sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O Ciclo de Krebs


Nas aulas de Fisiologia do Exercício, Treinamento Esportivo e outras disciplinas do curso de Educação Física, ouve-se falar muito do Ciclo de Krebs, mas o que é este ciclo e qual a sua finalidade no metabolismo celular, a seguir farei um breve resumo sobre o Ciclo de Krebs.
O Ciclo de Krebs (assim denominado em homenagem ao bioquímico alemão Hans Adolf Krebs em 1937), também conhecido como Ciclo do Ácido Tricarboxílico, é a mais importante via metabólica celular. Ocorre sob a regência de enzimas mitocondriais, em condições aeróbias, após a descarboxilação oxidativa do piruvato (produto final da glicólise) a acetil-CoA pelo complexo enzimático piruvato desidrogenase. A acetil-CoA também é originária da degradação de ácidos graxos via beta-oxidação.
O Ciclo de Krebs está associado a uma cadeia respiratória (cadeia de transporte de elétrons), ou seja, um complexo de compostos transportadores de prótons e elétrons que consomem o oxigênio absorvido por mecanismos respiratórios, sintetizando água e gerando ATP através de um processo de fosforilação oxidativa.
Os processos do Ciclo de Krebs ocorrem dentro das mitocôndrias, com as enzimas do ciclo dispersas na matriz mitocondrial, sendo que os transportadores de elétrons estão fixos nas cristas mitocondriais.
O Ciclo de Krebs se inicia com a união de uma molécula de acetil-CoA (proveniente do piruvato ou da beta-oxidação dos ácidos graxos) com uma de oxalacetato (proveniente do piruvato) gerando o citrato.
O Ciclo de Krebs pode ser dividido em oito etapas consecutivas, que serão descritas a seguir:

1ª) Condensação da acetil-CoA com o oxalacetato gerando citrato:
Esta reação é catalisada pela enzima citrato-sintase e gera um composto de seis carbonos, uma vez que o oxalacetato possui quatro carbonos e a acetil-CoA possui dois carbonos.

2ª) Isomerização do citrato em isocitrato:
Esta reação é catalisada pela enzima aconitase. Há a formação de cis-aconitato como um intermediário ligado à enzima, porém pode ser que ele constitua uma ramificação do ciclo.

3ª)Oxidação do isocitrato a alfa-cetoglutarato:
Reação catalisada pela enzima isocitrato desidrogenase, utiliza o NADH como transportador de dois hidrogênios liberados na reação, havendo o desprendimento de uma molécula de dióxido de carbono.

4ª) Descarboxilação oxidativa do alfa-cetoglutarato a succinil-CoA:
Reação catalisada pelo complexo enzimático alfa-cetoglutarato desidrogenase e utiliza o NADH como transportador de dois hidrogênios liberados na reação, havendo o desprendimento de mais uma molécula de dióxido de carbono.

5ª) Descarbxilação do succinil-CoA até succinato:
A enzima succinil-CoA sintase catalisa esta reação de alto poder termogênico, gerando um GTP que é convertido em ATP (o único produzido no nível dos substratos do Ciclo de Krebs).

6ª) Oxidação do succinato a fumarato:
Reação catalisada pela enzima succinato desidrogenase, utiliza o FADH2 como transportador de dois hidrogênios liberados na reação.

7ª) Hidratação do fumarato a malato:
Reação catalisada pela enzima fumarase (ou fumarato hidratase), corresponde a uma hidratação do fumarato gerando um isômero de malato.

8ª) Desidrogenação do malato com a regeneração do oxalacetato:
Reação catalisada pela enzima malato desidrogenase, catalisa a oxidação do malato em oxalacetato, utiliza o NADH como transportador de dois hidrogênios liberados na reação.

 Ciclo de Krebs não termina com esta reação, pois outra molécula de acetil-CoA condensa-se com o oxalacetato, reiniciando um novo ciclo.

Referências bibliográficas

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

NELSON, D. L.; COX, M. M. Lehninger: Princípios da bioquímica. 3 ed. São Paulo: Sarvier, 2002. 

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.

VIEIRA, R. Fundamentos da Bioquímica: textos didáticos. Belém, 2003.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Exames clínicos são importantes para prescrição do exercício físico?


A incidência de morte causada pelo exercício físico tem ganhado grande destaque, tanto em atletas quanto em amadores, fruto do treinamento exaustivo sem controle adequado da intensidade de esforço, que acometem principalmente indivíduos portadores de doenças crônicas.
Sendo assim, apesar da prática de exercícios físicos trazer inúmeros benefícios, pode-se também gerar importantes riscos à saúde, tornando-se essencial a realização de avaliações tanto física quanto clínica, bem detalhadas, antes e durante um programa de treinamento.
Antes de fazer qualquer atividade física é imprescindível passar por uma avaliação completa com exames clínicos completos, pois o objetivo destes é identificar algumas condições que possam predispor o praticante a lesões e/ou patologias e também têm como objetivo identificar doenças preexistentes ou suspeita das mesmas e determinar o tratamento mais adequado, pois qualquer indício de patologia(s) é recomendado a visita ao médico especialista.
Esses exames são mais do que simples formalidade, pois os seus resultados podem limitar ou até mesmo impedir a prática de determinados exercícios físicos, esses exames são realizados apenas por médicos, de preferência especialistas em medicina esportiva.

Variáveis a serem controladas para a prescrição de exercícios em pessoas gripadas

O surgimento de uma gripe em indivíduos praticantes de exercícios físicos é um quadro bem relevante na hora de prescrever exercícios físicos, logo alguns fatores devem ser controlados pelo educador físico, como: 

>> Deve-se ver se os indivíduos têm condições de praticar exercícios físicos, caso tenham evitar exercícios de alta intensidade e longa duração, pois os mesmos podem agravar ainda mais a doença, devendo-se assim realizar exercícios de intensidade moderada;
>> Evitar sessões longas de treino;
>> Evitar ambientes secos e/ou ambientes com ar condicionado para treinar e também evitar ambientes cheio de pessoas, pois estas podem ser contagiadas pela doença;
>> Deve-se levar em conta a umidade do ar, evitando umidade baixa, o ideal é estar entre 60% e 80%;
>> Os indivíduos devem estar bem hidratados e bem alimentados, sendo o ideal beber muitos líquidos, como água e sucos de frutas naturais, e consumir muitas frutas;
>> Caso estejam tomando medicamentos, tomá-los na hora certa;
>> Evitar estresse;
>> Descansar bem, tendo uma boa noite de sono;
>> Também ficar atento aos sintomas da gripe nos indivíduos que praticam exercícios, se estão desaparecendo ou se agravando mais ainda.


sábado, 1 de setembro de 2012

Treinamento Funcional


Programa Esporte e Atividade Física

Prof. Artur Monteiro
Apoio Débora Elias

à Treinamento funcional

Profa. Convidada Maria Cláudia Vanícula

O treinamento funcional é uma forma de treinamento que visa treinar as funções do corpo, isto é, os movimentos realizados no nosso cotidiano (correr, levantar, andar levantar, empurrar etc.) ou os movimentos específicos de cada esporte, aperfeiçoando esses movimentos e melhorando as suas capacidades funcionais.
O treinamento funcional desenvolve melhor a musculatura do corpo do que o treinamento tradicional, que trabalha o músculo de forma isolada, e com isso melhora todas as aptidões físicas.
Este tipo de treinamento diminui os riscos de lesões, mas deve-se ter cuidado com o mesmo, pois a pessoa deve preparar toda a musculatura para depois praticar o treinamento funcional e também o treinador ou preparador físico deve ficar atento nas limitações das pessoas. Primeiramente, as pessoas devem passar por um processo de adaptação de treinamento físico, para depois iniciar o treinamento funcional.
Os exercícios funcionais consistem em desestabilizar os músculos corpo para estabilizá-los, pois os mesmos trabalham a musculatura de uma forma geral e não isolada, como é o caso do treinamento tradicional da musculação. Por exemplo, os músculos que constituem o core* devem ser desestabilizados para fortalecê-los e estabilizá-los, e assim prevenir esta regiões de possíveis lesões.
Mas deve-se tomar cuidado com os exageros nos exercícios, como agachamento com barra em cima da bola, pois eles ao invés de diminuir o risco de lesões ou fortalecer os músculos que estão sendo trabalhados, podem lesionar a musculatura ou acontecer coisa pior com a pessoa que está se exercitando, como fraturas, luxações, edemas e outras formas de machucados.
No treinamento funcional, o preparador físico deve tomar cuidado e ter cautela no momento da sua realização quando o mesmo for realizado com pessoas idosas, obesas, hipertensas, cardiopatas, grávidas e outros grupos de pessoas.
            O treinamento funcional pode ser praticado por todos os tipos de pessoas, desde um iniciante até um atleta de alto rendimento e o mais importante, as pessoas devem realizar exercícios físicos sempre sob a orientação de um profissional graduado em educação física.

*Core: região central do corpo, onde se encontra o ponto de equilíbrio. Desenvolve-se com exercícios isométricos, como a “prancha” abdominal. Envolve músculos da região abdominal, lombar e pélvica ou quadril.



Obs.: O texto descrito anteriormente foi baseado em 7 vídeos que eu encontrei no youtube, vou passar o link do primeiro vídeo, caso alguém queira assistir: http://www.youtube.com/watch?v=R4VaENb05eA&feature=relmfu

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Treinamento funcional e Core Training


Cada músculo do nosso corpo exerce uma função específica, funciona de maneira integrada e coordenada pelo cérebro. É muito bonito observar uma bailarina dançando, fazendo movimentos incríveis, como saltos, piruetas, elevações de pernas, ao ritmo da música, com graça, harmonia e beleza.
O mesmo acontece com os esportistas que fazem maravilhas com o corpo. É sem dúvida, incrível um gol de bicicleta ou mesmo uma cortada no vôlei. Tudo isso acontece graças ao fortalecimento dos músculos que dão ao corpo uma capacidade de combinar e executar centenas de movimentos diferentes.
Apesar disso, milhares de pessoas estão impossibilitadas de praticar esportes ou mesmo fazer exercícios. Elas sofrem porque um grupo muscular, que exerce um papel fundamental para o bom funcionamento do corpo, não é exercitado de forma adequada. Estou me referindo aos músculos profundos localizados numa região do corpo conhecida como core.
O core é uma unidade integrada composta de 29 pares de músculos que suportam o complexo quadril-pélvico-lombar.
Tem as seguintes funções:

>> Manter um adequado alinhamento da coluna lombar contra a ação da gravidade;
>> Estabilizar a coluna e pélvis durante os movimentos;
>> Gerar força para os movimentos do tronco e prevenir lesões.

Os músculos são responsáveis também em dar o formato da cintura, proteger a cavidade abdominal, manter o quadril na posição correta e ajudar a manter o tronco controlado em inúmeros movimentos esportivos. Vários esportistas treinam bastante esses músculos, como é o caso dos lutadores de boxe, ginastas, jogadores de vôlei, futebol e basquete.
Para a maioria dos esportes, ter o core fortalecido é fator de ajuda para um melhor rendimento. O enfraquecimento dos músculos do core trás consequências um tanto quanto desagradáveis: alterações na posição do quadril, flacidez abdominal, dores na região da coluna lombar e até mesmo favorecendo o aparecimento de hérnias de disco.
Os homens, quando engordam, tendem a aumentar a quantidade de gordura ao redor da cintura, com predominância acima do umbigo, formando o famoso “pneuzinho”, sobrecarregando ainda mais a região lombar, principalmente quando os músculos do core, particularmente os profundos estão enfraquecidos. Nas mulheres, durante o período de gravidez, os músculos da parede abdominal são distensionados na medida em que o feto vai aumentando de tamanho provocando um aumento acentuado da curvatura da região lombar.
Por todas essas razões é fundamental que seja dada uma atenção especial aos músculos do core. Por uma questão de saúde o seu enfraquecimento trás consequências desagradáveis. No entanto, é importante lembrar que ao fazer os exercícios chamados “abdominais tradicionais” estará fortalecendo os músculos superficiais e não, como a maioria imagina, protegendo a coluna ou mesmo “queimando” gordura ou, como dizem, “tirando a barriga”. Para metabolizar (“queimar”) gordura é necessário fazer exercícios do tipo aeróbios (caminhada, corrida, bicicleta, etc.), que estimulam a mobilização da gordura como fonte de energia.

O que mudou no treinamento?

As novas pesquisas mostram que alguns músculos localizados nesta região do corpo, denominada core, particularmente os músculos internos do tronco na estabilização da coluna, em particular o transverso do abdômen, multífido e rotatores  da região lombar foram identificados como sendo absolutamente essenciais na própria função e controle da região lombar.
Isto significa que fazer os exercícios abdominais tradicionais (flexão do tronco sobre o quadril com as mãos na nuca) e suas variações enfatiza o fortalecimento da musculatura superficial, ou seja, o reto e oblíquo abdominal.
Diante dessas evidências, para prevenir dores na coluna, fortalecer os músculos que dão sustentação para a coluna lombar, é importante iniciar o treinamento utilizando exercícios isométricos (estáticos) que enfatizam o desenvolvimento da estabilidade, força e resistência dos músculos citados.
Os exercícios denominados “prancha”, realizados na posição ventral, dorsal e lateral devem ser incluídos no início do treinamento para, primeiro, fortalecer os músculos profundos, estabilizadores da região do core e, a partir daí, incluir exercícios para aumentar a força e posteriormente a potência do “core”.
Esta é a nova recomendação para o treinamento equilibrado da região mais importante do corpo sob o ponto de vista funcional.

Referências

GUISELINI, Mauro. Treinamento funcional e Core training. Disponível em: http://www.arturmonteiro.com.br/2010/01/2090/. Acesso em: 07 de Julho de 2012.

Core training


*CORE: Significa núcleo, centro do corpo que envolve todos os músculos desta região. Consiste em diferentes músculos que formam o abdômen, o quadril e a região lombar para estabilizar a coluna, a pélvis e o dorso.

Em outras palavras, o CORE é o centro de gravidade do nosso corpo. Muitas vezes as dores lombares, ou dores nas pernas são ocasionadas por uma fraqueza da musculatura do CORE. Quando esta musculatura não está forte o suficiente para sustentar o nosso corpo de maneira adequada, os demais músculos precisam compensar a fraqueza do CORE e acabam sendo sobrecarregados, ocasionando dores em diversas regiões do corpo.
Pesquisas realizadas na Austrália mostraram que pacientes com dor lombar, embora tenham sido tratados por várias terapias, possuem algo em comum: os músculos multífidos e transverso do abdome estão fracos. Eles também têm excesso de atividade dos músculos globais, como eretor da espinha e abdominais superficiais (COMERFORD; MOTTRAM, 2001).

Quem deve treinar o CORE?

Qualquer indivíduo que se locomova. Ao caminhar você precisa ter essa musculatura forte o suficiente para sustentar o seu corpo de maneira eficiente. Se você for praticante de esportes, o CORE precisa ser ainda mais forte, visto que ele é muito utilizado para o movimento dos membros inferiores e superiores. Por esse motivo, jogadores de futebol, atletas de natação, lutadores em geral e atletas de outros tipos de esporte estão utilizando boa parte dos seus treinos para o fortalecimento do CORE.

Pense bem nisso!

Você consegue imaginar algum jogador de futebol realizando um voleio ou um jogador de tênis rebatendo uma bola sem utilizar a musculatura do CORE? É impossível fazer esse movimento sem utilizá-la, pois todos os movimentos de rotação do tronco exigem o CORE, por isso a necessidade de fortalecer esta região.

Referências

Comerford, M. J.; Mottram, S. L. Movement and stability dysfunction – contemporary developments.  Manual therapy. Volume 6, Issue 1, February 2001, Pages 15-26.

Core Training. Disponível em: http://www.clinicacrossfit.com.br/core-training.html. Acesso em: 07 de julho de 2012.

Treinamento funcional


Nós estamos em uma era onde cada vez mais buscamos meios personalizados que respeitem a nossa individualidade e se adaptem às nossas necessidades. O corpo humano é projetado para funcionar como uma unidade, com os músculos sendo ativados em sequências específicas para produzir um movimento desejado. Em cada movimento, vários músculos estão envolvidos e todos eles realizam uma função diferente. O sistema nervoso central (SNC), além de diferentes funções motoras, é responsável pela ativação muscular e programado para organizar esses movimentos. Através de diferentes sinais enviados ao SNC, partindo da pele, das articulações e dos músculos, são detectados detalhes sobre a posição de cada parte do corpo em relação ao ambiente proposto, a velocidade do movimento e o ângulo articular.
Com esse propósito, o treinamento funcional foi criado nos Estados Unidos por diferentes autores desconhecidos e, vem sendo muito bem difundido no Brasil, ganhando inúmeros praticantes. E nesse novo universo, o treinamento funcional tem ganhado cada vez mais espaço na vida dos atletas e praticantes de exercícios físicos que buscam mais do que um corpo em forma, buscam também saúde, qualidade de vida e melhora no rendimento.
Para quem pratica algum esporte e quer melhorar a performance, o treinamento funcional é perfeito porque além de desenvolver a musculatura específica que cada atleta necessita, ele previne lesões.
Ele previne lesões por ser um treinamento que atua com a maior amplitude das articulações, desenvolve maior quantidade de força e atua diretamente nos movimentos mais utilizados pelos praticantes.
Apontado por especialistas como o “treinamento do futuro”, o treino funcional caiu nas graças de profissionais da área de saúde por trazer ao mundo do fitness, um programa de treinamento que foca na individualidade e na capacidade funcional do homem moderno.
O melhor é que o treino funcional pode ser  praticado por qualquer pessoa, independente do seu condicionamento físico e das atividades que desenvolva. Como resultado, todas as capacidades físicas – equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência cardiorrespiratória e muscular – são trabalhadas de forma integrada através de movimentos multi-articulares e multi-planares do envolvimento da propriocepção (sensibilidade própria aos ossos, músculos, tendões e articulações e que fornece informações sobre a estática, o equilíbrio, o deslocamento do corpo no espaço etc., isto é, capacidade de perceber a posição corporal em relação ao ambiente e a correção automática de movimentos indesejados).
Uma das grandes vantagens do treinamento funcional é trabalhar a real necessidade de cada aluno. Enquanto metodologias comuns trabalham de forma generalizada, sem se atentar muito a real necessidade e condicionamento dos alunos, o treino funcional caminha para outra direção, pois visa preparar o organismo de maneira íntegra, segura e eficiente através do centro corporal, chamado nesse método de core (significa núcleo, centro do corpo que envolve todos os músculos desta região, consistindo em diferentes músculos que formam o abdômen, o quadril e a região lombar para estabilizar a coluna, a pélvis e o dorso).
 Se antigamente, a ideia era isolar determinado músculo ou parte do corpo e desenvolve-lo prioritariamente, hoje se pensa em trabalhar o corpo como uma unidade, e desta forma, alcançar a funcionalidade corporal natural de seu organismo, assim como um corpo saudável e bem condicionado.
Os exercícios funcionais podem ser feitos com o peso do próprio corpo, cabos, cones, elásticos, pesos livres, base de suporte instável e reduzida, medicine balls e bolas suíças, trazendo mais benefícios à funcionalidade do corpo, através de exercícios motivantes e desafiadores.
Quem pratica esportes também pode aproveitar os benefícios dos exercícios funcionais, pois eles permitem o desenvolvimento das habilidades necessárias para diferentes práticas esportivas. Ou seja, o treino de um corredor será diferente do treino de um jogador de tênis, por conta dos objetivos individuais de cada um.
Vários dos objetivos desse método de exercício representam uma volta à utilização dos padrões fundamentais do movimento humano (como empurrar, puxar, agachar, girar, lançar, dentre outros), envolvendo a integração do corpo todo para gerar um gesto motor específico em diferentes planos de movimento. Um exemplo contrário a esse método é o trabalho isolado do corpo para gerar um gesto motor específico, como visto na musculação tradicional.
Essa visão abrangente permite que o treinamento funcional atinja o objetivo de controlar o sistema músculo-esquelético, sem abrir mão do aperfeiçoamento do sistema sensório-motor e proprioceptivo, geralmente esquecido pelos treinamentos convencionais. Além disso, a postura do corpo humano é controlada diretamente através destes órgãos sensitivo, que tem entre suas principais funções, a regulação do equilíbrio e a orientação do corpo no ambiente. No entanto, esse treinamento visa aprimorar ou resgatar a eficiência do movimento humano para atividades do cotidiano.
Utilizando uma periodização consistente e respeitando a individualidade biológica e a especificidade objetivada de cada um dentro dos princípios do treinamento desportivo, os movimentos que compõem o  treinamento funcional, realizados sobre uma biomecânica corporal correta, claramente poderão trazer os benefícios desejados pelo praticante, seja este um atleta, um indivíduo fisicamente ativo ou uma pessoa sedentária que deseja ingressar na atividade física.
Os programas de exercícios funcionais são bastante motivacionais e desafiadores, onde o indivíduo que segue esse método, acompanhado de uma pessoa capacitada, graduada em Educação Física, tem a possibilidade de alcançar a funcionalidade corporal natural de seu organismo, além de obter um corpo saudável e bem condicionado. Porém, para o efetivo resultado do  treinamento funcional é indispensável o empenho e a dedicação do indivíduo.
O programa de exercícios funcionais traz vários benefícios tanto ao corpo como também à mente, tais como:
  • Desenvolvimento da consciência cinestésica e controle corporal; 
  • Melhoria da postura; 
  • Melhoria do equilíbrio muscular; 
  • Diminuição da incidência de lesão; 
  • Melhora do desempenho atlético; 
  • Estabilidade articular, principalmente da coluna vertebral; 
  • Aumento da eficiência dos movimentos; 
  • Melhora do equilíbrio estático e dinâmico; 
  • Melhora da força, 
  • Melhora da coordenação motora; 
  • Melhora da resistência central (cardiorrespiratória) e periférica (muscular); 
  • Melhora da lateralidade corporal; 
  • Melhora da flexibilidade e propriocepção; 
  • Dentre outras qualidades necessárias e indispensáveis para a eficiência diária e esportiva.
Vale salientar que uma avaliação prévia deve ser realizada para que se possam saber quais destas qualidades e quais os padrões de movimentos necessitarão de mais atenção na prescrição dos programas de exercícios, e assim, serem estimuladas corretamente.

Referências

Entenda porque o treino funcional entrou na moda. Disponível em: http://fitnesstogether.com.br/blog/entenda-porque-o-treino-funcional-entrou-na-moda/. Acesso em: 07 de Julho de 2012.

MONTEIRO, Artur; CARNEIRO, Thiago. O que é treinamento funcional?. Disponível em: http://www.arturmonteiro.com.br/2010/04/o-que-e-treinamento-funcional/.  Acesso em: 07 de julho de 2012.

Propriocepção. Disponível em: http://www.dicio.com.br/propriocepcao/. Acesso em: 07 de Julho de 2012.

Treinamento funcional. Disponível em: http://www.clinicacrossfit.com.br/treinamento-funcional.html. Acesso em: 07 de Julho de 2012.

Treino funcional previne lesões. Disponível em: http://fitnesstogether.com.br/blog/treino-funcional-previne-lesoes/. Acesso em: 07 de Julho de 2012.

sábado, 16 de junho de 2012

Procedimentos da Avaliação Física

Iniciar a prática desportiva sem o mínimo conhecimento é o mesmo que caminhar com os olhos fechados e tentar chegar a algum lugar. É fundamental estabelecer metas e estratégias para o alcance dos objetivos almejados, e isso só é possível através da verificação das variáveis envolvidas, para que a partir da análise dos dados, possa ser estabelecido o melhor planejamento a ser iniciado e/ou mantido.
Praticamente todos os estabelecimentos desportivos (academias, clubes, estúdios de personal trainning, etc.) disponibilizam de um departamento de avaliação física, e basicamente os procedimentos adotados são os citados abaixo:

  • Anamnese: questionário detalhado sobre as condições atuais do avaliado (histórico familiar e pessoal de doenças, procedimentos cirúrgicos, utilização de medicamentos, fumo ou bebidas alcoólicas, hábitos nutricionais e desportivos e disponibilidade de horários para as práticas desportivas preferidas);

  • Avaliação cineantropométrica: obtenção dos dados relacionados ao corpo do avaliado. São os diâmetros ósseos, perímetros (circunferências) corporais e dobras cutâneas. Através dessas medidas, pode-se observar a densidade óssea, o somatotipo (tipo corporal de acordo com a constituição física), verificar a simetria entre os segmentos corporais (tronco e membros superiores e inferiores) e a determinação da composição corporal (peso de gordura, peso ósseo, peso muscular, peso visceral, peso de gordura em excesso e peso alvo), respectivamente. Existem muitos protocolos para a observação desses dados, mas os acima citados, são mais utilizados devido ao baixo custo e alta reprodutividade;

  • Avaliação neuromotora: análise das valências físicas força ou “resistência” muscular e flexibilidade. Existem muitos métodos para a avaliação, mas os mais comuns são “apoio” de frente sobre o solo ou “flexão” de braço, flexões abdominais e “sentar e alcançar” de Wells. Como no item acima, existem outras formas de avaliar as valências físicas, mas essas são de fácil aplicabilidade e baixo custo;

  • Análise postural: através da verificação visual ou com a ajuda de instrumentos específicos (simetógrafo, fio de prumo, etc.), o avaliador verifica qualquer desequilíbrio postural e o alinhamento do corpo do avaliado. Em caso de desvios graves é recomendada a visita ao especialista médico para maior aprofundamento. Atualmente existem softwares que avaliam a postura corporal através de fotos;

  • Avaliação cardiorrespiratória: avalia a capacidade em sustentar uma atividade física onde ocorram ajustes hemodinâmicos (no sangue), cardíacos e respiratórios, por um período longo onde a energia seja provinda do metabolismo do oxigênio. Nesses testes verifica-se o VO2 máximo (capacidade máxima do indivíduo para captar, transportar e utilizar oxigênio em um esforço físico) e atualmente, vem sendo muito utilizado a determinação do limiar anaeróbio, que, basicamente, identifica a utilização dos substratos energéticos (gordura e carboidratos principalmente) pelo organismo à medida que o esforço físico aumenta. São determinadas as zonas de batimentos cardíacos para que o avaliado se exercite, mantendo com isso uma margem de segurança e eficácia muito maior nas atividades desempenhadas. Vários são os métodos para a verificação dessa valência física, os quais podem ser realizados em bicicleta ergométrica, esteiras ergométricas, bancos (degraus) e pista de atletismo.

O esquema demonstrado acima, preferencialmente, deve ser realizado antes do início das atividades físicas e repetido em períodos regulares (geralmente 03 meses) para um melhor acompanhamento dos resultados. Para os atletas, os métodos são mais sofisticados, mais caros e, quase sempre invasivos (perfuram ou cortam o indivíduo ou colhem seu sangue para análise laboratorial).
Vale ressaltar que a avaliação física é importante no ponto de vista da saúde, por proporcionar uma maior segurança para o treinador e o aluno, e no que se refere ao treinamento físico em si, pois só através de dados claros é possível alcançar as metas desejadas.
Então, realize sua avaliação física e bons treinos!

Referência

PONTES, L. M. A importância da avaliação física.  Revista Virtual EF Artigos. Natal, v. 1, n. 7, agosto 2003.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Diferença entre Avaliação Física e Avaliação Médica


É comum as pessoas confundirem avaliação física com avaliação médica. A primeira tem por objetivo realizar uma triagem inicial sobre o indivíduo e o acompanhamento periódico da evolução dos resultados obtidos, buscando sempre a melhor estratégia e ergonomia no alcance dos mesmos. Qualquer indício de patologia é recomendada a visita ao especialista médico. Já avaliação médica tem por objetivos identificar doenças preexistentes ou suspeita das mesmas e determinar o tratamento mais adequado. Existem academias e departamentos de avaliação física que disponibilizam desses dois atendimentos, facilitando para o aluno e maximizando a obtenção de dados sobre o nível de aptidão atual do avaliado e proporcionando assim uma melhor elaboração do trabalho físico a ser seguido.

Referência

PONTES, L. M. A importância da avaliação física.  Revista Virtual EF Artigos. Natal, v. 1, n. 7, agosto 2003.

sábado, 21 de abril de 2012

O que é treinamento físico?

O exercício pode ser realizado de forma organizada para o desenvolvimento de componentes específicos da aptidão física. O uso repetido do exercício para melhorar a aptidão física é denominado treinamento físico
Esse conceito é importante por duas razões. Primeiramente, revela que certa sessão de exercícios precisa aplicar um estímulo para melhoria dos componentes da aptidão física. Em segundo lugar, o corpo deve então ser capaz de realmente melhorar em certas funções quando exposto de uma forma rotineira ao exercício.
As diferenciações temporais em como o corpo responde ao exercício são bastante úteis no estudo da Fisiologia do Exercício. Por exemplo, o corpo apresenta respostas imediatas ao exercício que devem variar com o tipo de exercício realizado. Essas respostas imediatas são denominadas adaptações agudas, que funcionam para ajudar o corpo a tolerar o exercício ou a atividade física. 
A realização de exercícios pode também estimular várias funções corporais e mudanças estruturais e estas mudanças podem ser mantidas mesmo após o término do exercício. Por exemplo, levantar objetos pesados eventualmente levará a um aumento da força e do tamanho dos músculos; caminhar ou correr diariamente causará uma melhora da capacidade de consumir oxigênio e liberar energia nos músculos ativos, além de aumentar o volume total de sangue.
Essas adaptações, por sua capacidade de serem mantidas ao longo das sessões de exercício, de natureza crônica e de longo prazo, são chamadas de adaptações crônicas. As adaptações crônicas podem exigir diversas semanas para se desenvolverem, como aumento do tamanho dos músculos, enquanto outras podem levar alguns dias, como a melhora do consumo de oxigênio, ou mesmo após duas ou três sessões de exercício, como o aumento do volume sangüíneo.
A estimulação das adaptações estruturais e funcionais que aprimoram o desempenho em tarefas específicas constitui o principal objetivo do treinamento físico.
Essas adaptações tornam necessária a atenção focalizada na freqüência e na duração das sessões de exercícios, tipo de treinamento, velocidade adequada de acordo com o treino, intensidade do exercício, duração e repetição da atividade realizada, intervalos de repouso e ter na competição que o indivíduo participará. A aplicação desses fatores varia, dependendo do desempenho e dos objetivos em termos de aptidão física.
Então, pratiquem exercícios físicos e treinem bastante para melhorar as estruturas e as funções corporais, promover saúde e obter uma boa qualidade de vida.

Referências bibliográficas

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

NAVARRO, F. Bioquímica e Bioenergética aplicada ao exercício físico. Aula da Pós-graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercício – Prescrição do Exercício da Universidade Gama Filho, 2012. 

domingo, 1 de abril de 2012

Aptidão Física

Aptidão física é o conjunto de atributos relacionados à maneira pela qual se executa uma atividade física (geralmente exercício físico), ou seja, é um estado de funcionamento corporal caracterizado pela capacidade de tolerar o estresse do exercício físico. O estresse pode ser de diversos tipos desde uma caminhada leve a uma competição de triatlon. Tal versatilidade vem dos componentes da aptidão física com componentes específicos.

Componentes da aptidão física

>> Força muscular: capacidade dos músculos de produzir força durante as contrações musculares, ou seja, quantidade máxima de tensão que um músculo ou grupo muscular pode gerar em um padrão específico de movimento em determinada velocidade específica.

>> Potência muscular: capacidade dos músculos de produzir força durante contrações rápidas, isto é, maior velocidade de contração muscular possível.

>> Resistência muscular: capacidade dos músculos esqueléticos de resistir a exercícios físicos de longa duração e com contrações musculares repetidas várias vezes.

>> Resistência cardiorrespiratória: capacidade do pulmão de fazer as trocas gasosas e do coração e vasos sangüíneos de circular o sangue pelo corpo, fazendo com que o organismo aguente provas esportivas de longa duração e, assim, resistir à fadiga.
 
>> Flexibilidade: capacidade de maximizar a amplitude de movimento.

>> Composição corporal: proporções do corpo incluindo gordura, minerais, proteínas e água. A maioria dos laboratórios quantifica a massa corporal, subdividindo-o em massa magra (proteína, minerais e água – músculos e ossos) e massa gorda (componentes de gordura – tecido adiposo).

>> Agilidade: capacidade de mudar de direção rapidamente durante o movimento.

Componentes da aptidão física em algumas atividades esportivas

Para atividades físicas ou exercícios físicos que exigem a movimentação de objetos pesados, como treinamento de força para fisiculturismo, os componentes de força e potência muscular são importantes para capacitar a pessoa a tolerar essas exigências.
A necessidade de o indivíduo correr longas distâncias, como maratona e triatlon, exige o desenvolvimento de resistência muscular e cardiorrespiratória e possivelmente ter uma composição corporal baixa em gordura.
Os bailarinos clássicos ou contemporâneos precisam ser bastante flexíveis, ágeis, ter força e potência muscular acima da média, além de uma composição corporal baixa em gordura.
Os jogadores de basquete, futebol e handebol precisam desenvolver a resistência muscular e cardiorrespiratória, potência muscular e agilidade para realizarem suas atividades.
Baseados em alguns exemplos citados anteriormente, fisiculturistas, jogadores de futebol e bailarinos seriam todos classificados como fisicamente aptos para suas atividades, mas provavelmente não para as outras atividades. O fisiculturista não seria fisicamente apto para dançar e saltitar e o jogador de basquete não seria apto para o fisiculturismo. Com isso, observa-se que a especificidade da aptidão física deve ser compreendida e apreciada, ou seja, para a realização de cada atividade física esportiva há seu(s) componente(s) específico(s).

Aptidão física relacionada à saúde

A aptidão física relacionada à saúde é caracterizada como a capacidade de realizar atividades físicas que sejam vinculadas a atividades realizadas no trabalho e no lazer, por exemplo, e que contribuam para a redução dos riscos de desenvolver doenças crônico-degenerativas, habitualmente relacionadas ao baixo nível de atividades físicas habituais (atividades diárias ocupacionais, de lazer e da vida diária).
Em outras palavras, aptidão física relacionada à saúde é um conjunto de alguns componentes da aptidão física associados a algum aspecto da boa saúde e/ou prevenção das doenças.
A aptidão física relacionada à saúde pode sofrer influência pelas atividades físicas percebidas através da aptidão cardiorrespiratória, a força/resistência muscular, a flexibilidade e a composição corporal.

Referências bibliográficas

BARROS, M. V. G.; NAHAS, M. V. Medidas da atividade física: teoria e aplicação em diversos grupos populacionais. 1ed. Londrina: Midiograf. 2003.

FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001.

NAVARRO, F. Bioquímica e Bioenergética aplicada ao exercício físico. Aula da Pós-graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercício – Prescrição do Exercício da Universidade Gama Filho, 2012.

sábado, 31 de março de 2012

O que é Saúde?

Em geral, as pessoas ainda associam saúde à simplesmente ausência de doenças, considerando um conceito bem equivocado de que a pessoa ou é absolutamente saudável ou doente, sendo que o conceito de saúde é abrangente.
Na atualidade, saúde tem sido definida não apenas como a ausência de doenças. Saúde se identifica como uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, psicológico, social e espiritual.
Saúde é definida como uma condição humana com dimensões física, social, psicológica e espiritual. A saúde estaria associada à capacidade de apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidiano.
Para entender saúde é preciso perceber que a sua definição abrangente (condição humana caracterizada pelo bem estar físico, social, psicológico e espiritual) proporciona o entendimento de que a sua percepção completa (afirmar ter saúde de um modo completo) equivale a estar em um completo estado de bem estar.
Para se ter, o que costumamos, dizer boa saúde é necessário praticar exercícios físicos, ter uma boa alimentação, ir ao médico pelo menos uma vez ao ano, controlar o estresse, não fumar, não usar drogas, evitar bebidas alcoólicas em excesso, ter um bom relacionamento com as outras pessoas, estar bem espiritualmente e outras coisas.
            Então, cuide-se e desfrute de uma boa saúde.

Referências bibliográficas

ASSUMPÇÃO, L. O. T.; MORAIS, P. P.; FONTOURA, H. Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida. Notas introdutórias. Universidade Católica de Brasília.

BARROS, M. V. G.; NAHAS, M. V. Medidas da atividade física: teoria e aplicação em diversos grupos populacionais. 1ed. Londrina: Midiograf. 2003.

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001.

NAHAS, M.V., BARROS, M.V.G., FRANCALACCI, V. O pentáculo do bem estar: base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos e grupos. Revista brasileira de atividade física e saúde. v. 5, n. 2, 2000, págs 48-59.

PITANGA, F. J. G. Epidemiologia, atividade física e saúde. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília v.10, n. 3, julho 2002, p. 49-54.

terça-feira, 27 de março de 2012

Atividade Física e Exercício Físico

Os termos atividade física e exercício físico estão relacionados entre si, mas possuem conceitos diferenciados. A separação entre esses dois termos atividade física e exercício físico é em alguns casos complicada. Pois, a atividade física é entendida como uma característica inerente ao ser humano, apresentando dimensões biológica e cultural. Ela pode ser definida como sendo movimentos corporais realizados pela musculatura esquelética humana resultando no gasto calórico acima dos níveis de repouso, mas sem a intenção de desenvolver uma aptidão física (flexibilidade, força, potência, resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, agilidade e composição corporal).
Já o exercício físico consiste em um tipo de atividade física sistematizada, planejada, estruturada e repetitiva que pretende desenvolver a aptidão física. Em outras palavras, o exercício físico é definido como uma atividade corporal com o intuito de se desenvolver e manter uma aptidão física, ou seja, tornar o corpo apto para realizar uma atividade física.
O exercício seria então marcado pela característica intencional. Mas quando, por exemplo, trabalhadores braçais realizam contrações musculares repetidas, eles estão realizando uma atividade corporal que, ironicamente, também desenvolve e mantém sua aptidão física, mesmo que não seja essa a intenção.
Desse modo, convencionou-se o uso da expressão atividade física, para designar os casos em que existe atividade realizada pelo corpo, mas com objetivos diferentes da busca de aptidão física.
Por isso, pessoas com uma adequada atividade física podem ter aptidão física. Porém, em nossa sociedade, cada vez mais o estilo de vida exige menos atividade física, e o exercício físico, que é essa atividade intencional, assume uma grande importância.
Na prescrição do exercício físico, busca-se a adaptação do organismo para que este obtenha a aptidão física, ou seja, os exercícios físicos estruturam atividades físicas moderadas e/ou intensas, proporcionando melhoria da aptidão física.

Referências bibliográficas

BARROS, M. V. G.; NAHAS, M. V. Medidas da atividade física: teoria e aplicação em diversos grupos populacionais. 1ed. Londrina: Midiograf. 2003.

McARDLE, W.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001.

NAVARRO, F. Bioquímica e Bioenergética aplicada ao exercício físico. Aula da Pós-graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercício – Prescrição do Exercício da Universidade Gama Filho, 2012.

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.