Estudos
epidemiológicos indicam que o estilo de vida sedentário associa-se a um
risco duplamente elevado de doença arterial coronariana (Miller, Balady,
Fletcher, 1997). Foi observada uma redução em torno de 20% a 25% no
risco de morte nos pacientes pós-infarto do miocárdio que estavam em
programa de reabilitação cardiovascular, quando comparados aos pacientes
submetidos a tratamento convencional, não utilizando exercício (Myers,
2003).
Em
1999, Belardinelli e colaboradores realizaram o primeiro ensaio clínico
randomizado a demonstrar que a reabilitação cardíaca tem impacto sobre a
mortalidade, como desfecho duro nesse subgrupo de pacientes. Dos 99
sujeitos que participaram do estudo, os 50 indivíduos randomizados para
programa de exercício físico por 14 meses apresentaram redução na
mortalidade por todas as causas (42%), por causas cardíacas (22%), além
de diminuição consistente na taxa de re-internação hospitalar por
insuficiência cardíaca (19%), quando comparados aos 49 arrolados para o
grupo controle.
Tanto
em pacientes portadores de cardiopatia, como em indivíduos saudáveis,
observa-se uma forte associação entre baixa capacidade física e risco de
morte.
Referências bibliográficas
Miller TD, Balady GJ, Fletcher GF.
Exercise and its role in the prevention and rehabilitation of cardiovascular
disease. Ann Behav Med 1997; 19: 220-229.
Myers J. Exercise and
cardiovascular health. Circulation 2003; 107: E2-E5.
Belardinelli R, Georgiou D, Cianci G, et al. Randomized controlled trial of long-term moderate exercise training in
chronic heart failure: effects on functional capacity, quality of life, and
clinical outcome. Circulation 1999; 99: 1173–82.
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