Segundo Weineck (1999), a adaptação é a lei mais universal e
importante da vida. Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças
funcionais e estruturais em quase todos os sistemas. Por adaptações
biológicas no esporte, entendem-se as alterações dos órgãos e sistemas
funcionais que ocorrem em decorrência das atividades psicofísicas e esportivas.
Na biologia, compreende-se adaptação fundamentalmente como uma
reorganização orgânica e funcional do organismo, frente a exigências internas e
externas; adaptação é a reflexão orgânica, adoção interna de exigências. Ela
ocorre regularmente e está dirigida à melhor realização das sobrecargas que
induz. Ela representa a condição interna de uma capacidade melhorada de
funcionamento e é existente em todos os níveis hierárquicos do corpo. Adaptação
e capacidade de adaptação pertencem à evolução e são uma característica
importante da vida. Adaptações são reversíveis e precisam constantemente ser
revalidadas (ISRAEL, 1983 apud WEINECK, 1999).
A intervenção de mediadores bioquímicos é responsável pelo
comportamento do metabolismo e, consequentemente, das variações metabólicas que
ocorrem com o treinamento físico.
Os aspectos relacionados ao domínio biológico adquirem uma
importância decisiva; assim, os processos adaptativos do organismo aos esforços
são fundamentais para o rendimento físico. O treinamento com objetivos competitivos
nada mais é do que uma sequência de comportamentos bem organizados e
biologicamente finalizados, de forma a causar uma interação temporal,
considerando-se os períodos correspondentes ao microciclo e ao macrociclo.
No treinamento esportivo, a adaptação adquire uma importância
muito peculiar, sendo caracterizada pela necessidade de evitar a estabilização
de trocas energéticas e a estabilização dos resultados dos atletas. Assim, a
alternância das cargas de treinamento deve corresponder a uma sucessão
constante de períodos curtos e longos, nos quais se alternam reduções e elevações
cíclicas nas transformações energéticas e nos componentes da carga, ou seja, a
perda do equilíbrio das diferentes funções biológicas, com o objetivo de se
obter melhores níveis de rendimento (GRANELL; CERVERA, 2003).
Referências bibliográficas
GRANELL, J. C.;
CERVERA, V. R. Teoria e planejamento do treinamento desportivo. Porto Alegre: Artmed, 2003.
WEINECK, Jürgen. Treinamento
ideal. 9ed. São Paulo: Editora Manole, 1999.
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