domingo, 17 de maio de 2015

Doenças infecciosas e exercício físico



O exercício de média intensidade está associado à diminuição de episódios de infecção, possivelmente decorrente da melhoria de funções de neutrófilo, macrófago e células Natural Killers (NIEMAN, 1997). Porém, o exercício, quando praticado além de determinado limite, se associa a aumento da incidência de doenças infecciosas, notadamente das vias aéreas superiores. Tal associação é tema recorrente de estudos, devido à importância que assume no esporte profissional (PETERS, 1997; BASSIT et al., 2001).
O exercício, quando praticado dentro dos limites fisiológicos, acarreta benefícios para todos os sistemas orgânicos, incluindo-se aqui o sistema imune. A superação da barreira do fisiológico, levando o indivíduo a um estado de overtraining, visto tanto em modelos experimentais como em humanos (PETERS, 1997), provoca distúrbios, notadamente infecções de vias aéreas superiores, principalmente em atletas de alta performance, tanto em períodos de treinamento intenso como de competição, podendo, no entanto, ocorrer em atletas recreacionais que se submetam a grandes esforços. Habitualmente, tal fato não ocorre com o atleta que pratica o exercício dentro de limites que não sejam um “estressezinho” orgânico e psíquico constantes.

Referências

Nieman, D. C. Exercise immunology: practical applications. Int J Sports Med 1997;18:S91-100.

Peters, E. M. Exercise, immunology and upper respiratory tract infections. Int J Sports Med 1997;18:S69-77.


Bassit, R.; Santos, R. V.T.; Caperuto, E. C.; Rogeri, P. S.; Martins-Jr., E.; Vaisberg. M. et al. BCAA supplementation and the immune response of long-distance athletes. Med Sci Sports Med. – International Society of Exercise and Immunology 2001;33:22.

Nenhum comentário:

Postar um comentário