O
exercício de média intensidade está associado à diminuição de episódios de
infecção, possivelmente decorrente da melhoria de funções de neutrófilo,
macrófago e células Natural Killers
(NIEMAN, 1997). Porém, o exercício, quando praticado além de determinado limite,
se associa a aumento da incidência de doenças infecciosas, notadamente das vias
aéreas superiores. Tal associação é tema recorrente de estudos, devido à
importância que assume no esporte profissional (PETERS, 1997; BASSIT et al., 2001).
O
exercício, quando praticado dentro dos limites fisiológicos, acarreta
benefícios para todos os sistemas orgânicos, incluindo-se aqui o sistema imune.
A superação da barreira do fisiológico, levando o indivíduo a um estado de overtraining,
visto tanto em modelos experimentais como em humanos (PETERS, 1997), provoca
distúrbios, notadamente infecções de vias aéreas superiores, principalmente em
atletas de alta performance, tanto em períodos de treinamento intenso
como de competição, podendo, no entanto, ocorrer em atletas recreacionais que
se submetam a grandes esforços. Habitualmente, tal fato não ocorre com o atleta
que pratica o exercício dentro de limites que não sejam um “estressezinho”
orgânico e psíquico constantes.
Referências
Nieman, D. C. Exercise immunology: practical applications. Int J Sports Med
1997;18:S91-100.
Peters, E. M. Exercise, immunology and upper respiratory tract
infections. Int J Sports Med 1997;18:S69-77.
Bassit, R.; Santos, R.
V.T.; Caperuto, E. C.; Rogeri, P. S.; Martins-Jr., E.; Vaisberg. M. et al. BCAA supplementation and the immune response of long-distance athletes.
Med Sci Sports Med. – International Society of Exercise and Immunology
2001;33:22.
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