O
princípio da reversibilidade guarda a seguinte ideia: “o que não se usa,
perde-se”. Segundo Barbanti (2010), esse princípio assegura que as alterações
corporais obtidas com o treinamento físico sejam de natureza transitória.
Assim, as mudanças funcionais, morfológicas e de desempenho das capacidades
físicas adquiridas com o treinamento retornam aos níveis iniciais após a sua
interrupção.
Esse retorno ocorre na mesma velocidade da aquisição, ou seja,
aquilo que se ganhou rapidamente é perdido também rapidamente, ao passo que
aquisições realizadas lentamente, em um período prolongado, são mantidas com
mais facilidade e desaparecem com mais lentidão. Essa definição de Barbanti
remete ao pensamento de que, nas fases iniciais de trabalho, principalmente com
crianças e jovens, a base deve ser construída lentamente e com uma grande
diversidade de gestos motores, incluindo atividades lúdicas, brincadeiras etc.
Para
evitar a estagnação do desempenho, considerando que os estímulos de treinamento
causam um desequilíbrio na homeostase e que os atletas buscam se adaptar a
esses estímulos para produzir um ganho de desempenho por meio de uma adaptação
positiva, pode-se inferir que a ausência de variações nas cargas de treinamento
pode deixar de produzir adaptações importantes para o desenvolvimento do aluno.
Nesse sentido, a fim de se evitar essa estagnação, é importante considerar o princípio
da sobrecarga (aumento da carga, do
volume, da intensidade, das repetições etc.) para um desenvolvimento
motor e cognitivo ótimo.
Referência
bibliográfica
BARBANTI, V. J. Revisão
científica do livro treinamento de força com bola: estabilidade total e
exercícios com medicine ball.
2.ed. Barueri (SP): Editora Manole, 2010.