“-
ACCGGGGTTTAAAACTGCTA. Portanto, no caso deste aluno será mais eficiente o
intervalo de 45 segundos entre as séries!” Apesar de frases como estas
parecerem sem sentido atualmente, em poucos anos serão recorrentes entre os
profissionais da atividade física. Trata-se da prescrição personalizada
geneticamente, que é a utilização da sequência de nucleotídeos do DNA para
decidir as variáveis relacionadas à prescrição do exercício físico, como
intensidade, volume, intervalos (entre as séries e entre as sessões),
exercícios utilizados e ordem dos exercícios.
Atualmente
a prescrição é baseada em dados populacionais, ou seja, o que “funciona” para a
maioria das pessoas é utilizado para todos. No entanto, é fácil inferir que
aquilo que “dá certo” para a maioria não é a opção mais eficiente para todos.
Em outras palavras, tal tipo de prescrição vai maximizar os efeitos do
treinamento físico. Ela ainda não é utilizada porque o custo do sequenciamento
do DNA ainda é relativamente caro, mas com os avanços tecnológicos os preços
certamente serão reduzidos e tal estratégia será vantajosa até para o SUS. Será
como o teste do pezinho: a criança sairá da maternidade com seu DNA sequenciado
e esta informação será útil por toda sua vida, não apenas para a prescrição do
exercício, mas também dos medicamentos e da dieta. Atualmente no Brasil isso já
é feito para a escolha dos medicamentos para tratamento da depressão e dos
portadores de HIV, por exemplo. Esta informação também será utilizada para a
seleção dos talentos esportivos - as “peneiras” migrarão dos ginásios, campos,
pistas e piscinas para a sopa de letras do DNA.
Referência
Texto
copiado de: BUENO JÚNIO, C. R. Prescrição do exercício físico personalizada geneticamente. Revista
Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.5, n.26,
p.88-89. Mar/Abr. 2011.
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