quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Prescrição do exercício físico personalizada geneticamente.



“- ACCGGGGTTTAAAACTGCTA. Portanto, no caso deste aluno será mais eficiente o intervalo de 45 segundos entre as séries!” Apesar de frases como estas parecerem sem sentido atualmente, em poucos anos serão recorrentes entre os profissionais da atividade física. Trata-se da prescrição personalizada geneticamente, que é a utilização da sequência de nucleotídeos do DNA para decidir as variáveis relacionadas à prescrição do exercício físico, como intensidade, volume, intervalos (entre as séries e entre as sessões), exercícios utilizados e ordem dos exercícios.
Atualmente a prescrição é baseada em dados populacionais, ou seja, o que “funciona” para a maioria das pessoas é utilizado para todos. No entanto, é fácil inferir que aquilo que “dá certo” para a maioria não é a opção mais eficiente para todos. Em outras palavras, tal tipo de prescrição vai maximizar os efeitos do treinamento físico. Ela ainda não é utilizada porque o custo do sequenciamento do DNA ainda é relativamente caro, mas com os avanços tecnológicos os preços certamente serão reduzidos e tal estratégia será vantajosa até para o SUS. Será como o teste do pezinho: a criança sairá da maternidade com seu DNA sequenciado e esta informação será útil por toda sua vida, não apenas para a prescrição do exercício, mas também dos medicamentos e da dieta. Atualmente no Brasil isso já é feito para a escolha dos medicamentos para tratamento da depressão e dos portadores de HIV, por exemplo. Esta informação também será utilizada para a seleção dos talentos esportivos - as “peneiras” migrarão dos ginásios, campos, pistas e piscinas para a sopa de letras do DNA.

Referência

Texto copiado de: BUENO JÚNIO, C. R. Prescrição do exercício físico personalizada geneticamente. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.5, n.26, p.88-89. Mar/Abr. 2011.



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Sistema anaeróbio e aeróbio



Quando grandes quantidades de energia são liberadas durante o exercício, a energia utilizada para o calor é bastante para aumentar a temperatura corporal.
A energia adquirida através dos alimentos precisa ser transformada em um composto chamado trifosfato de adenosina (ATP) antes que possa ser aproveitada pelo organismo.
Diferentes atividades físicas, dependendo da duração e da intensidade, ativam sistemas específicos de transferência de energia. Existem três sistemas de transferência de energia.

Sistema ATP-CP (do fosfagênio) ou anaeróbio alático

Esse sistema representa a fonte de energia disponível mais rápida do ATP para ser usado pelo músculo, porque esse processo de geração de energia requer poucas reações químicas, não requer oxigênio e o ATP e o PC estão armazenados e disponíveis no músculo. As reservas de fosfagênio nos músculos ativos são esgotadas provavelmente após 10 segundos de exercício extenuante, como exemplo: uma série de 6 repetições com carga de 90% a 95% da força máxima em qualquer aparelho de musculação.

Glicólise anaeróbia ou sistema anaeróbio lático

À medida que o exercício explosivo progride para 60 segundos de duração e que ocorre uma ligeira redução no rendimento de potência, a maior parte da energia ainda terá origem nas vias metabólicas. Entretanto, essas reações metabólicas envolvem também o sistema de energia em curto prazo da glicólise, com o subseqüente acúmulo de lactato.
Esse sistema metabólico gera o ATP para necessidades energéticas intermediárias, tendo como exemplo atividades tipo: pique 200-400 m, natação de 100 m. O denominador comum dessas atividades é a sustentação de esforço de alta intensidade e não ultrapassam os dois minutos.
O sistema de ácido lático, ou glicose anaeróbia, não requer oxigênio; gera como subproduto o ácido lático, que causa fadiga muscular; usa somente carboidratos; e libera aproximadamente duas vezes mais ATP do que o sistema fosfagênio.

Sistema aeróbio ou oxidativo

À medida que a intensidade do exercício diminui e a duração é prolongada para 2 a 4 minutos, a dependência da energia proeminente dos fosfagênios intramusculares e da glicólise anaeróbica diminui e a produção aeróbia de ATP torna-se cada vez mais importante.
Exemplos de exercícios que utilizam o sistema aeróbio podem incluir: hidroginástica de 40-60 minutos, corridas longas de 5000 m, natação mais que 1500 m, ciclismo acima de 10 km e triathlon.

Referência

SOUZA, C. A. B. Sistema aeróbio e anaeróbio - transferência de energia. 2011.



domingo, 18 de fevereiro de 2018

O desenvolvimento humano e o ciclo da vida


O desenvolvimento humano depende da história e do contexto em cada pessoa esteja inserida, pois cada indivíduo se desenvolve dentro de um conjunto específico de circunstâncias ou condições definidas por tempo e lugar.
O desenvolvimento é multidimensional e multidirecional e envolve um equilíbrio entre crescimento e declínio.
Os processos do desenvolvimento humano envolvem mudança e estabilidade, e a mudança pode ser quantitativa e qualitativa.
A mudança quantitativa é uma mudança de número ou quantidade, como as do crescimento em altura, peso, vocabulário ou frequência de comunicação, enquanto que a mudança qualitativa é uma mudança no tipo, na estrutura ou na organização. Apesar dessas mudanças, a maioria das pessoas apresentam estabilidade, ou constância, básica de personalidade e comportamento.
O desenvolvimento humano é dividido em três aspectos ou domínios, que são: desenvolvimento físico, desenvolvimento cognitivo e desenvolvimento psicossocial. Na verdade, esses aspectos ou domínios do desenvolvimento estão interligados. Durante toda a vida, cada um deles influencia os outros.
O crescimento do corpo e do cérebro, das capacidades sensórias, das habilidades motoras e da saúde são parte do desenvolvimento físico.
A mudança e a estabilidade nas capacidades mentais, como julgamento moral, aprendizagem memória, linguagem, pensamento e outros processos cognitivos são parte do desenvolvimento cognitivo.
A mudança e a estabilidade na personalidade e nos relacionamentos sociais são parte do desenvolvimento psicossocial.
O Ciclo vital, pela ciência se divide da seguinte maneira:

>>  Pré-natal – concepção ao nascimento
>>  Primeira infância: nascimento aos 3 anos
>>  Segunda infância – 3 aos 6 ou 7 anos
>>  Terceira infância – 7 aos 11 anos
>>  Adolescência – 12 aos 18 ou 20 anos
>>  Jovem adulto – 20 aos 40 anos
>>  Meia idade – 40 aos 65 anos
>>  Terceira idade – 65 em diante

Períodos do ciclo vital: é uma construção social, um ideal acerca da natureza da realidade aceito pelos integrantes de uma determinada sociedade em uma determinada época com base em percepções ou suposições subjetivas compartilhadas.

Referência

CASSUNDÉ, M. A. Aula de Psicologia do desenvolvimento: O ciclo da vida



quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

5 benefícios para o corpo em beber água

1 – Regula a temperatura corporal

Tanto por questões climáticas quanto por prática de exercícios físicos, a água do organismo é liberada pela transpiração para regular a temperatura e evitar que nosso organismo esquente demais ou sofra alterações térmicas bruscas.

2 – Desintoxica o nosso corpo

A água é importante pois auxilia a prevenção da infecção urinária uma vez que o líquido estimula as idas ao banheiro, o que ajuda a “limpar” o trato urinário. Além disso, em parceria com a ação das fibras alimentares, beber água ajuda a formar e hidratar o bolo fecal, evitando que ele fique ressecado e, como consequência, cause constipação intestinal. Também auxilia na respiração, pois dilui o muco, o que facilita a expectoração de resíduos pulmonares.

3 – Distribui nutrientes pelo corpo

Beber água é importante para o transporte dos nutrientes que nosso corpo precisa. A água auxilia na absorção de nutrientes e glicose. O líquido ajuda no transporte dessas substâncias pela corrente sanguínea e na distribuição para as diversas partes do organismo.

4 – Beber água emagrece

Além da redução da retenção de líquidos do corpo, uma vez que coloca os rins para trabalhar, a água também traz sensação de saciedade. Assim, ingerir dois ou três copos antes da refeição ajuda a controlar o apetite. Sem contar que é isenta de calorias.

5 – Deixa a sua pele mais bonita

Isso acontece pois a água é capaz de promover a revitalização das células e mucosas. Na pele, beber água resulta em uma hidratação de dentro para fora, o que significa que ela constitui o método mais barato e eficaz para evitar o ressecamento e a descamação.

Por isso, fique atento ao seu consumo diário de água, mantendo, se possível uma garrafa de água ao alcance das mãos, pois a reposição de líquidos deve ser frequente e independente da sensação de sede.