sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Treinamento de força e promoção da saúde


Saúde x Inatividade física

Estudos epidemiológicos demonstram que a inatividade física aumenta substancialmente a incidência relativa de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do miocárdio (60%), hipertensão arterial (30%),câncer de cólon (41%), câncer de mama (31%), diabetes do tipo 2 (50%) e osteoporose (59%).  As evidências também indicam que a inatividade física está associada à mortalidade, morbidade, obesidade, maior incidência de quedas e debilidade física em idosos, dislipidemia, depressão, demência, AIDS, ansiedade e alterações do humor (GUALANO; TINUCCI, 2011).
Para muitas pessoas, saúde ainda está associada à simplesmente ausência de doenças, sendo que o conceito de saúde é abrangente. Na atualidade, saúde tem sido definida não apenas como a ausência de doenças, condição humana caracterizada pelo bem estar físico, social, psicológico e espiritual (BARROS; NAHAS, 2003).
Segundo alguns autores e/ou instituições (ACSM, 2015; GUEDES, SOUZA JÚNIOR, ROCHA, 2008; NAHAS, BARROS, FRACALACCI, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004), para ter saúde se deve:

>> Manter o peso corporal dentro da normalidade (IMC entre 18 e 29);
>> Consumir mais frutas e verduras, pelo menos 5 porções diariamente;
>> Trocar gorduras saturadas de origem animal por gorduras insaturadas de origem vegetal;
>> Diminuir a quantidade de alimentos gordurosos, salgados e doces no regime alimentar;
>> Não fumar e evitar bebidas alcoólicas em excessos.
>> Não entregar-se aos vícios;
>> Devemos sair do sedentarismo;
>> Fazer exercício físico diariamente, mínimo 3x/semana;

Treinamento de força como meio de promover saúde

O treinamento de força (TF), também conhecido como treinamento contra resistência, treinamento com pesos ou, popularmente, musculação. É uma das formas mais populares de exercício para melhorar a aptidão física e para o condicionamento em geral. Um programa de treinamento de força bem elaborado e consistentemente desenvolvido pode produzir alterações na composição corporal, na força, na hipertrofia muscular e no desempenho motor que muitos indivíduos desejam (FLECK, KRAEMER, 2006).
O treinamento de força tem sido apontado como excelente ferramenta para o aprimoramento da qualidade de vida, além de ser importante no tratamento de diversas patologias (GRAVES, FRANKLIN, 2006; MCARDLE, KATCH, KATCH, 2003; POWERS, HOWLEY, 2005; FLECK, KRAEMER, 2006, GUEDES, SOUZA JÚNIOR, ROCHA, 2008).
Logo, vejamos os benefícios do treinamento de força para promover saúde(MCARDLE, KATCH, KATCH, 2003; POWERS, HOWLEY, 2005; FLECK, KRAEMER, 2006, GUEDES, SOUZA JÚNIOR, ROCHA, 2008; FLECK, KRAEMER, 2006; BOMPA, CORNACHIA, 2000):

>> Aumento de força;
>> Aumento de massa magra (hipertrofia muscular);
>> Diminuição da gordura corporal;
>> Melhoria do desempenho físico em atividades esportivas e da vida diária;
>> Melhoria do desempenho motor (p. ex., tiro de corrida, arremesso de um objeto, subir escadas etc.);
>> Tratamento e reabilitação de doenças;
>> Redução da gordura corporal, inclusive a da região visceral;
>> Melhoria do desempenho físico de vida diária;
>> Melhoria da postura;
>> Diminuição da incidência de lesão;
>> Melhoria do desempenho motor;
>> Melhora da resistência central (cardiorrespiratória) e periférica (muscular);
>> Redução dos fatores de risco para doença arterial coronariana;
>> Redução da mortalidade e da morbidez;
>> Menor ansiedade e depressão;
>> Sensações de bem-estar aprimoradas;
>> Fortalecimento do sistema imunológico, dentro dos seus limites;
>> Melhora e controle das funções endócrinas;
>> Redução de colesterol total, LDL e outras alterações bioquímicas.

Referências

(ACSM). AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM: Para os Testes de Esforço e Sua Prescrição. 9 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2015.

BARROS, M. V. G.; NAHAS, M. V. Medidas da atividade física: teoria e aplicação em diversos grupos populacionais. 1ed. Londrina: Midiograf. 2003.

BOMPA, T.O; CORNACCHIA, L.J. Treinamento de Força Consciente. São Paulo. Editora Phorte, 2000.GUALANO, B.; TINUCCI, T. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, p.37-43, dez. 2011.

FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

GUEDES, D. P.; SOUZA JÚNIOR, T. P.; ROCHA A. C. Treinamento personalizado em musculação. São Paulo: Phorte, 2008.

GRAVES, J.E.; FRANKLIN, B.A. Treinamento resistido na saúde e reabilitação. Rio de Janeiro. Revinter. 2006. p 440.

MCARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2003.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. O que é vida saudável?. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

NAHAS, M.V., BARROS, M.V.G., FRANCALACCI, V. O pentáculo do bem estar: base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos e grupos. Revista brasileira de atividade física e saúde. v. 5, n. 2, 2000, p.48-59.


POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.


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