Estudo sugere que o nutriente ajuda a evitar a hipertensão se
ingerido de forma certa. Foi investigado se essa medida pode mesmo ser benéfica
como forma preventiva e para quem já sofre com o problema.
Uma pesquisa publicada em 2014 no American Journal of Hypertension
mostrou que pessoas sem doenças cardiovasculares, diabetes ou hipertensão e que
consomem uma média de 100 g de proteína ao dia apresentam um risco 40% menor de
ter pressão alta a longo prazo, não importando se a fonte prevalente era de
origem animal ou vegetal. Para quem capricha na ingestão de fibras, o benefício
seria ainda mais dramático: a probabilidade seria de 40% a 60% menor.
O trabalho, feito por pesquisadores da Universidade de Boston
(EUA), analisou dados de um estudo a longo prazo chamado Framingham Heart, que
contou com mais de 5 mil americanos de diferentes faixas etárias, mas com
prevalência de indivíduos na faixa dos 40 aos 49 anos. Os resultados são
válidos para obesos e pessoas com peso normal. No estudo, os cientistas admitem
que ainda é preciso entender melhor a ligação entre proteínas e pressão
arterial, mas algumas hipóteses já foram levantadas.
Uma delas é que os derivados do leite (como iogurte e queijo)
possuem certos componentes que agem de forma similar aos inibidores de enzima
conversora de angiotensina (ECA), medicamentos mais usados contra a
hipertensão. Outra possível explicação para o benefício é que outros alimentos
proteicos (ovos) contêm altos níveis de arginina, um aminoácido que ajuda a
dilatar os vasos sanguíneos e, como consequência, reduz a pressão. Mas isso
valeria para fins preventivos.
Referência
BUENDIA, J. et al. Diets Higher in
Protein Predict Lower High Blood Pressure Risk in Framingham Offspring Study
Adults. American Journal of Hypertension.
v. 28, n. 3, 2014. Disponível em: http://ajh.oxfordjournals.org/content/28/3/372.abstract?sid=29625dff-86de-4364-a9ae-0dd92e330bc1
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