A síndrome metabólica (SM) é
caracterizada por um conjunto de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), que se manifestam,
em geral, mais concomitantemente do que isoladamente, e estão relacionados a
obesidade (particularmente central), as elevações da pressão arterial, da
glicemia e dos triglicerídeos e aos baixos níveis de HDLcolesterol (Vasconcellos
e cols., 2013).
Nas últimas décadas, o numero de pessoas
acometidas por um ou mais dos fatores de risco para SM tem aumentado
drasticamente, tornando essa síndrome um problema de saúde pública em escala
mundial. O tratamento da SM pode ser feito através de diferentes terapias, envolvendo
recursos medicamentosos e não medicamentosos. No caso da terapia não medicamentosa,
o exercício físico tem sido apontado como um importante instrumento, por atuar
direta ou indiretamente no combate a todos os fatores de risco que compõem a SM
(Vasconcellos e cols., 2013).
A
prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e
reabilitação de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas por
diferentes associações de saúde no mundo, como o American College of Sports
Medicine, os Centers for Disease Control and Prevention, a American Heart
Association, o National Institutes of Health, o US Surgeon General, a Sociedade
Brasileira de Cardiologia, entre outras (Ciolac e Guimarães, 2004).
Estudos
epidemiológicos têm demonstrado relação direta entre inatividade física e a
presença de múltiplos fatores de risco como os encontrados na SM. Entretanto,
tem sido demonstrado que a prática regular de exercício físico apresenta
efeitos benéficos na prevenção e tratamento da hipertensão arterial, resistência
à insulina, diabetes, dislipidemia e obesidade. Com isso, o condicionamento
físico deve ser estimulado para todos, pessoas saudáveis e com múltiplos
fatores de risco, desde que sejam capazes de participar de um programa de
treinamento físico (Ciolac e Guimarães, 2004).
Assim
como a terapêutica clínica cuida de manter a função dos órgãos, a atividade
física promove adaptações fisiológicas favoráveis, resultando em melhora da
qualidade de vida (Ciolac e Guimarães, 2004).
Referências bibliográficas
CIOLAC, E. G.;
GUIMARÃES, G. V. Exercício físico e
síndrome metabólica. Rev Bras Med Esporte. Vol. 10, N. 4, 2004. p. 319-24.
VASCONCELLOS, F. V.
A. e colaboradores. Exercício físico e síndrome metabólica. Revista
HUPE, Vol.12, N.4, 2013. p.78-88.
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