quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Exercícios Físicos: Indicados Para Todos?

Exercício é sempre bem-vindo. Deve-se tomar cuidado apenas com atividades mal prescritas / supervisionadas.

 
 
A literatura define – classicamente – como sendo exercícios físicos uma sequência sistematizada de movimentos de diferentes segmentos corporais executados de forma planejada e com um determinado objetivo a ser atingido.

Já a atividade física – diferentemente do exercício – caracteriza-se por ser qualquer movimento produzido pelos músculos. Para ser assim classificada deve produzir gasto energético acima dos níveis de repouso e ser executada no dia a dia de qualquer indivíduo (desde crianças até idosos) através de atividades como: brincar, lavar o carro, passear com o cachorro, varrer a calçada, etc.

Dito isso, me veio à memória uma conversa acalorada que presenciei, certa vez, entre três idosos - dois na faixa dos 60 anos e outra já com duas ou três décadas a mais - sobre o tempo de vida que tinham.  Eles debatiam sobre o aparecimento de patologias crônicas inerentes a suas idades (e a seus modos de viver) e questionavam se o avançar dos anos seria um impedimento para que praticassem exercícios físicos. Um deles tinha câncer e achava que seria um bom investimento se exercitar. Quanto às outras, uma dizia que o médico a proibira das práticas físicas em função de problemas articulares (aqueles que a maioria vai ter na vida), a outra se dizia muito velha para ”estas coisas”.

Depois de ouvir suas queixas e argumentos, respondi-lhes que – absolutamente – os exercícios podem - e devem - ser realizados com propriedade por todo indivíduo e que não existe exercício proibido.

O que se vê muito (isso sim) são atividades mal prescritas ou mal supervisionadas! Muitas pessoas acreditam que basta ler uma revista com recomendações de exercícios físicos e já é possível reproduzi-los na prática diária. O resultado disso, não raro, são dores e lesões musculares e articulares. E – claro – a reboque vem o rótulo, a determinação de que exercícios não podem ser realizados porque machucam ou trazem prejuízos físicos.

Na verdade, o que ocorre é o contrário. As indicações de exercício se ajustam e são até bastante válidas para a manutenção da saúde de indivíduos saudáveis e não trazem nenhum fator de risco inerente à sua execução.
 
Uma pessoa para ser considerada ativa - e gozar dos benefícios da prática de exercícios físicos para sua saúde - precisa de, no mínimo, 150 minutos de atividade física por semana. Seja de forma contínua ou intercalada.

O mais indicado é que seja realizada por 30 minutos, 5 vezes por semana, ou 3 dias na semana com sessões de 50 minutos.

No entanto, se uma pessoa apresentar qualquer condição patológica crônica de saúde, como hipertensão arterial, diabetes ou mesmo um fator de risco relacionado à idade (homem acima de 45 anos ou mulher acima de 55 anos) deve procurar por supervisão para orientação da sua atividade física.

Dessa forma, uma caminhada básica pode trazer grandes prejuízos para indivíduos que estejam saindo do sedentarismo. Isto pode acontecer porque, durante a realização de um simples percurso com muitas subidas, este indivíduo pode experimentar uma elevação na pressão arterial ou um descontrole na glicemia. Sem dúvida, algo preocupante para indivíduos diabéticos, usuários de insulina ou não.

O fato é que os benefícios do exercício existem, são comprovados por diversos estudos em várias áreas, mas não é qualquer exercício que se adequa a qualquer pessoa!

O corpo humano foi projetado para o movimento. É este, inclusive, o sinal primordial da vida animal. A ausência de movimento (associada a doenças advindas de um processo de vida sedentária - seja em crianças, adolescentes ou adultos jovens - ou inerentes ao próprio envelhecimento humano) gera perdas para o indivíduo e para a sociedade.
 
 
Artigo publicado na Phorte TV por:
 
FERNANDA CERVEIRA ABUANA OSÓRIO FRONZA - Fisioterapeuta e Educadora Física
Graduada em Fisioterapia e Educação Fisica, especialista em “Fisioterapia em Ortopedia”. Mestre pela Escola de Educação Física e Esporte de São Paulo na área de “Concentração da Biodinâmica do Movimento Humano”. Pós-graduada em “Design Instrucional para Educação a Distância”.
 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Exercícios no calor: entenda a função do suor e a importância da hidratação

 
 
Combinação de atividade física vigorosa com altas temperaturas requer muito cuidado, pois gera grande perda de líquidos e sais minerais pela evaporação.

A combinação da atividade física vigorosa e o calor excessivo é uma situação que requer muito cuidado. Apesar de ser um tema frequentemente abordado em inúmeras publicações, nunca é demais esclarecer algumas dúvidas e alertar sobre eventuais riscos para a saúde.

Quando fazemos qualquer tipo de atividade física, existe uma produção de calor pelo corpo que é proporcional à intensidade da atividade realizada. O desafio, nesta situação, é promover a perda deste calor produzido para evitar que a temperatura corporal aumente.

Existem quatro mecanismos que proporcionam a perda de calor: condução, convecção, irradiação e evaporação. O três primeiros são mecanismos físicos de troca de calor com o ambiente e sua eficácia depende da existência de condições favoráveis para dissipar o calor do corpo para o meio ambiente. Na realidade, são mecanismos de perda direta de calor por contato com o ar mais frio, com correntes de ar etc. Quando a temperatura ambiente é elevada, estes mecanismos são muito pouco eficientes, e a perda de calor vai depender essencialmente do mecanismo de evaporação do suor.

É importante frisar que não é a produção de suor que resfria o corpo e, sim, a evaporação do suor produzido que rouba calor da superfície corporal. É até curioso, mas o hábito de enxugar o suor produzido, evitando que ele evapore, prejudica a perda de calor.

Na medida em que a necessidade de perder calor se torna cada vez mais intensa, tanto pelo aumento da intensidade do exercício, quanto pela elevação da temperatura ambiente, a sudorese e a evaporação do suor são mais exigidas. A consequência óbvia é uma perda cada vez maior de líquidos e sais minerais pelo suor.

Nesta situação, a reposição hídrica e mineral é fundamental. A desidratação leva a uma séria ameaça para a saúde e um prejuízo à performance física. Estudos científicos estimam que, para cada 1% de desidratação do corpo, existe um decréscimo de 5% do desempenho.

O cálculo do percentual de desidratação é feito pela proporção que a redução de peso representa em relação ao peso corporal. Se um indivíduo de 70kg perde 1kg numa atividade física, ele se desidratou em cerca de 1,5%.

A reposição de líquidos, mesmo durante o exercício, é fundamental e proporciona a possibilidade de a sudorese não ser prejudicada, assegurando a luta contra o calor e evitando a elevação da temperatura corporal (hipertermia), que traria uma ameaça muita séria para a saúde.

Matéria publicada no site Globo Esporte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2014/01/exercicios-no-calor-entenda-funcao-do-suor-e-importancia-da-hidratacao.html

Pular o café da manhã pode aumentar risco de diabetes e ataque cardíaco


Estudos sugerem que não se alimentar pela manhã aumenta o risco de doenças do coração e problemas como obesidade e pressão alta.

Não tomar café da manhã pode ser uma rotina pouco saudável e de consequências perigosas. Além de não prover a energia necessária para o dia que acaba de começar, quem pula a refeição tem 21% mais chances de desenvolver a diabetes II, de acordo com o American Journal of Clinical Nutrition.

Um estudo similar da Universidade de Harvard com quase 27 mil homens chegou a conclusões parecidas. Pesquisadores afirmam que quem não come nada de manhã tem um risco 27% maior de ter um ataque cardíaco ou morte por doenças do coração.

De acordo com Leah Cahill, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, não tomar café da manhã também abre as portas para problemas de obesidade, pressão alta e colesterol alto, além de diabetes, doenças que podem levar a ataques cardíacos.

Matéria publicada no site Terra: http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos/pular-o-cafe-da-manha-pode-aumentar-risco-de-diabetes-e-ataque-cardiaco,3c68b4d170ab3410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Exercícios físicos supervisionados auxiliam na reabilitação pós-infarto


 

Até os anos 70 recomendava-se repouso de três semanas aos pacientes que se recuperavam de um infarto agudo, com base no conceito de que tal repouso facilitaria o processo de cicatrização do miocárdio.  Entretanto, hoje a Medicina sabe que o exercício físico supervisionado é altamente recomendado para o processo de reabilitação cardiovascular, com benefícios para o tratamento de longo prazo e para a qualidade de vida do paciente.

“O exercício físico pode aumentar a capacidade de função cardiovascular e diminuir a demanda de oxigênio do miocárdico para um determinado nível de atividade física” explica a médica geriatra Janise Lana Leite (CRM 126.876), da Academia Estação do Exercício – especializada em musculação para idosos e grupos especiais.

Normalmente os médicos dividem o processo de reabilitação cardiovascular em 4 fases, sendo que a primeira, chamada fase 1, vai da ocorrência do infarto até a alta hospitalar. As fase 2 e 3 tem duração de 3 a 6 meses e tem como objetivo possibilitar a pessoa voltar a sua vida social e laboral e adotar um estilo de vida saudável. A fase 4 compreende a manutenção dos exercícios e hábitos por toda a vida.

Dra. Janise explica que a atividade física inserida no processo de reabilitação na fase aguda do infarto objetiva reduzir os efeitos negativos do prolongado repouso no leito, o controle das alterações psicológicas e a redução da permanência hospitalar. “Além disso, no longo prazo, o exercício pode ajudar a controlar o hábito de fumar, a hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes mellitus, obesidade e a tensão emocional” afirma a médica.

De acordo com o professor de educação física Carlos A. Silva, diretor da Estação do Exercício, “há evidências de que o exercício físico realizado por longos períodos possa influenciar na prevenção da aterosclerose e na redução de eventos coronários”. Contudo, “é fundamental que a atividade física seja supervisionada e orientada por um profissional qualificado, preparado para lidar com pacientes em processo de reabilitação cardiovascular” orienta o professor.

“Para cada fase, os profissionais de saúde deverão prescrever as atividades mais adequadas. Além disso, cada indivíduo é único em sua condição de saúde, que deve ser vista como um todo.” explica a Dra. Janise. “Na Academia Estação do Exercício, a equipe médica trabalha alinhada com o cardiologista do paciente, determinando em conjunto o treino mais adequado em cada caso. É esta interação médica que garantirá os melhores resultados para o aluno-paciente” conclui.

Texto copiado de: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/medicina-esportiva-socorros/22633-exercicios-fisicos-supervisionados-auxiliam-na-reabilitacao-pos-infarto

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Influência do carboidrato e da cafeína na absorção e no armazenamento da creatina no músculo


Dentre os recursos ergogênicos, os quais existem estudos sobre um possível aumento no rendimento físico está a creatina, que tem se tornado um dos mais populares ultimamente. Os efeitos dessa substância se baseiam na teoria de que a suplementação aumentaria a força e a velocidade nas atividades físicas, nas quais a fonte de energia predominante é proveniente do sistema energético ATP-CP (Alves, 2002).
A creatina é uma substância osmoticamente ativa. Com isso, o aumento da concentração intracelular de creatina pode induzir o fluxo de água para o interior das células, explicando em parte o aumento da massa corporal magra observado após o período de carga da suplementação de creatina (Volek e colaboradores, 1997; Francaux e Poortmans, 1999; Mujika e colaboradores, 2000). Muitos estudos indicam que a dose de carga da suplementação de creatina leva ao aumento da massa corporal total (Balsom e colaboradores, 1993; Francaux e Poortmans, 1999; Volek e colaboradores, 1997; Volek e colaboradores, 1999) e da massa corporal magra (Becque e colaboradores, 2000; Kirksey e colaboradores, 1999; Mihic e colaboradores, 2000; Peeters e colaboradores, 1999; Volek e colaboradores, 1999). 
Segundo Green e colaboradores (1996a) e Green e colaboradores (1996b), a combinação de creatina com carboidrato faz com que os estoques musculares de creatina atinjam, mais facilmente, o seu limite máximo. Provavelmente esse efeito é mediado pela insulina (Steenge e colaboradores, 1998; Williams e colaboradores, 1999). Esses dois estudos realizados por Green e colaboradores demonstraram que, combinando creatina com carboidrato simples, como a glicose, ocorre aumento do transporte de creatina dentro do músculo, mesmo em indivíduos com níveis de creatina muscular próximos do normal. Em um destes estudos foi administrada uma solução de 5 gramas de creatina e em torno de 90 gramas de carboidratos simples, sendo essa dose consumida quatro vezes ao dia, durante cinco dias. Tanto os suplementados com creatina pura quanto os que receberam creatina adicionada de carboidrato tiveram aumentos da quantidade total de creatina e creatina-fosfato, mas os que foram suplementados com creatina adicionada de carboidrato tiveram aumento de 10% a mais de creatina, em comparação ao grupo que recebeu creatina pura.
Um outro estudo, desenvolvido por Stout e colaboradores (1999), avaliou o efeito da suplementação de creatina sobre a capacidade anaeróbia, dividindo a amostra  de 26 indivíduos em três grupos, os quais receberam doses contendo 35 gramas de carboidrato (dextrose) como solução placebo, 5,25 gramas de creatina mais um grama de carboidrato ou 5,25 gramas de creatina mais 33 gramas de carboidrato, quatro vezes ao dia, durante seis dias. O grupo que recebeu 5,25 gramas de creatina mais 33 gramas de carboidrato por dose teve incremento de 30,7% da capacidade anaeróbia versus 9,4% de incremento do grupo que recebeu 5,25 gramas de creatina mais um grama de carboidrato.
A cafeína parece exercer efeito contrário ao do carboidrato no que diz respeito ao armazenamento de creatina no músculo.
Um estudo desenvolvido por Vandenberghe e colaboradores (1996) mostrou que o consumo de cafeína juntamente com a creatina (0,5 grama de creatina /kg de peso associado a 5 mg de cafeína/kg de peso/ dia, durante oito dias) atrapalhou o efeito da suplementação de creatina sobre o aumento das concentrações musculares de creatina-fosfato no músculo e, com isso, não houve melhora da performance. Segundo os autores, a cafeína ingerida na dose de 400 mg, que equivale a aproximadamente 3,5 xícaras de café, faz com que se perca o efeito ergogênico da creatina.

Observação: Antes de se submeter a qualquer tipo de dieta ou suplementação um nutricionista deverá ser consultado.


Referências bibliográficas

Alves, L. A. Recursos ergogênicos nutricionais. Revista do Ministério da Educação Física. Viçosa. Vol. 10. Núm. 1. 2002. p. 23-50.

Balsom, P. D.; e colaboradores. Skeletal muscle metabolism during short duration high- intensity exercise: influence of creatine supplementation. Acta Physiologica Scandinavica. Vol. 154.  1995. p. 303-310. 

Becque, M. D.; e colaboradores. Effects of oral creatine supplementation on muscular strength and body composition. Medicine and

Science in Sports and Exercise. Vol. 32. Núm. 3. 2000. p. 654-658.

Francaux, M.; Poortmans, J. R. Effect of training and creatine supplementation on muscle strength and body mass. European Journal of Applied Physiology. Vol. 80. 1999. p. 165-168.

Green, A L.; e colaboradores. Carbohydrate ingestion augments creatine retention during creatine feeding in humans. Acta Physiologica Scandinavica. Vol. 158. 1996a. p. 195-202. 

Green, A L.; e colaboradores. Carbohydrate ingestion augments skeletal muscle creatine accumulation during creatine supplementation in humans. American Journal of Physiology. Vol. 271. 1996b. p. 821-826.

Kirksey, B.; e colaboradores. The effects of 6 weeks of creatine-monohydrate supplementation on performance measures and body composition. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 13. Núm. 2. 1999. p. 148-156.

Mihic, S.; e colaboradores. Acute creatine loading increases fat free mass, but does not affect blood pressure, plasma creatinine, or CK activity in men and women. Medicine & Science in Sports and Exercise. Vol. 32. Núm. 2. 2000. p. 291-296.

Mujika, I.; e colaboradores. Creatine supplementation and sprint performance in soccer player. Medicine and Science in Sport and Exercise. Vol. 32. Núm. 2. 2000. p. 518- 525.

Peeters, B. M., Lantz, C. D., Mayhew, J. L. Effect of oral creatine monohydrate and creatine phosphate supplementation on maximal strength indices, body composition, and blood pressure. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 13. Núm. 1. 1999. p. 3-9.

Steenge, G. R., Lambourne, J., Casey, A. e colaboradores. Stimlulatory effect os insulin on creatine accumulation in human skeletal muscle. American Journal of Physiology. Vol. 275. 1998. p. 974-979.

Stout, J. R.; e colaboradores. The effects of creatine supplementation on anaerobic capacity. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 13. Núm. 2. 1999. p. 135-138.

Vandenberghe, K. et al. Caffeine counterects the ergogenic action of muscle creatine loading. J. App. Physiol., v. 80, p.452-458, 1996.

Volek, J. S.; e colaboradores. Creatine supplementation enhances muscular performance during high-intensity resistance exercise. Journal of the American Dietetic Association. Vol. 97. 1997. p. 756-770. 

Volek, J. S.; e colaboradores. Performance and muscle fiber adaptations to creatine supplementation and heavy resistance training. Medicine and Science in Sport and Exercise. Vol. 31. Núm. 8. 1999. p. 1147-1156.

Williams, Melvin H. The ergogenic edge: pushing the limits of sports performance. Human Kinetics. 1999.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Leucopenia e Leucocitose


Leucopenia
A leucopenia não tem sintomas específicos, já que por si só não é uma doença, mas sim uma alteração laboratorial, vista no exame de sangue.
Em alguns casos, pode ser apenas uma variação normal relacionada à época da vida do indivíduo. Mas pode ser sinal de algum problema de saúde, e nesse caso, os sintomas serão aqueles da doença causadora.
A leucopenia é a redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Os glóbulos do sangue são formados na medula dos ossos e qualquer agente químico, fisico ou biológico que de alguma forma interfira nesta medula pode causar aumento e, geralmente, a diminuição destes glóbulos, ou seja, a leucopenia. Entre os agentes fisicos podemos citar as radiações ionizantes (Raios-X, raios Gama, etc), os quimicos (remédios e produtos no geral derivados de petróleo) serão detalhados abaixo e os biológicos são virus ou bactérias.
Na terceira idade a diminuição dos glóbulos brancos em geral está relacionada a infecções por vírus ou bactéria. A influência de determinados medicamentos e o câncer também são causas de leucopenia na terceira idade. Alguns medicamentos podem levar à leucopenia (antiarrítmicos, antibióticos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos e cortisona), assim como substâncias usadas no tratamento do diabetes e na doença da tireóide, alguns diuréticos (hidroclorotiazida, por exemplo) e tranquilizantes. As drogas quimioterápicas também produzem leucopenia. O indivíduo passa a apresentar leucopenia, segundo aBiologia, quando apresenta menos de 4500 leucócitos por milímetro cúbico de sangue. Em infecções bacterianas graves pode haver aumento de glóbulos brancos ou leucocitose.
A leucopenia precisa ser investigada pelo médico que inicialmente solicitou o hemograma. Quando necessário, ele poderá encaminhar a algum especialista.
Leucocitose
A leucocitose é o aumento do número de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue. Pode ser causada pela presença de infecção no organismo, por situações como exercícios físicos, gestação ou por leucemias. Os leucócitos são responsáveis pela resposta do organismo a agentes causadores de doenças ou à situações de esforço físico e estressantes. São divididos em neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos.​ O seu aumento no sangue, acima de 11.500 por milímetro cúbico de sangue, é considerado uma leucocitose. Porém, a sua causa depende de suas características e o do tipo leucócito aumentado.
Causada, na maioria das vezes, por início de combates a infecções ou por descontrole em divisões celulares. As leucocitoses fisiológicas ocorrem em resposta à um estresse agudo do organismo como no caso de exercícios físicos vigorosos, anestesia, menstruação e gravidez, as leucocitoses reativas ocorrem devido às infecções por bactérias, inflamações e em doenças que afetam o metabolismo do corpo e as leucocitoses patológicas ocorrem em doenças como leucemias, mieloides, linfoides e linfoma.
Não só a avaliação das características da leucocitose, como também o exame clínico do paciente podem orientar o médico para o diagnóstico correto. O clínico geral é o médico que pode realizar inicialmente o diagnóstico da leucocitose e orientar o seu tratamento ou o encaminhamento para outro especialista.
Referências 

Leucocitose. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leucocitose  

Leucopenia. Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leucopenia  

O que é leucocitose e quais são as causas?. Disponíevl em: http://medicoresponde.com.br/o-que-e-a-leucocitose-e-quais-sao-as-causas/ 

Quais os sintomas da leucopenia?. Disponível: http://medicoresponde.com.br/quais-os-sintomas-da-leucopenia/

sábado, 11 de janeiro de 2014

Câncer


 
Definição

Câncer é o termo usado para designar um conjunto de mais de cem doenças caracterizadas pela proliferação descontrolada de células, o que leva à formação de um tecido anormal: o tumor. Quando há disseminação de células cancerosas para outras regiões do corpo e formação de tumores secundários, trata-se de uma metástase.

Em um organismo saudável, há equilíbrio entre o número de células mortas (por morte celular programada, doenças ou lesões) e a proliferação de novas células. Isso garante a integridade de tecidos e órgãos. Entretanto, mutações no DNA – alterações no código genético que “dita” as regras do corpo – podem perturbar os processos, fazendo com que células não morram no tempo certo, levando à formação de tumores benignos (que não se espalham) e malignos (câncer). Alguns tipos de câncer, como a leucemia, não formam tumores.

Com uma divisão celular muito rápida e incontrolável, as células cancerosas costumam ser agressivas, determinando a formação de tumores malignos e constituindo um risco de vida para o paciente. Por outro lado, o tumor benigno se caracteriza por ser apenas um acúmulo de células que se dividem muito lentamente, sem causar maiores agressões ao indivíduo.

A formação do câncer pode ser induzida por fatores internos (herança genética) ou externos (exposição a agentes cancerígenos, hábitos alimentares, entre outros) ou por ambos simultaneamente.

A menor parte dos casos é relacionada a influências genéticas, que tornam o organismo incapaz de se defender de uma ameaça. Na maioria das vezes, a doença está associada a fatores ambientais, como o tabagismo, exposição prolongada e frequente aos raios solares e a infecções virais.

O processo de carcinogênese, ou desenvolvimento do câncer, ocorre lentamente. No primeiro estágio, células sofrem o efeito de agentes cancerígenos que alteram seus genes. No estágio de promoção, elas são transformadas em células cancerosas após o contínuo e longo contato com o agente cancerígeno. No estágio final, o estágio da progressão, ocorre a multiplicação celular descontrolada e irreversível. É quando surgem os primeiros sintomas.

Tipos

A doença pode ocorrer em qualquer tecido do corpo. Os tipos de câncer são agrupados em grandes categorias: os carcinomas, os sarcomas, as leucemias, os linfomas e mielomas e os tumores do sistema nervoso central.

Os carcinomas são tumores malignos que se originam nas células epiteliais ou glandulares (adenocarcinoma) com forte tendência a invadir tecidos vizinhos. São os mais comuns entre todos os tipos, compreendendo o câncer de mama, de pulmão, de bexiga, de próstata, de pele, de estômago, de ovário e de pâncreas, entre outros.

Sarcomas, conhecidos como tumores malignos dos tecidos moles, podem se originar em ossos, cartilagens, gordura, músculo, vasos sanguíneos ou tecidos moles. Ocorrem mais frequentemente em crianças e adolescentes. Os mais comuns são: sarcoma de Kaposi, que atinge o tecido que reveste os vasos linfáticos; sarcoma de Ewing, que atinge o osso; osteosarcoma, o mais comum câncer primário de osso, e o liposarcoma, que afeta os tecidos profundos das extremidades do retroperitônio, que corresponde ao espaço anatômico atrás da cavidade abdominal.

As leucemias são caracterizadas pelo acúmulo de células jovens (blásticas) anormais na medula óssea. Aos poucos, estas células substituem as células normais do sangue, prejudicando a produção de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. As mais comuns são: leucemia linfoide aguda ou linfoblástica, leucemia mieloide crônica e leucemia linfocítica crônica.

Linfomas são tumores malignos do sistema linfático, podendo atingir todas as glândulas linfáticas, apenas um linfonodo ou se espalhar por todo o corpo. Os linfomas mais comuns são o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin, divergindo na célula de origem (células T ou células B). O mieloma é um grupo de doenças caracterizado pela proliferação descontrolada de células plasmáticas, principalmente na medula óssea.

Tumores do sistema nervoso central acometem o cérebro e geralmente se originam nas células gliais, que dão suporte aos neurônios. Os mais comuns são os meningiomas, desencadeados por meningites; meduloblastomas, que afetam o cerebelo, e os astrocitomas, que se desenvolvem nos astrócitos (abrangendo o gliobastoma muliforme, tipo mais comum de câncer no cérebro).

Mais informações sobre câncer

Câncer é a palavra latina para caranguejo, um animal capaz de se agarrar com tenacidade a outros animais por causa de suas patas, que têm uma enorme capacidade de se grudar às presas.

Estudos recentes demonstraram que os microtentáculos formados pelas células cancerosas podem desempenhar um papel fundamental na metástase. Ao formar estas estruturas, as células cancerosas se desgrudam do tumor primário e passam a circular no sangue como barcos a remo até encontrar um novo tecido.

Embora as doenças cardiovasculares liderem as ocorrências de morte no mundo, o câncer é uma doença bastante temida pela maioria das pessoas.

Atualmente, milhares de dólares são investidos em pesquisas para o desenvolvimento de novos medicamentos contra o câncer. Uma abordagem bastante promissora é a nanomedicina, que consiste na manipulação de nanopartículas (moléculas 90 mil vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo) para a entrega de fármacos apenas às células cancerosas. Outra abordagem interessante é a utilização de vírus reprogramados para encontrar, modificar e destruir as células do câncer.

A alimentação pode diminuir o risco de uma pessoa desenvolver o câncer. Sabe-se, por exemplo, que o consumo frequente de carne bem passada pode aumentar as chances de câncer de bexiga. A ingestão de álcool durante a gravidez aumenta o risco de o filho desenvolver leucemia no futuro. Farelo de trigo, rico em vitamina B6, pode reduzir o risco de câncer de pulmão pela metade. Azeite de oliva e suplementos de óleo de peixe protegem contra o câncer de mama.

A maioria dos tipos de câncer tem suas causas ainda desconhecidas, mas 90% dos casos de câncer estão relacionados a fatores ambientais, como cigarro (câncer de pulmão), excesso de sol (câncer de pele), alguns tipos de vírus (leucemia), hábitos alimentares (câncer de mama, câncer de próstata, câncer de esôfago, câncer de estômago, câncer no intestino grosso), alcoolismo (câncer de esôfago, câncer da cavidade bucal), hábitos sexuais (câncer de colo uterino), medicamentos (câncer de bexiga, leucemias, câncer de endométrio), cânceres provocados por exposições ocupacionais, etc.
Pessoas que têm histórico de câncer na família podem ou não desenvolver a doença, mas há alguns tipos de câncer, como o de mama, estômago e intestino, que podem ter influência genética.
A mortalidade de um câncer irá depender de alguns fatores, como: tipo de câncer, rapidez com que suas células se multiplicam, capacidade que o organismo da pessoa tem de combater a doença e a existência de um tratamento eficaz. O câncer de próstata já foi considerado letal, mas, hoje em dia, em razão do progresso com os tratamentos, apresenta até 95% de cura.

 
Exemplos de cânceres

- Câncer do cólon

- Câncer de colo do útero

- Câncer de bexiga

- Câncer de esôfago

- Câncer gástrico

- Câncer de fígado (hepatocarcinoma)

- Câncer de mama

- Câncer de ovário

- Câncer de pele (carcinoma basocelular)

- Câncer de pâncreas / carcinoma pancreático

- Câncer de próstata

- Câncer de rim (carcinoma de células renais)

- Câncer de tireóide

- Câncer de pele

- Câncer endometrial

- Câncer metastático do pulmão

- Câncer oral

- Linfoma de Hodgkin

- Linfoma não-Hodgkin

- Melanoma

- Mieloma múltiplo

- Cirrose

- Carcinoma basocelular

 
Tratamentos

O tratamento do câncer irá depender de diversos fatores, como tamanho do tumor, idade do paciente, localização do tumor, tipo das células cancerosas, etc. Em muitos casos, os médicos combinam mais de um tipo de tratamento para combater o câncer.

Se o tumor for localizado, a cirurgia pode ser uma opção de tratamento, que geralmente é utilizada para o câncer de mama, câncer de cólon, câncer de boca, entre outros tipos.
 
A radioterapia é um tipo de tratamento no qual radiações são utilizadas para destruir as células cancerosas ou impedir que elas se multipliquem. Nesse tipo de tratamento o paciente não sente nada.
 
A quimioterapia utiliza medicamentos que irão combater o tumor. Na maioria das vezes, estes são aplicados na veia, mas em outros casos podem ser dados via oral ou intramuscular. Uma vez no corpo do paciente, esses medicamentos caem na corrente sanguínea e são levados para todas as partes do corpo, destruindo todas as células que estão causando o tumor e impedindo que elas se espalhem para outras regiões do corpo.
 
O transplante de medula óssea é feito quando há um câncer maligno que acomete as células sanguíneas.
 
Dicas de prevenção:
 
- Não fume. Essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, boca, laringe, faringe e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Parar de fumar e de poluir o ambiente fechado é fundamental para a prevenção do câncer.

- Alimentação saudável protege contra o câncer. Deve ser variada, equilibrada, saborosa, respeitar a cultura e proporcionar prazer e saúde. Frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões são os principais alimentos protetores. Comer esses alimentos diariamente pode evitar o desenvolvimento de câncer. O aleitamento materno é a primeira alimentação saudável. A amamentação exclusiva até os seis meses de vida protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de então, a criança deve ser amamentada e receber outros alimentos saudáveis até os dois anos ou mais.

- Pratique atividades físicas como parte da rotina diária. A atividade física consiste na iniciativa de se movimentar, de acordo com a rotina de cada um. Você pode, por exemplo, caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim. A atividade física reduz o surgimento de alguns tipos de cânceres (cólon, próstata, pulmão, mama, dentre outros), em pacientes com câncer a atividade física melhora a qualidade de vida dos pacientes, aumenta a força muscular, aumenta a resistência cardiovascular, melhora os níveis de hemoglobina, melhora o controle do peso, aumenta a atividade das células Natural Killers (células que reconhece alterações na membrana celular de células anormais, como as células tumorais), aumenta a capacidade funcional, reduz a fadiga muscular, diminui o aparecimento de náuseas e vômitos, diminui o aparecimento de diarréia.

- Estar acima do peso aumenta as chances de uma pessoa desenvolver câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma boa alimentação e manter-se ativo.

- As mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo ginecológico a cada três anos. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado e seguir as orientações médicas.
As mulheres com 40 anos ou mais devem se submeter ao exame clínico das mamas anualmente. Aquelas que estiverem entre 50 e 69 anos devem ainda realizar a mamografia a cada
dois anos. Em caso de alterações suspeitas nas mamas, a mulher precisa procurar um médico.

- Evite a ingestão de bebidas alcoólicas. Seu consumo, em qualquer quantidade, aumenta o risco de desenvolver câncer. Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco aumenta ainda mais a possibilidade do surgimento da doença.

- Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios. Se for inevitável a exposição ao sol durante
a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.

- Fumo, bebidas alcoólicas, exposição prolongada ao sol, alimentação gordurosa também estão relacionados ao câncer de boca. Fique alerta a qualquer lesão na boca que não cicatrize por mais de 15 dias.

- Alguns tipos de vírus, bactérias e parasitas associados a infecções crônicas estão presentes no processo de desenvolvimento do câncer, com destaque para o papilomavírus
humano (HPV).
Além de outras estratégias de prevenção, o uso de preservativos pode contribuir na prevenção da infecção pelo HPV, associada ao câncer do colo do útero, pênis, ânus, orofaringe e boca.

 
Referências

Câncer. Disponível em: http://saude.ig.com.br/cancer/

Dicas para de proteger do câncer. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=22

Câncer. Disponível em: http://www.brasilescola.com/doencas/cancer.htm

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ingestão de Carboidratos e Treinamento de Força





           
      A ingestão de carboidratos antes, durante e após o exercício pode contribuir para o desempenho no sentido de aperfeiçoar os depósitos de glicogênio muscular e hepático e manter a normalidade da glicemia (Kater e colaboradores, 2011).
     Os carboidratos, principalmente na forma líquida, podem ser ingeridos antes, durante e depois da prática de atividade física, para garantir energia, retardar a fadiga periférica e repor o estoque de glicogênio respectivamente (Paschoal, 1998).
     Os efeitos metabólicos e ergogênicos obtidos pela ingestão de carboidratos antes, durante e após o exercício físico, têm merecido especial atenção no que diz respeito à melhoria do desempenho físico (Cyrino e Zucas, 1999). Os carboidratos são importantes substratos energéticos para a contração muscular durante o exercício prolongado realizado sob intensidade moderada e em exercícios de alta intensidade e curta duração (Cyrino e Zucas, 1999).

INGESTÃO DE CARBOIDRATOS ANTES DO TREINO DE FORÇA

     Antes do treino de força, uma refeição ou lanche deve providenciar quantidades suficientes de líquidos para manter a hidratação, ser relativamente baixo em gorduras e fibras para facilitar o esvaziamento gástrico e minimizar o estresse gastrointestinal, ser relativamente alto em carboidratos para maximizar a manutenção da glicose sanguínea e moderado em proteínas e composto por alimentos que o atleta esteja familiarizado, para reduzir os riscos de intolerância (American College of Sports Medicine, American Dietetic Association e Dietitians of Canada, 2000).
    A utilização de estratégias nutricionais envolvendo a ingestão de uma alimentação rica em carboidratos antes da prática de exercícios de força aumenta as reservas de glicogênio, tanto muscular quanto hepático (Coggan, 1997; Costill e Hargreaves, 1992), pois se acredita que a alta concentração de glicogênio muscular pré-exercício é essencial para o ótimo desempenho (Jentjens e colaboradores, 2001), garantindo assim energia suficiente para a realização do treino.

INGESTÃO DE CARBOIDRATOS DURANTE O TREINO DE FORÇA

     A ingestão de carboidratos durante o esforço ajuda na manutenção da glicemia sanguínea e na oxidação destes substratos (Coggan, 1997; Costill e Hargreaves, 1992). 
    Durante o exercício físico, é importante que a ingestão de carboidratos, preferencialmente como suplementos, seja rapidamente absorvida para que se mantenham as concentrações da glicose sanguínea, quando os depósitos endógenos de carboidratos tendem a se reduzir significativamente. Desse modo, a administração de carboidratos pode resultar em aumento na disponibilidade da glicose sangüínea, reduzindo a depleção de glicogênio muscular observada nas fases iniciais do desempenho físico (Cyrino e Zucas, 1999).

INGESTÃO DE CARBOIDRATOS APÓS O TREINO DE FORÇA

     O processo de recuperação envolve a restauração dos estoques de glicogênio hepático e muscular. Após o término do exercício é necessário que a ingestão do glicogênio muscular seja completa, não comprometendo assim a recuperação do praticante (Guerra, 2002).
     Segundo Coyle (2005) citado por Silva, Miranda e Liberali (2008), alimentos ricos em carboidratos com índice glicêmico moderado e alto são boas fontes de carboidratos para a síntese de glicogênio muscular e devem ser a primeira escolha de carboidratos nas refeições de recuperação.
     Após a sessão de treinamento de força, a ingestão de carboidratos se faz extremamente necessária para a reposição das reservas de glicogênio muscular depletadas durante a prática do treino. Esse procedimento tem sido também recomendado para facilitar a ressíntese do glicogênio muscular entre as sessões de treinamento (Liebman e Wilkinson, 1996) e colaborar no ganho de massa muscular (Bacurau, 2003).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

American College of Sports Medicine; American Dietetic Association; Dietitians of Canada. Nutrition and Athletic Performance. Can J Diet Prac Res. Núm. 61. 2000. p. 176-92.

American Dietetic Association; Dietitians of Canada; American College of Sports Medicine. Position of American Dietetic Association, Dietitians of Canada and American College of sports Medicine: nutrition and athletic performance. J Am Diet Assoc. Vol. 100. Núm. 12. 2001. p. 1543-56.

Bacurau, R. F. Nutrição e suplementação esportiva. 3ª edição. São Paulo. Phorte Editora Ltda. 2005.

Coggan, A. R. Plasma glucose metabolism during exercise: effect of endurance training in humans. Medicine & Science in Sports and Exercise. Vol. 29. Núm. 5. 1997. p. 620-627.

Costill, D. L.; Hargreaves, M. Carbohydrate, nutrition and fatigue. Sports Medicine. Vol. 13. Núm. 2. 1992. p. 86-92.

Cyrino, E. S.; Zucas, S. M. Influência da ingestão de carboidratos sobre o desempenho físico. Revista da Educação Física/UEM. Vol. 10. Num. 1. 1999. p. 73-79.

Guerra, I. Importância da alimentação do atleta visando a melhora da performance. Revista Nutrição em Pauta. Vol. 4. 2002. p. 63-66.

Jentjens, R. L. P. G. e colaboradores. Addition of protein and amino acids to carbohydrates does not enhance postexercise muscle glycogen synthesis. J Appl Physiol. Vol. 91. 2001. p. 839-46.

Kater, D. P. e colaboradores. Anabolismo pós-exercício: influência do consumo de carboidratos e proteínas. Colloquium Vitae. Vol. 3. Núm. 2. 2011. p. 34-43.

Liebman, M.; Wilkinson, J. G. Metabolismo dos carboidratos e condicionamento físico. In: Wolinsky, I. & Hickson Júnior, J. F. Nutrição no exercício e no esporte, p.15-50. São Paulo: Roca, 1996.

Paschoal, V. C. P. Carboidratos e performance. Journal of Biomolecular Medicine and Free Radicals. Vol. 4. Núm. 1. 1998. p. 10-12,.

Silva, A. L.; Miranda, G. D. F.; Liberali, R. A influência dos carboidratos antes, durante e após os treinos de alta intensidade. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. Vol. 2. Núm. 10. 2008. p. 211-224.

A importância dos carboidratos no treino de força. Disponível em: http://www.exerciciofisicocomsaude.com.br/importancia-dos-carboidratos-treino-de-forca/