quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vejam 7 mitos sobre hidratação e consumo de água



Cada uma das células do corpo humano precisa de água para funcionar normalmente, desde manter a temperatura do corpo, até amortecer e proteger as juntas e órgãos, além de ajudar na digestão. Por isso, o site inglês Huffington Post listou os 7 mitos mais comuns sobre a desidratação. Confira:
1) Mito: Desidratação é desconfortável, mas não perigosa
Verdade: Apesar da maioria das pessoas experimentarem apenas alguns sintomas da desidratação, como dor de cabeça, lentidão e diminuição da urina, é preciso ficar atento porque em algumas ocasiões pode precisar de atenção médica. Complicações como edema cerebral, convulsões, insuficiência renal e até a morte podem acontecer. Quando a situação é observada no início, quando há muita sede, tontura, confusão e diminuição da urina, os adultos podem ser medicados com alguma bebida isotônica. No entanto, em crianças e idosos, a atenção deve ser redobrada quando eles apresentam diarreia, vômito, febre, irritabilidade e confusão.
2) Mito: Se você está com sede, é porque já está desidratado
Verdade: A sede é a forma que o corpo tem de falar que a pessoa precisa beber água. Vale lembrar que você não está desidratado no momento que sente a boca seca. "Quando fica com sede, o déficit de água no corpo é trivial. Deve ser apenas 1% de redução em todo o nível de água  e pode ser recuperado com a ingestão de algum líquido", explica Dr. Stanley Goldfarb, professor da Universidade da Pensilvânia. Na verdade, beber água quando está com sede parece básico e é um método infalível para evitar a desidratação. Segundo o Dr. Timothy Noakes, professor da Universidade de Cape Town, na África do Sul, apenas o ser humano não segue este "instinto". "Você não diz ao seu cachorro ou gato quando ele deve beber água, isso porque eles têm um mecanismo de sede. Porque somente os seres humanos são os únicos animais do mundo que não o seguem e que você precisa dizer quando deve beber água", afirma.
3) Mito: É necessário beber oito copos de água por dia
Verdade: Este número está desatualizado e é difundido hoje pelas empresas de água. O Instituto de Medicina da Inglaterra recomenda que os homens bebam três litros de líquido por dia, enquanto as mulheres bebam 2,2 litros. No entanto, há especialistas que dizem que não há um número exato e que não se deve beber algum líquido a menos que tenha sede. Vale lembrar ainda que não só a água conta, mas suco, café, chá e até comida também devem ser contabilizados. Segundo o Instituto de Medicina, 20% da taxa de líquidos consumidos por dia vêm dos alimentos, especialmente de frutas e verduras, como melão e pepino.
4) Mito: Urina de cor clara é sinal de boa hidratação

Verdade: Apesar de não ser muito agradável, olhar a cor da urina pode dizer sim se você está com a hidratação em dia. No entanto, a cor que deve procurar não é a mais clara e sim um amarelo pálido, segundo Lawrence Armstrong, professor da Universidade de Connecticut. É preciso também ficar atento, já que alguns suplementos e até os alimentos podem mudar a cor da urina.

5) Mito: Líquido nunca é demais

Verdade: Hidratação excessiva pode ser muito perigosa, mas é muito raro. Beber líquido além da conta causa um fenômeno chamado hiponatremia, que é quando o nível de sódio do corpo fica tão baixo que as células começam a inchar. Os sintomas normalmente são dor de cabeça, vômito, náusea, fadiga e pode levar ao coma. No entanto, não há motivo para preocupação. Segundo especialistas, os atletas e maratonistas são os mais comuns a serem hospitalizados com este problema. "As pessoas só têm problema quando bebem além da sua sede e isso acontece por falta de informação ou influência dos comerciais esportivos", afirma Noakes. Um dos segredos pode ser nunca beber tanta água ao ponto de se sentir muito cheio.

6) Mito: Atletas precisam de bebidas especiais
Verdade: Uma pessoa que está se exercitando há menos de uma hora, não precisa se preocupar com o nível de água do corpo, já que ninguém controla as reservas de eletrólitos e glicogênio, a não ser que esteja se exercitando intensivamente por mais de 60 minutos. Atletas podem se beneficiar do açúcar e do sódio contido nos isotônicos, no entanto, elas possuem outros tantos componentes que podem não ser necessários. Ao invés de usá-los, tente fazer sempre sua própria bebida ou aposte nos alimentos que possuem carboidrato e sódio. Segundo os especialistas, estas bebidas se fazem às vezes desnecessárias, porque normalmente a dieta do dia-a-dia já tem estes nutrientes.
7) Mito: Café desidrata

Verdade: O café só é desidratante se uma pessoa tiver overdose dele. Enquanto a cafeína tem efeitos desidratantes, a água que tem no café ou no chá chega a ser suficiente para manter os níveis de água do corpo.

Matéria publicada no site do Terra

Disponível em: http://saude.terra.com.br/bem-estar/cafe-desidrata-veja-7-mitos-sobre-hidratacao-e-consumo-de-agua,e4bf819e90c9f310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

Importância da hidratação e problemas da desidratação durante a prática de exercícios físicos



 A hidratação durante a prática esportiva é muito importante para manter o desempenho e evitar problemas de saúde. Fique atento para não exagerar.
Infelizmente é muito comum os corredores de rua não se hidratarem de forma adequada por não levarem a sua própria hidratação para o treino. A hidratação durante a prática esportiva é muito importante para manter o desempenho e evitar problemas de saúde.
As recomendações dependem do tipo de exercício, de fatores individuais como idade, sexo, condicionamento físico, composição corporal e de fatores ambientais como o clima e a temperatura. A desidratação (déficit hídrico em excesso de massa corporal de 2-3%) diminui o desempenho do exercício, desta forma, a ingestão adequada de líquidos antes, durante e após o exercício é fundamental para a saúde e o desempenho.
Na década de 90, começou-se uma grande briga entre alguns pesquisadores e o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACMS), onde o último fixava a hidratação entre 600 ml a 1200 ml de líquidos e o estímulo era beber antes de iniciar a sensação de sede. O novo consenso é utilizar a sensação de sede para se hidratar, o problema é que muitas vezes ignoramos esta sensação e fazemos uma desidratação voluntária. A recomendação atual de ingestão é de 400 a 800 ml de líquidos por hora de exercício.
Em atividade acima de uma hora ingerir de 30 a 60g de carboidratos por hora de atividade (gel, jujuba, bebida esportiva, bananadas...). A forma de individualizar o volume de hidratação é pesar antes de iniciar o treino e imediatamente após o término e anotar o quanto de líquido foi utilizado, pode-se usar inicialmente este volume entre 400ml a 800 ml por hora. A diferença de peso é um excelente marcador de desidratação.
O ideal é que a diferença percentual de peso esteja entre +1% a -1%, por exemplo, uma pessoa de 70kg depois da prática esportiva pode estar até 700g acima ou 700g abaixo do peso inicial para ser considerado hidratado.




Vejamos a seguir as alterações provocadas pela desidratação:



Aumento:

- Frequência cardíaca submáxima;
- Concentração de lactato e osmolaridade sanguínea;
- Índice de percepção de esforço;
- Náuseas e vômitos;
- Requerimento de glicogênio muscular;
- Temperatura interna: hipertermia;
- Doenças do calor: cãibras, exaustão ou choque térmico.

Redução:

- Volume plasmático;
- Volume sistólico, débito cardíaco e VO2 max;
- Fluxo sanguíneo para pele e músculos ativos, fígado e outros órgãos;
- Taxa de sudorese;
- Tempo para atividade contínua, prolongada e intensa;
- Pressão arterial;
- Componentes cognitivos;
- Motivação.

Segundo o ACSM, antes do exercício ingerir lentamente 5 a 7ml/kg de peso de água ou bebida esportiva pelo menos quatro horas antes. Menos de duas horas antes da prática esportiva ingerir 200 ml de líquidos ou lentamente 3 a 5ml/kg de peso de água ou bebida esportiva.
Após o exercício deve-se ingerir aproximadamente 450-675ml de líquido para cada 0,5kg de peso corporal perdido durante o exercício. Líquidos contendo álcool ou cafeína (cafés, chás ou colas) assim como as bebidas carbonadas não são indicadas para hidratação pós-exercício. É fundamental manter a hidratação no dia a dia e individualizar a reposição hídrica durante a prática esportiva.

Texto baseado na matéria publicada no site Globo Esporte (EU atleta).

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

AIDS e Atividade Física


Após o surgimento dos primeiros casos da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), no início da década de 80, acreditou-se por muitos anos que o repouso e a preservação das reservas energéticas, evitando-se a prática de atividades físicas fosse o procedimento mais recomendável para portadores da doença. Isto se justificava em virtude da grande perda de peso observada, levando a crer que a prática de exercícios físicos agravaria o processo de emagrecimento. Da mesma maneira, existia a crença de que o desgaste físico provocado pelos exercícios diminuiria a resistência do paciente, facilitando o avanço do agressivo vírus HIV sobre o sistema imunológico, permitindo assim o aparecimento de doenças oportunistas, provocado pela baixa resistência imunológica.
O Diretor Executivo do CREF7/DF-GO-TO, Arlindo Pimentel (CREF 001714-G/DF), membro do Grupo de Pesquisa em Saúde Pública e HIV/AIDS do Hospital das Forças Armadas de Brasília, indica que estudos científicos mais recentes, todavia, apontam para uma direção totalmente contrária. Segundo ele, hoje, o entendimento no meio científico é o de que a prática regular de exercícios físicos não só é recomendável, como imprescindível, no auxílio ao tratamento dos portadores de HIV/AIDS, em praticamente qualquer estágio da síndrome. Ele acrescenta que, caso o praticante soropositivo estiver sofrendo de vertigens ou mal estar, a carga deve ser diminuída até que os sintomas também diminuam. Se houver a presença de febre, deve-se suspender o treinamento até que a mesma desapareça.
Com avaliação e acompanhamento médico, a prescrição, por um profissional de Nutrição, de uma dieta que vise a compensar e preparar o organismo para a prática de atividades físicas mais intensas e o planejamento de um programa criterioso de exercícios físicos, por um Profissional de Educação Física, o portador de HIV/AIDS só tem a ganhar, não apenas em termos objetivos de melhoria do estado geral de saúde, como também em aspectos subjetivos de qualidade de vida e integração social, explica Pimentel.
Os exercícios físicos indicados para os portadores de HIV/AIDS, de modo geral, são os aeróbicos e de resistência muscular localizada. Por este motivo, a Musculação é considerada a modalidade mais recomendada para os portadores da síndrome, até mesmo pela própria facilidade de monitoramento das condições gerais do praticante. Devem ser associados também exercícios de alongamento e flexibilidade, bem como exercícios que objetivem o incremento do equilíbrio e da percepção e inteligência cinestésicas, explica o Profissional.
Segundo ele, para os soropositivos, o programa de exercícios deve ser sempre individualizado, com metas e limites claramente definidos, associado a um monitoramento constante e igualmente programado programa de monitoramento. Também a observação da relação carga e repouso deve ser extremamente respeitada, pois o portador de HIV/AIDS não pode se sujeitar aos indesejáveis efeitos do sobretreinamento (overtraining).
Em alguns casos, o uso de esteróides anabólicos para portadores do HIV, associado à prática de exercícios tem sido recomendado, desde que prescritos exclusivamente através de critério médico e, mesmo assim, ainda há carência de estudos que indiquem até que ponto os benefícios podem justificar a adoção de tal medida, explica o Profissional. Ele acrescenta que, caso o praticante soropositivo estiver sofrendo de vertigens ou mal estar, a carga deve ser diminuída até que os sintomas também diminuam. Se houver a presença de febre, deve-se suspender o treinamento até que a mesma desapareça.
No que tange a desportos em geral, deve-se apenas evitar a prática de esportes que possam mais facilmente provocar lesões, cortes e traumatismos, pois qualquer acidente é sempre arriscado para o soropositivo. De todo modo, desde que se observem as devidas medidas de segurança e que sejam respeitadas as limitações relativas à intensidade e à duração das sessões de treinamento, não há esportes contra-indicados para os soropositivos, à exceção do Boxe, devido à grande possibilidade de sangramentos e ao constante contato físico dos lutadores, conclui o Diretor Executivo do CREF7/DF-GO-TO.
Em diversos países, inclusive no Brasil, desenvolvem-se cada vez mais políticas públicas e programas de saúde voltados para o estímulo e apoio à prática de exercícios físicos pelos soropositivos. Neste cenário, é essencial o papel do Profissional de Educação Física como único agente de saúde capacitado para a aplicação segura de um programa de treinamento adequado. Portanto, da mesma maneira que a prática de exercícios físicos é importante para qualquer pessoa, como meio de promoção da saúde e da qualidade de vida, o mesmo se aplica aos portadores de HIV/AIDS, constituindo uma importante ferramenta para sua longevidade e suas capacidades biológica, psicológica e social.
Apenas a título de observação, lembramos que os linfócitos são um importante grupo de células em nosso sistema imunológico e se dividem em duas categorias: os linfócitos B e os linfócitos T.
Os linfócitos B protegem o corpo contra os micróbios, fabricando substâncias chamadas anticorpos, que vão colar-se ao micróbio, impedindo-o de agir. Entre os linfócitos, há os chamados de T4 (também chamados CD4), que são os responsáveis por alertar o sistema imunológico que é necessário se defender. Sem estarem avisados pelos linfócitos T4, os linfócitos B não funcionam. O vírus HIV ataca justamente os linfócitos T4 (CD4). Daí porque o aumento da produção de tais células, advinda da prática de exercícios físicos é de suma importância para o soropositivo.

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA DO SOROPOSITIVO

Objetivos (Físicos):

- Ganho de força muscular: A infecção pelo vírus do HIV pode levar à perda de força e resistência muscular, além de afetar as funções neuromusculares, gerando inclusive problemas de perda de equilíbrio, o que pode ser combatido através de um trabalho específico de exercícios físicos.

- Aumento da massa magra, gerando ganho de peso pela hipertrofia muscular e melhor proporção estética.

- Aumento do Apetite e conseqüente melhora na digestão.

- Melhora nos padrões de sono: O relógio biológico se torna mais regulado.

- Melhora na aptidão cardiovascular: A infecção pelo HIV diminui a capacidade aeróbica e gera sensação de fadiga. O ganho de condicionamento físico pode aliviar consideravelmente tais efeitos.

- Combate à síndrome da lipodistrofa: O coquetel de medicamentos utilizado no combate ao vírus provoca, como efeito colateral, uma redistribuição da gordura corporal, conhecida como Lipodistrofa, caracterizada pelo aumento do volume da cintura, um afinamento acentuado das extremidades (membros inferiores, membros superiores e cintura escapular), uma diminuição da gordura subcutânea com aumento da gordura visceral e sanguínea (aumentando as taxas de colesterol e triglicerídeos), o encovamento facial e o surgimento de uma bolsa de gordura atrás da região cervical, denominada cor-cova de búfalo (bufalo hump). A prática regular de exercícios físicos tem se revelado como um importante instrumento no combate a tais efeitos, com resultados extremamente animadores.

- Fortalecimento do sistema imunológico: Já é cientificamente comprovado que os exercícios físicos também aumentam o número de linfócitos T ou CD4, o que permite ao sistema imunológico responder melhor às doenças oportunistas que acometem os soropositivos.

Objetivos (Psicossociais):

- Melhora da auto-estima;

- Melhora da auto-imagem;

- Diminuição dos níveis de ansiedade e stress;

- Desenvolvimento de uma atitude positiva;

- Facilitação da integração social;

- Aquisição de hábitos saudáveis.

ESTUDO COMPROVA A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA OS SOROPOSITIVOS

Desenvolvido por cinco pesquisadores, entre eles os Profissionais de Educação Física Felipe Fossati Reichert (CREF 003807-G/RS) e Edilson Serpeloni Cyrino (CREF 003726-G/PR), a pesquisa Atividade Física habitual em portadores de HIV/AIDS aponta que atualmente a atividade física vem se mostrando uma grande aliada na qualidade de vida de portadores de HIV/AIDS, uma vez que pode minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos. Segundo o estudo, as complicações decorrentes da terapia anti-retroviral podem não só agravar o estado de saúde do paciente, como também diminuir a aderência à medicação. Desta forma, algumas pesquisas demonstram diversos benefícios proporcionados pela prática de atividade física sistematizada para esta população, ou seja, atua na diminuição dos efeitos colaterais resultantes da terapia medicamentosa, atuando como um importante agente terapêutico no controle da lipodistrofa, na redução da fadiga, aumento da força e massa muscular, aumento da capacidade funcional, além da melhoria da aptidão cardiopulmonar.
Entre outras coisas, a pesquisa conclui sobre a necessidade de estratégias de intervenção para aumentar os níveis de atividade física em indivíduos portadores de HIV/AIDS.
Em todo o mundo, inclusive no Brasil, desenvolvem-se cada vez mais políticas públicas e programas de saúde voltados para o estímulo e apoio à prática de exercícios físicos pelos soropositivos.

Texto copiado de: 
http://www.confef.org.br/extra/revistaef/arquivos/2008/N28_JUNHO/14_AIDS.PDF

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Contribuições do brinquedo e do ato de brincar para crianças


O brinquedo e o ato de brincar são fundamentais porque contribuem para o desenvolvimento da imaginação infantil.
Os educadores e os pais podem utilizar o brincar como instrumento para o desenvolvimento das crianças e jovens, oferecendo-lhes oportunidades para criar, explorar, divertir e experienciar os jogos. Em um espaço adequado para brincar, as crianças farão as escolhas sobre o que elas brincam e com quem manifestam esse desejo. Neste espaço, os pais atuam como o Educador do Brincar. O ato de brincar promoverá mudanças tanto nas pessoas, como no contexto infantil e social em que vivem.
Para Silva e Gonçalves (2010), o brincar e o jogar são momentos sagrados na vida de qualquer indivíduo. É com a prática dos jogos e das brincadeiras que as crianças ampliam seus conhecimentos sobre si, sobre os outros e sobre o mundo que está ao seu redor, desenvolvem as múltiplas linguagens, exploram e manipulam objetos, organizam seus pensamentos, descobrem e agem de acordo com as regras, assumem papel de líderes e interagem com outras crianças, preparando-se para um mundo socializado.
O brinquedo (e o ato de brincar) completa o mundo mágico infantil, pois é uma das principais formas de autodescoberta e de vivências da própria criança. Possibilita a percepção de seus limites e de suas possibilidades, explorando seu ambiente - através de suas brincadeiras - de uma maneira saudável e produtiva, contribuindo assim para a integração de suas primeiras experiências culturais.
A importância do brinquedo decorre de sua capacidade de instigar a imaginação infantil. Ao ver o brinquedo, a criança é tocada pela sua proposta, reconhece umas coisas, descobre outras, experimenta e reinventa, analisa, compara e cria. Sua imaginação se desenvolve e suas habilidades também.
O brinquedo e as brincadeiras são excelentes oportunidades para nutrir a linguagem verbal, para que esta se torne mais fluente e haja maior interesse pelo conhecimento de palavras novas. A variedade de situações que o brinquedo possibilita pode favorecer aquisição de novos conceitos.
É na magia do brinquedo que ela desenvolve a autoestima, a imaginação, a confiança, o controle, a criatividade, a senso-percepção, a cooperação e o relacionamento interpessoal. A participação de um adulto ou criança mais velha enriquece o processo do brincar.
Brincando, a criança desenvolve potencialidades: ela compara, analisa, nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua, cria, deduz etc.
Sua sociabilidade se desenvolve. Ela faz amigos, aprende a compartilhar e a respeitar o direito dos outros, bem como as normas estabelecidas pelo grupo. Também aprende a envolver-se nas atividades apenas pelo prazer de participar, sem visar recompensas nem temer castigos. Brincando, a criança estará buscando sentido para sua vida. Sua saúde física, emocional e intelectual depende, em grande parte, dessa atividade lúdica.
Conclui-se que o brincar é fundamental para o desenvolvimento integral das crianças, bem como para a socialização dos pais com seus filhos. 

Autor do Texto:
Tiago Aquino da Costa e Silva (Paçoca): Membro do “LEL - Laboratório de Estudos do Lazer” – UNESP/ Rio Claro. Prêmio TOP FIEP BRASIL “Melhor Profissional de Educação Física” – 2011 e 2013. Coordenador da Pós-Graduação em Lazer e Recreação – FMU e UGF. Presidente da “ABRE - Associação Brasileira de Recreadores”. Co-autor do livro “Manual do Lazer e Recreação” Phorte Editora. Apresentador do Programa “Lazer em Ação: Criatividade & Negócio” – PhorteTV.