O VO2 máx é a capacidade máxima que o
organismo tem de captar, transportar e utilizar o oxigênio. O VO2
está relacionado a três sistemas do nosso organismo, que são eles: o sistema
respiratório (responsável pela captação de oxigênio), o sistema cardiovascular
(responsável pelo transporte de oxigênio no sangue) e o sistema muscular
(responsável pela utilização de oxigênio, principalmente durante o exercício
físico, para geração ou fornecimento de energia).
O VO2 máx proporciona uma medida
quantitativa da capacidade do indivíduo para a ressíntese aeróbia de ATP. Isso
torna o VO2 máx um importante determinante da capacidade de realizar
um exercício de alta intensidade por mais de 4 ou 5 minutos. A possibilidade de
alcançar um VO2 máx alto comporta um significado fisiológico
importante além de seu papel que consiste em permitir o metabolismo energético.
Uma alta potência aeróbia requer a resposta integrada e de alto nível de
diversos sistemas de apoio fisiológico.
O VO2 máx depende de duas variáveis: o débito
cardíaco (quanto de sangue o coração bombeia por minuto) e a diferença
arteriovenosa de oxigênio (diferença entre a quantidade de oxigênio que chega
às células pela artéria e a quantidade de oxigênio que deixa as células nas
veias).
Para aumentar o VO2 máx os treinamentos devem ter
como foco a melhora no débito cardíaco por meio de adaptações cardiovasculares, ou seja, o aumento no
número de mitocôndrias, de capilares sanguíneos, do volume sanguíneo e das
hemácias. Além disso, é preciso estimular a melhora na atividade de enzimas
oxidativas, aumento na atividade contrátil cardíaca, e também do aumento da
resposta pulmonar. Para isso, pesquisadores apontam os treinamentos em
intensidades próximas ao VO2 máx como os mais indicados para
melhorar esse índice, ou seja, acima de 85%.
O VO2 máx começar a declinar após os 25
anos de idade com um ritmo de aproximadamente de 1% por ano, de forma que, aos
55 anos, será em média cerca de 27% abaixo dos valores relatados para as
pessoas de 20 anos de idade, consequentemente a pessoa em processo de
envelhecimento terá um VO2 máx ainda mais baixo que esses valores. O
declínio de VO2 máx pode ser atribuído ao processo de envelhecimento
na redução da capacidade cardíaca e na diferença da oxigenação arteriovenosa.
Os batimentos cardíacos máximos diminuem de 6 a 10 batimentos por minuto por década e é
responsável pela diminuição da capacidade respiratória. No entanto, a redução
do volume sanguíneo durante o exercício máximo no idoso, também contribui para
a diminuição da capacidade cardíaca. Logo, em pessoas idosas há uma diminuição
do volume sanguíneo, diminuição da capacidade cardíaca, diminuição a contratilidade
ventricular, diminuição da capacidade vascular, e ainda diminui a capacidade de
utilização do oxigênio durante os exercícios físicos no músculo.