Cada músculo do nosso corpo exerce uma
função específica, funciona de maneira integrada e coordenada pelo cérebro. É
muito bonito observar uma bailarina dançando, fazendo movimentos incríveis,
como saltos, piruetas, elevações de pernas, ao ritmo da música, com graça,
harmonia e beleza.
O mesmo acontece com os esportistas que
fazem maravilhas com o corpo. É sem dúvida, incrível um gol de bicicleta ou
mesmo uma cortada no vôlei. Tudo isso acontece graças ao fortalecimento dos
músculos que dão ao corpo uma capacidade de combinar e executar centenas de
movimentos diferentes.
Apesar disso, milhares de pessoas estão
impossibilitadas de praticar esportes ou mesmo fazer exercícios. Elas sofrem
porque um grupo muscular, que exerce um papel fundamental para o bom
funcionamento do corpo, não é exercitado de forma adequada. Estou me referindo
aos músculos profundos localizados numa região do corpo conhecida como core.
O core é
uma unidade integrada composta de 29 pares de músculos que suportam o complexo
quadril-pélvico-lombar.
Tem as seguintes funções:
>> Manter um adequado alinhamento da coluna lombar contra a ação da gravidade;
>> Estabilizar a coluna e pélvis durante os movimentos;
>> Gerar força para os movimentos do tronco e prevenir lesões.
>> Manter um adequado alinhamento da coluna lombar contra a ação da gravidade;
>> Estabilizar a coluna e pélvis durante os movimentos;
>> Gerar força para os movimentos do tronco e prevenir lesões.
Os músculos são responsáveis também em
dar o formato da cintura, proteger a cavidade abdominal, manter o quadril na
posição correta e ajudar a manter o tronco controlado em inúmeros movimentos
esportivos. Vários esportistas treinam bastante esses músculos, como é o caso
dos lutadores de boxe, ginastas, jogadores de vôlei, futebol e basquete.
Para a maioria dos esportes, ter o core fortalecido é fator de ajuda
para um melhor rendimento. O enfraquecimento dos músculos do core trás consequências um tanto quanto
desagradáveis: alterações na posição do quadril, flacidez abdominal, dores na
região da coluna lombar e até mesmo favorecendo o aparecimento de hérnias de
disco.
Os homens, quando engordam, tendem a
aumentar a quantidade de gordura ao redor da cintura, com predominância acima
do umbigo, formando o famoso “pneuzinho”, sobrecarregando ainda mais a região
lombar, principalmente quando os músculos do core, particularmente os profundos estão enfraquecidos. Nas
mulheres, durante o período de gravidez, os músculos da parede abdominal são
distensionados na medida em que o feto vai aumentando de tamanho provocando um
aumento acentuado da curvatura da região lombar.
Por todas essas razões é fundamental que
seja dada uma atenção especial aos músculos do core. Por uma questão de saúde o seu
enfraquecimento trás consequências desagradáveis. No entanto, é importante
lembrar que ao fazer os exercícios chamados “abdominais tradicionais” estará
fortalecendo os músculos superficiais e não, como a maioria imagina, protegendo
a coluna ou mesmo “queimando” gordura ou, como dizem, “tirando a barriga”. Para
metabolizar (“queimar”) gordura é necessário fazer exercícios do tipo aeróbios
(caminhada, corrida, bicicleta, etc.), que estimulam a mobilização da gordura
como fonte de energia.
O que mudou no treinamento?
As novas pesquisas mostram que alguns
músculos localizados nesta região do corpo, denominada core, particularmente
os músculos internos do tronco na estabilização da coluna, em particular o
transverso do abdômen, multífido e rotatores da região lombar foram
identificados como sendo absolutamente essenciais na própria função e controle
da região lombar.
Isto significa que fazer os exercícios
abdominais tradicionais (flexão do tronco sobre o quadril com as mãos na nuca)
e suas variações enfatiza o fortalecimento da musculatura superficial, ou seja,
o reto e oblíquo abdominal.
Diante dessas evidências, para prevenir
dores na coluna, fortalecer os músculos que dão sustentação para a coluna
lombar, é importante iniciar o treinamento utilizando exercícios isométricos
(estáticos) que enfatizam o desenvolvimento da estabilidade, força e
resistência dos músculos citados.
Os exercícios denominados “prancha”,
realizados na posição ventral, dorsal e lateral devem ser incluídos no início
do treinamento para, primeiro, fortalecer os músculos profundos,
estabilizadores da região do core e, a
partir daí, incluir exercícios para aumentar a força e posteriormente a potência
do “core”.
Esta é a nova recomendação para o
treinamento equilibrado da região mais importante do corpo sob o ponto de vista
funcional.
Referências
GUISELINI, Mauro. Treinamento
funcional e Core training. Disponível em: http://www.arturmonteiro.com.br/2010/01/2090/.
Acesso em: 07 de Julho de 2012.