos órgãos e sistemas funcionais que ocorrem em decorrência das atividades psicofísicas e esportivas.
Na biologia, compreende-se adaptação fundamentalmente como uma reorganização orgânica e funcional do organismo, frente a exigências internas e externas; adaptação é a reflexão orgânica, adoção interna de exigências. Ela ocorre regularmente e está dirigida à melhor realização das sobrecargas que induz. Ela representa a condição interna de uma capacidade melhorada de funcionamento e é existente em todos os níveis hierárquicos do corpo. Adaptação e capacidade de adaptação pertencem à evolução e são uma característica importante da vida. Adaptações são reversíveis e precisam constantemente ser revalidadas (ISRAEL, 1983 apud WEINECK, 1999).
A intervenção de mediadores bioquímicos é responsável pelo comportamento do metabolismo e, consequentemente, das variações metabólicas que ocorrem com o treinamento físico.
Os aspectos relacionados ao domínio biológico adquirem uma importância decisiva; assim, os processos adaptativos do organismo aos esforços são fundamentais para o rendimento físico. O treinamento com objetivos competitivos nada mais é do que uma sequência de comportamentos bem organizados e biologicamente finalizados, de forma a causar uma interação temporal, considerando-se os períodos correspondentes ao microciclo e ao macrociclo.
No treinamento esportivo, a adaptação adquire uma importância muito peculiar, sendo caracterizada pela necessidade de evitar a estabilização de trocas energéticas e a estabilização dos resultados dos atletas. Assim, a alternância das cargas de treinamento deve corresponder a uma sucessão constante de períodos curtos e longos, nos quais se alternam reduções e elevações cíclicas nas transformações energéticas e nos componentes da carga, ou seja, a perda do equilíbrio das diferentes funções biológicas, com o objetivo de se obter melhores níveis de rendimento (GRANELL; CERVERA, 2003).

Referências bibliográficas

GRANELL, J. C.; CERVERA, V. R. Teoria e planejamento do treinamento desportivo. Porto Alegre: Artmed, 2003.


WEINECK, Jürgen. Treinamento ideal. 9ed. São Paulo: Editora Manole, 1999.


sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Doenças mentais reduzem expectativa de vida tão quanto ou mais que o tabagismo, diz estudo britânico


Governos e serviços sociais deveriam depositar mais esforços e até mesmo priorizar o tratamento de doenças mentais. É o que defendem pesquisadores da Universidade de Oxford. Um estudo recente realizado na instituição mostrou que se dedicar à saúde mental pode evitar mortes prematuras.
Os cientistas de Oxford dizem que ela não é tão debatida quanto o tabagismo, apesar dos altos números de casos envolvendo problemas na área e da similaridade na gravidade das duas questões. A análise mostra que um em cada quatro britânicos tem algum tipo de problema de saúde mental. Enquanto isso, aproximadamente 21% dos homens no Reino Unido e 19% das mulheres fumam.
Os pesquisadores fizeram uma busca de revisões sistemáticas de estudos na área. Em 20 artigos de revisão, foram identificados 1,7 milhões de pacientes e mais de 250 mil mortes. Eles levantaram pesquisas sobre a expectativa de vida e o risco de suicídio de pessoas com doenças mentais e compararam com os dados acerca de fumantes.
A redução média da expectativa de vida em pessoas com transtorno bipolar é de nove a 20 anos; de 10 a 20 anos para esquizofrenia; entre nove e 24 para abuso de drogas e álcool; e de sete a 11 anos para depressão. A perda de anos entre fumantes compulsivo, no entanto, é de oito a 10 anos. As descobertas foram publicadas no periódico World Psychiatry.
Todos os diagnósticos estudados mostraram um aumento de mortalidade, embora o risco tenha variado, muitos eram equivalentes ou superiores ao do tabagismo intenso. "Nós descobrimos que muitos diagnósticos em saúde mental estão associados a uma queda na expectativa de vida tão grande  quanto o que se relaciona a fumar 20 ou mais cigarros por dia", diz Seena Fazel, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford.
"Há provavelmente muitas razões para isso. Comportamentos de alto risco são comuns em pacientes psiquiátricos, especialmente o abuso de drogas e álcool, e eles são mais propensos a morrer por suicídio", completa o pesquisador.
Concluiu também que, um em cada quatro britânicos tem algum tipo de problema de saúde mental.

Fonte: Galileu. Doenças mentais reduzem expectativa de vida mais do que tabagismo, diz estudo. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2014/05/doencas-mentais-reduzem-expectativa-de-vida-mais-do-que-tabagismo-diz-estudo.html


8 técnicas pra memorizar as coisas que você aprende


Como anda sua memória? De acordo com estudo científicos, sua resposta só é honesta se você disser: mal, bem mal. É que pesquisas mostram que nos lembramos apenas de 10% daquilo que aprendemos. Os outros 90% são esquecidos rapidamente, logo depois que a gente aprende.

Infelizmente, não dá pra escrever esse argumento no vestibular e passar na faculdade, ou então dizer pro professor e esperar aprovação na prova. Especialmente no ensino tradicional, que quase sempre avalia a capacidade de reproduzir conteúdo, a memória é fundamental. Por isso, se você conhecer algumas técnicas que te ajudem a memorizar as coisas que você aprende, pode sair na frente. Confira:

1. Ler e ouvir não bastam


A melhor maneira de aprender é discutindo em grupo ou ensinando o que se está tentando aprender. É que se concentrar é muito mais fácil (mandatório, até) quando você está conversando com alguém sobre um tema ou explicando aquilo. Ler ou ouvir alguém falando é muito mais suscetível a distrações e interrupções no seu processo de concentração.


2. Ache um enfoque do assunto que lhe interesse


É mais fácil lembrar de algo do seu interesse do que de algo que não lhe interessa - óbvio. É por isso que, se você gosta de uma matéria, provavelmente tem muito mais facilidade em aprendê-la. Tente achar um enfoque dentro de um assunto que não te interesse tanto, um recorte ou uma abordagem que tenha mais apelo pro seu gosto pessoal. Depois, na vida adulta, se possível, estude só o que você gosta. A vida vai ser mais fácil.


3. Concentre-se


Deixe de lado as notificações do celular e foque no que está estudando. Se você estiver cansado ou distraído, é muito mais difícil para o cérebro fixar o conteúdo com o qual você está tomando contato.


4. Lembretes na hora certa


Há horas melhores e piores para se lembrar de algo que você aprendeu (e o resgate desse conteúdo ajuda você a fixar as coisas na memória). Se você precisa fixar algum conteúdo, a dica é: estude, estude de novo dali uma hora e depois de 24 horas. Ou use o SuperMemo, um site que calcula o tempo exato em que você vai se esquecer de algo e te ajuda a lembrar imediatamente antes de esquecer.


5. Descanse


Faça pausas entre os estudos. Não dá pra saber exatamente quanto e como você deve parar porque isso varia de indivíduo para indivíduo, mas uma boa técnica é estudar por 45 minutos, que é o tempo máximo que alguém consegue se focar em uma tarefa, na média, e dar uma pausa de 15 a 20 minutos antes de recomeçar. De novo, isso pode variar, então fique atento aos sinais da sua mente.


6. Antes de dormir, logo que levantar


Estudar nessas horas é uma boa maneira de fixar conteúdo, por causa das substâncias químicas liberadas pelo cérebro nesses horários.


7. Faça conexões entre o que você aprende e o que você já sabe


Aprender é um processo conectado, e não individual. Uma maneira excelente de fixar algo novo é conectando isso com algo que você já saiba ou conheça. Por exemplo: ao aprender uma palavra nova em outra língua, você pode tentar conectá-la com um som com que ela se pareça em uma língua que você já conheça, por exemplo.



8. Reflita sobre o que você aprendeu


Reserve 15 a 20 minutos entre cada sessão de estudo pra refletir sobre o que você acaba de aprender. Essa reflexão sobre o conteúdo, que provavelmente vai fazer você questionar e correlacionar o aprendizado com coisas que já sabe, também ajuda a fixar coisas na memória.


Fonte: Galileu. 8 técnicas pra memorizar as coisas que você aprende.