domingo, 2 de junho de 2013

Classificação dos indivíduos segundo o nível de treinamento

Segundo o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM, 2007), podemos classificar os indivíduos, dentro da prescrição dos exercícios, em três categorias: iniciantes, intermediários e avançados.

1. Iniciantes

Os indivíduos iniciantes são aqueles que nunca tiveram experiência com nenhum tipo de treinamento, ou tem menos de seis meses de treinamento, ou estão sem fazer exercícios há muitos anos. Nesse caso, o aluno é extremamente sensível às adaptações oriundas dos exercícios, podendo ter um aumento nas capacidades físicas da ordem de até 40% em um período, no mínimo, quatro semanas ininterruptas de treino (Evangelista, 2009; Kraemer et al., 2002).
A seguir, serão feitas algumas observações importantes (em relação às variáveis do treinamento) para prescrição segura do treinamento físico para iniciantes (Monteiro & Evangelista, 2012).

Freqüência: duas a três vezes por semana.

Séries: nessa situação, séries únicas são suficientes, podendo progredir para duas e três à medida que o corpo for se adaptando.

Repetições: nesse caso, recomenda-se trabalhar inicialmente com 15 repetições, mas esse número pode variar dependendo do objetivo.

Intervalo entre as séries: o necessário para uma boa recuperação, porém, não se recomenda ultrapassar dois a três minutos quando se utilizarem séries múltiplas.

Ordem dos exercícios: começar o trabalho pelos grandes grupamentos musculares.

Quantidade de exercícios: não existe uma regra fica para a quantidade de exercícios a serem prescritos, mas recomenda-se de seis a oito exercícios.

Intensidade: leve a moderada, dependendo da adaptação do indivíduo.

2. Intermediários

Os indivíduos intermediários são aqueles que possuem, pelo menos, seis meses ininterruptos de experiência de treinamento físico. Nesse caso, o aluno pode ter um aumento nas capacidades físicas de até 20% em um período de até dois anos realizando sessões ininterruptas de treino (Evangelista, 2009; Kraemer et al., 2002).
A seguir, serão feitas algumas observações importantes (em relação às variáveis do treinamento) para prescrição segura do treinamento físico para intermediários (Monteiro & Evangelista, 2012).

Freqüência: três a cinco vezes por semana.

Séries: duas a três séries.

Repetições: nesse caso, recomenda-se trabalhar 10 a 12 repetições, mas esse número pode variar dependendo do objetivo.

Intervalo entre as séries: um a dois minutos.

Ordem dos exercícios: começar o trabalho pelos grandes grupamentos musculares.

Quantidade de exercícios: não existe uma regra fica para a quantidade de exercícios a serem prescritos, mas recomenda-se de oito a dez exercícios.

Intensidade: moderada a intensa, dependendo da adaptação do indivíduo.

3. Avançados

Os indivíduos avançados são aqueles que possuem anos de experiências no treinamento (pelo menos dois anos). Nesse caso, as adaptações oriundas do treinamento são menores, chegando a aproximadamente 16% em um período de até um pouco mais de dois anos de treino, realizando sessões ininterruptas de treino (Evangelista, 2009; Kraemer et al., 2002).
A seguir, serão feitas algumas observações importantes (em relação às variáveis do treinamento) para prescrição segura do treinamento físico para avançados (Monteiro & Evangelista, 2012).

Freqüência: cinco a sete vezes por semana.

Séries: três a cinco séries.

Repetições: nesse caso, recomenda-se trabalhar 8 a 10 repetições, mas esse número pode variar dependendo do objetivo.

Intervalo entre as séries: um a dois minutos.

Ordem dos exercícios: começar o trabalho pelos grandes grupamentos musculares.

Quantidade de exercícios: não existe uma regra fica para a quantidade de exercícios a serem prescritos, mas recomenda-se de oito a dez exercícios.

Intensidade: moderada a intensa.

Referências Bibliográficas

ACSM. ACSM’s Resources for the Personal Trainer. 2. ed. Hagerstown: Lippincott Williams & Wilkings, 2007.

Evangelista, A. L. Treinamento de corrida: bases fisiológicas e do treinamento. São Paulo: Phorte Editora, 2009.

Kraemer, W. J. et al. American College of Sports Medicine position stand: Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine & Science in  Sports & Exercise, v. 34, n. 2, p. 364-380, Feb. 2002.

Monteiro, G. M.; Evagelista, A. L. Treinamento funcional: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Phorte Editora, 2012.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 máx)



O VO2 máx é a capacidade máxima que o organismo tem de captar, transportar e utilizar o oxigênio. O VO2 está relacionado a três sistemas do nosso organismo, que são eles: o sistema respiratório (responsável pela captação de oxigênio), o sistema cardiovascular (responsável pelo transporte de oxigênio no sangue) e o sistema muscular (responsável pela utilização de oxigênio, principalmente durante o exercício físico, para geração ou fornecimento de energia).

O VO2 máx proporciona uma medida quantitativa da capacidade do indivíduo para a ressíntese aeróbia de ATP. Isso torna o VO2 máx um importante determinante da capacidade de realizar um exercício de alta intensidade por mais de 4 ou 5 minutos. A possibilidade de alcançar um VO2 máx alto comporta um significado fisiológico importante além de seu papel que consiste em permitir o metabolismo energético. Uma alta potência aeróbia requer a resposta integrada e de alto nível de diversos sistemas de apoio fisiológico.
O VO2 máx depende de duas variáveis: o débito cardíaco (quanto de sangue o coração bombeia por minuto) e a diferença arteriovenosa de oxigênio (diferença entre a quantidade de oxigênio que chega às células pela artéria e a quantidade de oxigênio que deixa as células nas veias).
Para aumentar o VO2 máx os treinamentos devem ter como foco a melhora no débito cardíaco por meio de adaptações cardiovasculares, ou seja, o aumento no número de mitocôndrias, de capilares sanguíneos, do volume sanguíneo e das hemácias. Além disso, é preciso estimular a melhora na atividade de enzimas oxidativas, aumento na atividade contrátil cardíaca, e também do aumento da resposta pulmonar. Para isso, pesquisadores apontam os treinamentos em intensidades próximas ao VO2 máx como os mais indicados para melhorar esse índice, ou seja, acima de 85%.
O VO2 máx começar a declinar após os 25 anos de idade com um ritmo de aproximadamente de 1% por ano, de forma que, aos 55 anos, será em média cerca de 27% abaixo dos valores relatados para as pessoas de 20 anos de idade, consequentemente a pessoa em processo de envelhecimento terá um VO2 máx ainda mais baixo que esses valores. O declínio de VO2 máx pode ser atribuído ao processo de envelhecimento na redução da capacidade cardíaca e na diferença da oxigenação arteriovenosa. Os batimentos cardíacos máximos diminuem de 6 a 10 batimentos por minuto por década e é responsável pela diminuição da capacidade respiratória. No entanto, a redução do volume sanguíneo durante o exercício máximo no idoso, também contribui para a diminuição da capacidade cardíaca. Logo, em pessoas idosas há uma diminuição do volume sanguíneo, diminuição da capacidade cardíaca, diminuição a contratilidade ventricular, diminuição da capacidade vascular, e ainda diminui a capacidade de utilização do oxigênio durante os exercícios físicos no músculo.
 

Enzimas



Uma enzima, um grande catalisador protéico altamente específico, acelera os ritmos anterógrado e reverso das reações químicas dentro do organismo sem ser consumida nem modificada durante a reação.  As enzimas governam apenas reações que poderiam ocorrer normalmente, porém com um ritmo mais lento. De certa forma, as enzimas reduzem a energia de ativação (influxo de energia indispensável para iniciar uma reação) necessária para que seu ritmo possa ser modificado. A ação enzimática ocorre sem alterar as constantes de equilíbrio e a energia total liberada na reação.
O início (ativação) de uma reação não-catalisada requer muito mais energia que outra catalisada. O ritmo de uma reação catalisada pode ser milhares ou bilhares de vezes mais rápido que uma reação não-catalisada.
A maioria das reações catalisadas por enzimas prossegue em três etapas. A enzima se combina primeiro com seu substrato para formar um complexo enzima-substrato. A seguir, esse complexo é transformado em um outro complexo, enzima-intermediário, que a seguir será modificado para um complexo enzima-produto que se dissocia rapidamente em produto livre e na enzima liberada sem qualquer modificação.
As enzimas possuem a propriedade ímpar de não serem alteradas prontamente pelas reações que elas afetam. Consequentemente, as enzimas específicas são reutilizadas continuamente.
Uma única célula contém milhares de enzimas diferentes, cada uma delas com uma função específica que catalisa uma reação celular distinta.  Nem todas as enzimas operam com o mesmo ritmo, algumas operam mais lentamente e outras mais rapidamente.
O pH e a temperatura afetam drasticamente a atividade enzimática. Para algumas enzimas, a atividade máxima requer uma acidez relativamente alta, enquanto outras evidenciam seu funcionamento ótimo no lado alcalino da neutralidade. Esse efeito do pH sobre a dinâmica das enzimas é observado porque uma modificação na concentração hidrogeniôntica  dos líquidos altera o equilíbrio entre os complexos carregados positiva e negativamente nos aminoácidos das enzimas. As elevações na temperatura em geral aceleram a reatividade enzimática. No entanto, quando a temperatura sobe acima de 40° a 50º C, as enzimas protéicas sofrem uma desnaturação permanente e sua atividade cessa.
A interação com seu substrato específico representa uma característica ímpar da estrutura globular tridimensional de uma enzima. A interação funciona como uma chave encaixando-se em uma fechadura. A enzima é ligada quando seu lugar ativo se une através de um “encaixe perfeito” com o local ativo existente no substrato. Com a formação de um complexo enzima-substrato, a cisão das ligações químicas acaba formando um novo produto com novas ligações, liberando a enzima para agir sobre outro substrato. Somente a enzima correta consegue ativar um determinado substrato.   
Algumas enzimas podem ter suas atividades reguladas, atuando assim como moduladoras do metabolismo celular. Esta modulação é essencial na coordenação dos inúmeros processos metabólicos pela célula. Existem dois modos de regulação enzimática mais conhecidos:

>>      Modulação Alostérica: Ocorre nas enzimas que possuem um sítio de modulação, ou alostérico, onde se liga de forma não-covalente um modulador alostérico que pode ser positivo (ativa a enzima) ou negativo (inibe a enzima). A ligação do modulador induz a modificações conformes na estrutura espacial da enzima, modificando a afinidade desta para com os seus substratos; Um modelo muito comum de regulação alostérica é a inibição por "feed-back", onde o próprio produto da reação atua como modulador da enzima que a catalisa.

Várias substâncias podem inibir a atividade enzimática de forma a tornar mais lento o ritmo de uma reação. Os inibidores enzimáticos são compostos que podem diminuir a atividade de uma enzima. Os inibidores podem ser reversíveis ou irreversíveis, de acordo com a estabilidade gerada pela sua ligação com a enzima:

>>      Os inibidores irreversíveis se ligam às enzimas levando a inativação definitiva desta. Estes inibidores são bastante tóxicos para o organismo já que não são específicos, sendo capazes de deixar inativo qualquer enzima.

>>      Os inibidores reversíveis podem ser divididos em dois grupos: os competitivos e os não-competitivos. Essa divisão é baseada na presença ou não de competição entre o inibidor e o substrato pelo centro ativo da enzima.

>      Os inibidores competitivos competem com o substrato pelo centro ativo da enzima. Estas moléculas apresentam configuração semelhante ao substrato e por isso são capazes de se ligarem ao centro ativo da enzima. Eles produzem um complexo enzima-inibidor que é semelhante ao complexo enzima-substrato.

>      Os inibidores não-competitivos não têm semelhança estrutural com o substrato de reação que inibem. A sua inibição se dá pela sua ligação a radicais que não pertencem ao grupo ativo. Esta ligação vai alterar a estrutura da enzima e inviabilizando a sua catálise.

domingo, 17 de março de 2013

As vias metabólicas


 

As vias metabólicas são de fundamental importância para a geração de energia, isto é, produção de ATP durante a prática de exercício físico, e também para a produção de energia, as células do organismo precisam se utilizar de substratos energéticos como glicose, ácidos graxos e aminoácidos (em situações extremas). A contribuição relativa das vias metabólicas para a produção de ATP difere uma da outra, dependendo da intensidade e da duração do exercício.
O organismo, mais especificamente o músculo estriado esquelético, pode produzir energia durante a prática de exercício físico a partir da predominância de uma ou da combinação das três vias metabólicas que são: o sistema fosfagênio ou ATP-PCr; o sistema ou metabolismo glicolítico; e o sistema aeróbio ou respiração mitocondrial. As duas primeiras podem ocorrer sem a presença de oxigênio, por isso também são chamadas de vias de metabolismo anaeróbio, a último ocorre na presença de oxigênio, por isso é chamada de via de metabolismo aeróbio.
No exercício de alta intensidade e curta duração (no máximo 20 segundos), as reservas intramusculares de ATP e PCr proporcionam a energia imediata para a realização do exercício, logo o sistema fosfagênio ou ATP-PCr é predominante nessa situação. Apesar de importante, a PCr não pode manter a ressíntese de ATP por muito tempo e como o reajuste no consumo de oxigênio pode demorar mais tempo do que a duração dessa via de produção de energia é preciso que outro processo entre em ação. Esse próximo processo é o metabolismo ou sistema glicolítico, pois no exercício de intensidade um pouco menor e duração um pouco maior (2 a 3 minutos), as reações anaeróbias da glicólise geram a maior parte da energia nessa situação. À medida que o exercício progride além de alguns minutos (> 3 minutos) e a intensidade diminui mais ainda, o sistema aeróbio ou respiração mitocondrial predomina nessa situação.
Mas deve-se observar uma coisa, que as vias metabólicas não são utilizadas isoladamente, elas funcionam o tempo todo, apenas há a predominância de cada dependendo da intensidade e duração do exercício.

 


Referências

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

NAVARRO, F. Bioquímica e Bioenergética aplicada ao exercício físico. Aula da Pós-graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercício – Prescrição do Exercício da Universidade Gama Filho, 2012.

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.

domingo, 10 de março de 2013

Por que praticar exercício físico?


                                   

Vamos analisar o seguinte diálogo entre duas pessoas quaisquer, os nomes dos personagens serão Eeu e Etu, eles estarão fazendo um pequeno diálogo sobre o motivo de praticar exercícios físicos e não praticá-los, lá vai o diálogo:

_ Cara, tu faz exercício? _ Pergunta Etu.
_ Faço sim. _ Responde Eeu.
_ Mas... Tu faz por quê? _ Interroga novamente Etu.
_ Pra ficar forte e sarado. E tu faz exercício também? _ Eeu pergunta.
_ Não faço não, porque acho feio ficar forte e não gosto e nunca gostei de fazer exercício. _ Responde Etu.
_ Humm... Que pena cara, mas indo malhar. _ Despede-se Eeu.
_ Vá lá então. Até mais! _ Despede-se Etu.

Como vocês podem ver e analisar nesse diálogo, Etu não treina nada e não faz exercícios simplesmente porque não gosta e Eeu pratica exercícios físicos simplesmente por motivos estéticos, mas todos devem saber que a pratica de exercícios físicos vai além da finalidade estética, pois existem diversos motivos e benefícios para se praticar algum exercício físico, seja este treinamento de força, funcional, laboral e/ou longa duração.

A seguir, irei colocar alguns motivos e benefícios para você praticar exercícios, lá vão alguns:

- Aumento de força;
- Hipertrofia muscular;
- Redução da gordura corporal;
- Melhoria do desempenho físico em atividades esportivas e da vida diária;
- Melhoria do desempenho motor;
- Desenvolvimento da consciência sinestésica e controle corporal;
- Melhoria da postura;
- Melhoria do equilíbrio muscular;
- Diminuição da incidência de lesão;
- Estabilidade articular, principalmente da coluna vertebral;
- Melhoria da postura corporal;
- Aumento da eficiência dos movimentos;
- Melhora do equilíbrio estático e dinâmico;
- Melhora da coordenação motora;
- Melhora da resistência central (cardiorrespiratória) e periférica (muscular);
- Melhora da flexibilidade, faça alongamentos;
- Redução dos fatores de risco para doença arterial coronariana;
- Redução da mortalidade e da morbidez;
- Menor ansiedade e depressão;
- Sensações de bem-estar aprimoradas;
- Fortalecimento do sistema imunológico, dentro dos seus limites;
- Melhora e controle das funções endócrinas;
- Redução de colesterol total, LDL e outras alterações bioquímicas;
- Outros.

Listrei vários motivos e benefícios para se praticar exercícios físicos, agora cabe(m) a você(s) praticar exercício, pois, como eu havia mencionado anteriormente, isso vai muito além da estética, isso é uma questão de saúde corporal, então pratique exercícios físicos e tenha sempre um profissional de Educação Físico acompanhando suas atividades físicas.


    


Referências

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 6ed. 2000.

FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

MONTEIRO, Artur; CARNEIRO, Thiago. O que é treinamento funcional?. Disponível em: http://www.arturmonteiro.com.br/2010/04/o-que-e-treinamento-funcional/. Acesso em: 07 de julho de 2012.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001.

Treino funcional previne lesões. Disponível em: http://fitnesstogether.com.br/blog/treino-funcional-previne-lesoes/. Acesso em: 07 de Julho de 2012.
 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Por que estudar Anatomia e Fisiologia?


Introdução

O nosso corpo é uma máquina fenomenal! Quando executamos qualquer atividade ele estabelece uma diversidade de fatores coordenados que ocorrem enquanto efetuamos a leitura deste texto, por exemplo. Esses fatores permitem que funções complexas, como a audição, a visão, a respiração e o processamento de informações, continuem sem um esforço consciente.
Podemos exemplificar, ainda melhor, da seguinte forma: no momento em que você levanta da cama, atravessa a porta da sua casa e caminha pela rua, grande parte dos seus sistemas corporais serão acionados, permitindo que você passe do repouso para o exercício. Caso você continue com essa rotina diariamente, durante semanas e meses, e aumentar gradualmente a duração e a intensidade de sua caminhada, o seu corpo irá sofrer uma adaptação que ocasionará uma melhora do seu condicionamento físico.

Desenvolvimento
  
Durante séculos, pesquisadores estudaram fatores relacionados ao funcionamento do corpo humano para desempenhar as diversas atividades cotidianas.
Muitas vezes estudantes e até mesmo profissionais de cursos da área de Saúde não sabe ou não entende o porquê de estudar duas disciplinas fundamentais para esses cursos – Anatomia e Fisiologia. Então vamos lá, aos conceitos das mesmas e a importância de estudá-las.
A anatomia é o estudo da estrutura ou morfologia de um organismo. Através dela, aprendemos a estrutura básica de várias partes do corpo e suas inter-relações. A fisiologia é o estudo do funcionamento do corpo. Na fisiologia, estudamos como os sistemas orgânicos, tecidos, células e as moléculas intracelulares do nosso corpo funcionam e como suas funções são integradas para regular nosso ambiente interno.
Em outras palavras, a fisiologia tem como objetivo estudar e explicar os fatores físicos e químicos que são responsáveis pela origem, desenvolvimento e progressão da vida, na fisiologia humana, pra ser mais específico, busca-se explicar as características e os mecanismos específicos do corpo humano que fazem dele um ser vivo, ou seja, explicar como as estruturas básicas ou morfológicas do nosso corpo se interagem para manter o corpo em “perfeito” funcionamento, ou melhor ainda, manter o corpo vivo. Nesse sentido, como a fisiologia está centrada nas funções de estruturas, não se pode discutir facilmente a fisiologia sem conhecer a anatomia.

Conclusão

Logo, podemos ver que uma depende da outra e que as duas são de fundamentais importâncias para o devido conhecimento do corpo. Se você quer ser um bom profissional da área de Saúde, aprenda e compreenda essas duas disciplinas e ponha seus conhecimentos tanto no seu trabalho como no seu cotidiano, caso contrário você será apenas um mero “profissional”, se é que essa é denominação correta.
 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sistemas corporais


            O nosso corpo é constituído por sistemas corporais, estes responsáveis por realizar as diversas funções no nosso, eles se interagem entre si para manter o corpo em perfeito funcionamento e, é claro, manter o organismo vivo, pois um depende do outro e a “falha” de um pode prejudicar os outros. A seguir serão descritos de forma resumida as funções de cada sistema corporal.

Sistema cardiovascular
              
            Os nutrientes absorvidos no intestino delgado e gás oxigênio (O2) absorvido pelos pulmões são distribuídos às células do nosso corpo pelo sistema cardiovascular, que é constituído por veias e artérias, pelos quais circulam o sangue.

Sistema respiratório

Todas as células do corpo humano executam respiração celular, processo que ocorre nas mitocôndrias (organela celular responsável pela produção de energia através da utilização de O2). Nesse processo, substâncias orgânicas reagem com O2 liberando energia, que é utilizada pela célula em seus processos vitais. Os produtos finais da respiração celular são água (reutilizada pelo corpo) e dióxido de carbono (CO2) (eliminado do corpo).

Sistema renal ou urinário

            Esse sistema é responsável pela maior parte da excreção do nosso corpo, com exceções do CO2, que é excretado pelo sistema respiratório, e das fezes, que são excretadas na fase final da digestão do nosso corpo. A excreção refere-se ao processo por meio do qual um organismo se livra de substâncias indesejáveis produzidas em seu metabolismo. Esse sistema é constituído por órgãos e estruturas responsáveis pela filtração do sangue e eliminação de substâncias potencialmente tóxicas, como a uréia, e a eliminação dessas se dá através da urina.

Sistema digestório

            A ingestão dos alimentos, sua digestão e a absorção dos produtos (nutrientes) resultantes são realizados por um conjunto de órgãos que constituem o sistema digestório. Este se compõe de um longo tubo, com cerca de 9 m de comprimento – o tubo digestório –, e de algumas glândulas associadas, como as glândulas salivares, o pâncreas e o fígado.

Sistema nervoso

            A comunicação entre os diversos órgãos e células ocorre graças a dois eficientes sistemas de integração corporal: o sistema nervoso e o sistema endócrino. Podemos pensar no sistema nervoso como uma rede integrada, em constante funcionamento, capaz de comunicar-se com extrema rapidez, e garantir a efetividade e funcionamento de diversos sistemas, além de ofertar ajustes necessários para a sobrevivência. A estrutura desta rede possibilita o bom desempenho dos sentidos, bem como da coordenação, leitura e interpretação das informações que acontecem no meio, isso porque as células deste sistema estão estruturalmente muito bem organizadas no corpo humano a partir de um comando central. As funções que o sistema nervoso desempenha são: controle do ambiente interno; controle dos movimentos; ação reflexa da medula espinhal; compreensão, assimilação, memória e aprendizado.

Sistema muscular

            Os músculos são responsáveis por cerca de metade da massa corporal de uma pessoa saudável. A locomoção e a movimentação de partes do corpo, a circulação do sangue nos vasos sanguíneos, o deslocamento do alimento no tubo digestório, a eliminação de saliva pelas glândulas salivares, a eliminação de urina etc. são apenas alguns exemplos de ações que dependem da atividade muscular. Os músculos podem ser comparados a “motores” que transformam a energia dos nutrientes em força, permitindo a movimentação do corpo. No corpo humano há três tipos de tecido muscular: estriado esquelético (músculos de contração voluntária), liso (músculos de contração involuntária) e estriado cardíaco (o coração).

Sistema esquelético

O conjunto de ossos e cartilagens que dá sustentação ao corpo humano constitui o esqueleto. Este protege órgãos internos e participa da movimentação do corpo, servindo de ponto de apoio para a ação dos músculos esqueléticos. Além dessas funções, o esqueleto atua como reserva de cálcio e local de formação das células do sangue.

Sistema sensorial

A capacidade de perceber o ambiente depende de células altamente especializadas denominadas células sensoriais. Há células sensoriais espalhadas pelo corpo e células sensoriais nos chamados órgãos dos sentidos. Essas células e órgãos especializados na percepção das condições internas e externas ao corpo constituem o sistema sensorial. O sistema sensorial é constituído por: paladar, olfato, audição, visão e tato.

Sistema imunológico

Apesar do nosso corpo ser bem protegido pela pele e pelas membranas que revestem os órgãos internos, é praticamente impossível evitar a entrada de microorganismos invasores, alguns bastante perigosos. Felizmente, contamos com um eficaz sistema de defesa interno, que é o sistema imunológico, constituído por órgãos, células e moléculas responsáveis pela defesa do nosso corpo.

Sistema endócrino

O sistema nervoso e o sistema endócrino são os dois principais envolvidos no controle da homeostase (propriedade dos seres vivos de regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável), mas diferem quanto ao seu funcionamento. Enquanto o sistema nervoso atua por meio da liberação de neurotransmissores (transmissão de mensagem de um nervo ao outro, ou de um nervo a um tecido), o sistema endócrino atua por meio da liberação de hormônios na corrente sanguínea (glândulas endócrinas) para que cheguem até o tecido. Porém, ambos são estruturados para receber a informação, organizar a resposta adequada e enviá-la ao órgão alvo. Boa parte do funcionamento do corpo humano depende da comunicação entre as células por meio de mensageiros químicos que viajam pelo sangue: os hormônios (substâncias produzidas e liberadas por determinadas células, que atuam sobre outras células, modificando seu funcionamento). As células que produzem hormônios estão localizadas nas glândulas endócrinas e as células que recebem hormônios são chamadas células-alvo, que possuem proteínas chamadas receptores hormonais.

Conclusão

Podemos concluir que os sistemas corporais são realmente importantes para manter o funcionamento e a integridade do nosso corpo, cada um desempenha suas funções específicas e eles interagem entre si. Logo, não há um sistema mais importante que o outro, todos são importantes e que se um “falhar”, os outros serão prejudicados e, assim, o corpo pode ter várias sequelas ou até mesmo vir a óbito, então não prejudiquemos nenhum deles, pois como eu já disse todos são importantes.