segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Processos fisiológicos da hipertrofia muscular


A hipertrofia muscular é definida como um aumento/crescimento da massa muscular (McArdle, Katch e Katch, 2003; Fleck e Kraemer, 2006). O termo Hipertrofia é conceituado de uma forma bem resumida, de acordo com Bompa e Cornachia (2000), como o aumento da área da secção transversa do músculo. Os tradicionais exercícios com pesos ou de força são reconhecidos pela sua eficiência em aumentar a massa muscular (Santarém, 2000).

O treinamento de força realizado dentro dos seus princípios (volume, intensidade, intervalo de recuperação entre as séries, ordem dos exercícios, entre outros) pode ocasionar ganhos substanciais na força e na hipertrofia muscular (Fleck e Kraemer, 2006; Bompa e Cornachia, 2000).

O exercício de força representa um estímulo específico que normalmente resulta em aumento de massa muscular, indicando aumento de proteínas intracelulares como actina e miosina e, também de outras moléculas como creatina, glicogênio e água (Henriksson, 1995; Deschenes e Kraemer, 2002). Os aumentos observados no volume muscular são derivados dos aumentos agudos e crônicos no turnover (catabolismo e anabolismo) proteico muscular, de forma que a síntese exceda a degradação proteica, como explica Chesley e colaboradores (1992) citado por Novaes e Vianna (2003).

Para que ocorra a hipertrofia muscular, primeiro deve dá ao músculo um estímulo mecânico externo (carga), este ocasionará algumas microlesões nas fibras musculares, assim ocorre a sinalização de células satélites para que haja a regeneração das fibras microlesionadas e a devida recuperação das mesmas, esta ocorrerá durante um período de descanso (pode ser 48 horas, 72 horas ou mais, vai depender da intensidade e volume de treino). No período recuperatório ocorre a chamada supercompensação (recuperação completa) muscular, ocasionando um aumento da síntese proteica e consequentemente a hipertrofia (McArdle, Katch, Katch, 2003; Fleck, Kraemer, 2008).

Referências bibliográficas

Bompa, T.O; Cornacchia, L.J. Treinamento de Força Consciente. São Paulo. Editora Phorte, 2000.

Deschenes, M. R.; Kraemer, W. J. Performance and physiologic adaptations to resistance training. Am J Phys Med Rehabil. Vol. 81. 2002. p. 3-16.

Fleck, S. J.; Kraemer, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ª edição. Porto Alegre. Artmed. 2006.

Henriksson, J. Effect of training and nutrition on the development of skeletal muscle. J Sports Sci. Vol. 13. 1995. p. 25-30.

McArdle, W.; Katch, F. I.; Katch, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2003.

Novaes, J. S.; Vianna, J. M. Personal training e Condicionamento Físico em Academia. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

Santarém, J. M. O que são exercícios resistidos?. Centro de Estudo em Ciências da Atividade Física/FMUSP. 2000.

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