Saúde
x Inatividade física
Estudos
epidemiológicos demonstram que a inatividade física aumenta substancialmente a
incidência relativa de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do
miocárdio (60%), hipertensão arterial (30%),câncer de cólon (41%), câncer de
mama (31%), diabetes do tipo 2 (50%) e osteoporose (59%). As evidências também indicam que a inatividade
física está associada à mortalidade, morbidade, obesidade, maior incidência de
quedas e debilidade física em idosos, dislipidemia, depressão, demência, AIDS,
ansiedade e alterações do humor (GUALANO; TINUCCI, 2011).
Para
muitas pessoas, saúde ainda está associada à simplesmente ausência de doenças,
sendo que o conceito de saúde é abrangente. Na atualidade, saúde tem sido
definida não apenas como a ausência de doenças, condição humana caracterizada
pelo bem estar físico, social, psicológico e espiritual (BARROS; NAHAS, 2003).
Segundo
alguns autores e/ou instituições (ACSM, 2015; GUEDES, SOUZA JÚNIOR, ROCHA,
2008; NAHAS, BARROS, FRACALACCI, 2000; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004), para ter
saúde se deve:
>> Manter o peso
corporal dentro da normalidade (IMC entre 18 e 29);
>> Consumir mais
frutas e verduras, pelo menos 5 porções diariamente;
>> Trocar gorduras
saturadas de origem animal por gorduras insaturadas de origem vegetal;
>> Diminuir a
quantidade de alimentos gordurosos, salgados e doces no regime alimentar;
>> Não fumar e evitar
bebidas alcoólicas em excessos.
>> Não entregar-se aos
vícios;
>> Devemos sair do
sedentarismo;
>>
Fazer exercício físico diariamente, mínimo 3x/semana;
Treinamento
de força como meio de promover saúde
O
treinamento de força (TF), também conhecido como treinamento contra
resistência, treinamento com pesos ou, popularmente, musculação. É uma das
formas mais populares de exercício para melhorar a aptidão física e para o
condicionamento em geral. Um programa de treinamento de força bem elaborado e
consistentemente desenvolvido pode produzir alterações na composição corporal,
na força, na hipertrofia muscular e no desempenho motor que muitos indivíduos
desejam (FLECK, KRAEMER, 2006).
O
treinamento de força tem sido apontado como excelente ferramenta para o
aprimoramento da qualidade de vida, além de ser importante no tratamento de
diversas patologias (GRAVES, FRANKLIN, 2006; MCARDLE, KATCH, KATCH, 2003;
POWERS, HOWLEY, 2005; FLECK, KRAEMER, 2006, GUEDES, SOUZA JÚNIOR, ROCHA, 2008).
Logo,
vejamos os benefícios do treinamento de força para promover saúde(MCARDLE,
KATCH, KATCH, 2003; POWERS, HOWLEY, 2005; FLECK, KRAEMER, 2006, GUEDES, SOUZA
JÚNIOR, ROCHA, 2008; FLECK, KRAEMER,
2006; BOMPA, CORNACHIA, 2000):
>> Aumento de força;
>> Aumento de massa
magra (hipertrofia muscular);
>> Diminuição da
gordura corporal;
>> Melhoria do
desempenho físico em atividades esportivas e da vida diária;
>> Melhoria do
desempenho motor (p. ex., tiro de corrida, arremesso de um objeto, subir
escadas etc.);
>> Tratamento e
reabilitação de doenças;
>> Redução da gordura
corporal, inclusive a da região visceral;
>> Melhoria do
desempenho físico de vida diária;
>> Melhoria da
postura;
>> Diminuição da
incidência de lesão;
>> Melhoria do
desempenho motor;
>> Melhora da
resistência central (cardiorrespiratória) e periférica (muscular);
>> Redução dos fatores
de risco para doença arterial coronariana;
>> Redução da
mortalidade e da morbidez;
>> Menor ansiedade e
depressão;
>> Sensações de
bem-estar aprimoradas;
>> Fortalecimento do
sistema imunológico, dentro dos seus limites;
>> Melhora e controle
das funções endócrinas;
>> Redução de
colesterol total, LDL e outras alterações bioquímicas.
Referências
(ACSM). AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes
do ACSM: Para os Testes de Esforço e Sua Prescrição. 9
ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2015.
BARROS, M. V. G.; NAHAS, M.
V. Medidas da atividade física: teoria e aplicação em diversos grupos
populacionais. 1ed. Londrina: Midiograf. 2003.
BOMPA, T.O; CORNACCHIA,
L.J. Treinamento de Força Consciente. São Paulo. Editora Phorte,
2000.GUALANO, B.; TINUCCI, T. Sedentarismo, exercício físico e doenças
crônicas. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, p.37-43, dez.
2011.
FLECK, S. J.; KRAEMER, W.
J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ed. Porto
Alegre: Artmed, 2006.
GUEDES, D. P.; SOUZA JÚNIOR,
T. P.; ROCHA A. C. Treinamento personalizado em musculação. São Paulo:
Phorte, 2008.
GRAVES, J.E.; FRANKLIN, B.A.
Treinamento resistido na saúde e reabilitação. Rio de Janeiro. Revinter. 2006.
p 440.
MCARDLE, W.; KATCH, F. I.;
KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho
humano. 5ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2003.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. O
que é vida saudável?. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
NAHAS, M.V., BARROS, M.V.G.,
FRANCALACCI, V. O pentáculo do bem estar: base conceitual para
avaliação do estilo de vida de indivíduos e grupos. Revista brasileira
de atividade física e saúde. v. 5, n. 2, 2000, p.48-59.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E.
T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao
desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.