Um dos componentes estruturais, além dos músculos, que se beneficia com o treinamento de força são os ossos. Estudos demonstram que a diminuição da densidade mineral óssea, que tende a ocorrer com a idade, principalmente em mulheres pós-menopausa, pode ser atenuada e, até mesmo, revertida com a prática da musculação.
Essa alteração na morfologia do tecido ósseo se dá por meio do efeito piezoelétrico (Lei de Wolff). Esse efeito é um fenômeno que mostra a relação entre a função e a forma do osso, o que sugere que os ossos forma-se e remodelam-se de acordo com a resposta às forças mecânicas aplicadas sobre eles. Na musculação, os estímulos mecânicos nos ossos são resultantes da tensão muscular.
As respostas (adaptações) positivas se relacionam com a dose do treinamento de força. Essa relação é conhecida como dose-resposta. O bom senso nos leva a crer que melhores respostas são observadas com a dose adequada de treinamento, em comparação com doses muito pequenas ou excessivas.
Doses pequenas podem não oferecer estímulos (sobrecarga) suficientes para que ocorra adaptação e, em contrapartida, doses excessivas podem proporcionar estímulos além da capacidade de adaptação do organismo, levando à síndrome do excesso de treinamento (overtraining). Portanto, os maiores benefícios ocorrem com a regularidade das cargas, e não com cargas muito elevadas.
Referência
TEIXEIRA, C. V. L. S.; GUEDES JR, D. P. Musculação Time-efficient: otimizando o tempo e maximizando os resultados. 2ed. São Paulo: Phorte Editora. 2016.
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