Aminoácidos de cadeias ramificadas
(BCAAs):
Os aminoácidos de cadeia ramificada compreendem três
aminoácidos essenciais (leucina, isoleucina e valina), encontrados,
principalmente, em fontes protéicas de origem animal. São conhecidos como
BCAAs, sigla derivada de sua designação em inglês: Branched Chain Amino Acids.
Alguns efeitos da suplementação com BCAAs têm sido
sugeridos, tais como: auxiliam na hipertrofia muscular, ação anticatabólica,
poupam glicogênio, retardam a fadiga central e melhoram o sistema imunológico.
Creatina:
Dentre os recursos ergogênicos, os quais existem
estudos sobre um possível aumento no rendimento físico está a creatina, que tem
se tornado um dos mais populares ultimamente. Os efeitos da suplementação dessa
substância baseiam-se na teoria de que a suplementação aumentaria a força e a
velocidade nas atividades físicas, nas quais a fonte de energia predominante é
proveniente do Sistema Energético Alático ou ATP-CP.
A creatina é uma substância osmoticamente ativa. Com
isso, o aumento da concentração intracelular de creatina pode induzir o fluxo
de água para o interior das células, explicando em parte o aumento da massa
corporal magra observado após o período de carga da suplementação de creatina.
Logo estudos estão sugerindo que o aumento da massa corporal se deve
principalmente à retenção hídrica.
Muitos estudos indicam que a dose de carga da
suplementação de creatina leva ao aumento da massa corporal total e da massa
corporal magra. Grande parte das pesquisas realizadas com a suplementação de
creatina que procuraram observar seus efeitos ergogênicos sobre a força e a
potência mostrou resultados positivos. No entanto, alguns estudos falharam em
demonstrar esse efeito.
Logo, há contradições nos estudos sobre os efeitos da
creatina nos exercícios físicos, principalmente os de força, necessitando assim
de mais estudos que melhor elucidam seus efeitos nos treinos de hipertrofia.
L-Carnitina:
Alguns dos efeitos da suplementação de L-carnitina
sobre o desempenho de
indivíduos saudáveis já foram propostos, como: aumento da oxidação de ácidos
graxos; decréscimo nas taxas de depleção dos estoques de glicogênio; alteração
na predominância do substrato energético utilizado pelo músculo, isto é, maior
utilização de ácidos graxos, em vez do glicogênio; menor produção de ácido
lático, uma vez que esta enzima converte o piruvato a acetil-Coenzima A,
desviando-o da formação do ácido lático; retardo da fadiga muscular; reposição
da carnitina utilizada durante o exercício; e efeito protetor contra a dor e os
danos causados pelo exercício excêntrico, provavelmente devido à vasodilatação
tipicamente acompanhada da suplementação de L-carnitina.
L-Glutamina:
Existem algumas propostas em relação aos efeitos da
suplementação de glutamina: possui ação anticatabólica; representa uma fonte de
energia em situações de aumento da demanda energética; auxilia na remoção dos
metabólitos da atividade física; e fortalece o sistema imunológico.
Beta-Hidroxi-Beta-Metilbutirato (HMB):
O metabolismo do HMB e sua ação não estão
completamente esclarecidos, porém existem alguns indícios do aumento da força;
diminuição do percentual de gordura; aumento da massa muscular; diminuição do
catabolismo protéico (proteólise).
Cafeína:
A cafeína é uma das substâncias mais antigas e
utilizadas do mundo com o objetivo de aumentar a potência física e mental. Ela
pode ser classificada como um ergogênico farmacológico, mas também pode ser
considerada um ergogênico nutricional por ser normalmente encontrada em alguns
alimentos. É considerada um nutriente não-essencial, cujos efeitos no nosso
organismo incluem a estimulação do Sistema Nervoso Central, diurese, lipólise e
secreção de ácido gástrico.
A cafeína, teoricamente, pode melhorar o desempenho
por meio de múltiplos mecanismos, como: redução da utilização do glicogênio
muscular durante a atividade física, provavelmente por elevar as taxas de
ácidos graxos livres no sangue; estimular o Sistema Nervoso Central, aumentando
o estado de alerta. Ela também facilita a liberação de cálcio do retículo
sarcoplasmático no músculo esquelético, estimulando a contração muscular. Esse
efeito está relacionado ao aumento da força muscular, o que melhoraria o
desempenho de atividades de alta intensidade e curta duração.
Contudo, diferentes estudos demonstraram que a
cafeína parece não aumentar a força muscular.
A cafeína é relativamente segura, porém as
tolerâncias individuais variam e, com isso, podem existir efeitos colaterais. O
consumo excessivo de cafeína pode provocar rubor facial, ansiedade, nervosismo,
tremor das mãos, insônia e até mesmo disritmias cardíacas e perda de memória.
Além disso, ela pode levar ao aumento da produção de
calor em repouso, aumentando a temperatura corporal, ocasionando uma redução no
desempenho de exercícios
realizados sob altas temperaturas. Alguns atletas também relatam sentir
náuseas e dores de estômago com o consumo excessivo de cafeína.
Por aumentar a diurese, a cafeína teoricamente pode
promover desidratação.
Pessoas com problemas de saúde tais como os
hipertensos, devem ter cautela antes de iniciar a utilização de cafeína.
Carboidratos:
Ultimamente, os alimentos ou produtos à base de
carboidratos estão sendo muito utilizados por atletas ou praticantes de
atividade física, em especial os na forma líquida. Estes produtos são
necessários para o fornecimento de energia durante a prática de exercício
físico, pois servem como combustível energético, ajudando na preservação de
proteínas, além de funcionar como “ativador” para o catabolismo lipídico e
podendo ser ingeridos antes, durante e depois da prática de atividade física,
para garantir energia, retardar a fadiga periférica e repor o estoque de
glicogênio respectivamente.
Nas
últimas décadas, numerosas pesquisas vêm demonstrando as qualidades
nutricionais das proteínas solúveis do soro do leite, também conhecidas como
whey protein. As proteínas do soro são extraídas da porção aquosa do leite,
gerada durante o processo de fabricação do queijo.
Algumas
de suas principais funções são: anabolismo muscular, através da redução do
catabolismo protéico, favorecendo assim o ganho de força muscular e reduzindo a
perda de massa muscular durante a perda de peso; redução da gordura corporal; e
melhora do desempenho muscular.
Albumina:
A
albumina é um suplemento com elevada concentração de proteínas, obtida a partir
da clara do ovo desidratada e pasteurizada, sendo facilmente digerida e
absorvida, seus efeitos mais conhecidos são: melhorar a síntese protéica e
reduzir o catabolismo muscular.
Observação: O uso destas substâncias deve ser
orientado e prescrito por nutricionistas, de preferência nutricionistas
esportivos.
Texto retirado do seguinte artigo: OLIVEIRA, R. A. Efeitos da combinação
de diferentes suplementos alimentares na hipertrofia muscular em praticantes de
treinamento de força. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do
Exercício. Vol.7, Núm.40, 2013.
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